"Was what I was thinking the whole time"

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Robby's Pov

-Eu sou a Dra

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-Eu sou a Dra. Tory Nichols. Pode me chamar de Tory, se quiser. Como está se sentindo?

-Um inútil. Quando posso ir para casa?

-Robert...

Eu não estava nem aí. Tudo que passava pela minha cabeça era minha namorada, com meu amigo, enquanto eu dava tudo de mim para meu relacionamento com ela dar certo.
E ela fez aquilo.

-Você sofreu um acidente muito sério. Ficou inconsciente por uma semana.

-Uma semana?
Me virei para minha mãe. -Eu tô aqui há uma semana?

-Sim, querido, por favor, ouça a médica!

Me virei para a tal da médica, surpreso.

-Ainda estamos analisando os exames, para ver se precisamos de mais exames, mais algum procedimento cirúrgico...

-O que os exames de mais cedo deram, Dra.?

Me virei rapidamente para Amber, que havia perguntado. Quantos exames tinham feito em mim?

-Mostraram que o crânio parece não ter sido afetado, mas vimos uma marca no disco, então pode ser que...

(Autora: Não sou muito boa com isso de hospital, então pfv relevem qualquer erro kk)

-Que eu não poça andar? Só podem estar brincando!

-O acidente foi muito, muito sério. Se quiserem, o cirurgião, Dr. Thomas, pode vir esclarecer alguma dúvida sobre a parte cirúrgica.

-Só quero poder andar de novo, Dra.
Fiz questão de falar a última com um tom debochado. -Você parece ser bem jovem, a quanto tempo você é médica?

-Robert!
Minha mãe repreendeu.

-Eu tenho sua idade, Robert. Posso não ter tanta experiência quanto gostaria que eu tivesse, mas quero ajudá-lo!

Olhei nos olhos da médica, o rancor e decepção com certeza passando por meu olhar.

-Eu vou deixá-los à sós.
Ela saiu do quarto, me deixando ainda mais para baixo.

Já não bastava perder minha namorada, ainda tinha que perder os movimentos das pernas também? Realmente, a vida parece estar querendo pregar uma baita peça em mim.

-O que estava pensando? Falar com a médica desse jeito?!

-Desculpa, irmãzinha, se talvez eu nunca mais fique de pé!

Amber se sentou, tentando não fazer contato visual comigo. Meu pai estava prestes a falar algo, mas minha mãe o mandou se calar antes disso.

E eu fiquei ali, esperando o horário de visitas acabar, para eu poder finalmente ficar sozinho.

                                        
                                         ...

-Eu sinto muito Robby, mas eu acho que não está mais dando certo entre a gente.

-Mas, Samantha... do que você está falando!?

-Robby... eu não sinto mais nada, além de culpa...

-Culpa? Sam, o que aconteceu?

-Eu... eu beijei o Miguel.

Meus pensamentos foram interrompidos pelo barulho da porta, que logo se abriu, revelando a Dra. Nichols, que me olhava atentamente.

-Oi, Robby! Desculpe, posso chamá-lo assim?

-Claro. Desculpa por ter sido um babaca com você, mas eu realmente não sei o que dizer. Eu perdi tudo! Minha namorada, minha vida. Eu perdi tudo, Tory! Desculpa, Dra. Nichols.

-Não, pode me chamar de Tory! Vamos ter um longo caminho pela frente, e acho muito chato você ter que me chamar de "Dra. Nichols" o tempo todo.

Pela primeira vez no dia, me esforcei para dar um meio sorriso.
-Eu só acordei hoje, mas aposto que está se esforçando muito, por mim. Obrigado!

-É o meu trabalho, Robby! Eu... vi que você estava meio aéreo, enquanto eu falava sobre... bom... enfim, não é da minha conta, mas... eu não vou perguntar se você está bem, porque você deve estar cansado de ouvir isso. Só quero que saiba que, posso ajudar, nem que seja só ouvindo você...

Demorou um pouco para meu cérebro processar as palavras dela. Finalmente, ao invés de me perguntar: "você está bem?" ou "como se sente?", alguém se oferecia, para me ouvir! Uau!

-Bom, pode se sentar?

Tory sorriu e se sentou na poltrona ao meu lado.

-Minha namorada me traiu, há umas duas semanas. Ela beijou meu melhor amigo, não sei se eles foram além. Mas, isso me deixou muito mal. Eu peguei a moto e... tudo isso aconteceu. Se eu tivesse um pouco de auto controle...

-Está tudo bem, Robby. Não foi sua culpa!

-Foi sim. Eu não culpo o Miguel, meu amigo, eu não culpo a Sam... eu me culpo.

Nós nos olhamos por um segundo e ela percebeu que não poderia ajudar muito no momento. Eu precisava do meu momento.
E finalmente, alguém entendia.

Tory se levantou e caminhou até a porta. Só neste momento percebi que ela usava roupas normais, provavelmente passou aqui antes de ir embora.
Legal da parte dela, eu acho.

-Dra... Tory!

-Sim?
Nichols se virou, me dando um meio sorriso.

-Era nisso que eu pensava o tempo todo.

E foi ali que ela voltou e segurou minha mão, tentando arranjar uma forma de sorrir para mim, me confortar.

E ficamos ali, por um bom tempo, até sentir Tory suspirar de cansaço e chamá-la para deitar junto comigo.

E ela aceitou.

E ela aceitou

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