Reencontro #Borusara

Volta para casa.

Nota: essa história foi escrita e postada muito antes dos acontecimentos recentes do manga. Por isso não tem qualquer compromisso em manter a linha cronológica do cânon.

Sarada On

Nunca que eu imaginaria que Kawaki me levaria para jantar  e depois para caminhar no parque, poderia fazer algum  sentido.
Muito mais que ele tentaria fazer o que fez no final da noite...

Não posso afirmar que foi um "encontro" ruim. Até que cheguei a dar algumas risadas, a companhia dele foi agradável e comi super bem. Mas apesar de ter sido divertido e eu ter tomado meu milkshake preferido, tudo, exatamente tudo me fazia lembrar dele, de Boruto.

O simples fato de termos ido jantar  naquela lanchonete específica, me fez  lembrar dele assim que entramos no lugar. Foi nostálgico recordar como Boruto adorava ir lá depois das nossas missões, ou simplesmente para encontrar o pessoal da antiga academia.

O jeito como o loiro fazia careta todas as vezes que dava a primeira mordida em seu hambúrguer muito, muito picante, para em seguida devora-lo com gosto. As suas risadas ao jogar videogame com os outros meninos, e o modo como ele as vezes me encarava disfarçadamente com aqueles olhos tão azuis, ainda são nítidos na minha memória. Presentes, como sempre foram, como eu prometi que Boruto permaneceria.

A cada lembrança, cada detalhe me faziam sentir ainda mais a falta de Boruto Aquele tipo de saudades dolorida que chega a machucar e me fazer esquecer do tal encontro.
Era estranho, era complicado, como aquele idiota podia ser capaz de fazer tanta falta assim na minha vida.

Para piorar o meu martírio, Kawaki fez questão de escolher o mesmo tipo de hambúrguer que Boruto estava acostumado a comer, o lanche preferido DELE, que todo mundo sabia que somente ELE gostava de comer, o hambúrguer picante.
Sério! parecia uma provocação direta.

Juro que tentei dar o meu melhor e prestar atenção no que meu companheiro de equipe falava, durante o nosso "encontro". Mas era torturante ouvir algo sobre como ele superou a infância sofrida por causa do Nanadaime, ou então como ele adorava o Nanadaime como hokage, como o Nanadaime havia o acolhido em sua própria casa como um filho, que o Nanadaime o ajudara demais com os problemas da Kara... que o Nanadaime isso... ou Nanadaime aquilo... Nanadaime, Nanadaime...

Certa hora da noite, eu já não aguentava mais escutar uma palavra se quer  sobre o Sétimo Hokage...e olha que sou uma das pessoas desta vila que mais o admira. Estava a ponto de de coloca-lo em gentjutsu se Kawaki falasse mais uma vez a palavra Nanadaime.

Após o suposto jantar romântico, que para minha sorte de romance não teve nada, por sugestão dele, caminhamos lado a lado pelo Parque Senju. Eu já havia notado que Kawaki estava meio sem graça, parecendo não saber direito como agir e tentando segurar em minha mão a todo instante.

Resignada, ou talvez por compaixão pelo esforço do moreno em tentar me agradar, a certa altura acabei permitindo, para logo me arrepender da minha decisão.
O toque de Kawaki era gelado, forte e estranho. Totalmente o oposto de seu "irmão" que tinha as mãos quentes, quase febris, emanadas de carinho.