𝐃𝐚𝐧𝐠𝐞𝐫𝐨𝐮𝐬 𝐥𝐢𝐞𝐬 - ⁿᵒᵃʰ ᵘʳʳᵉᵃ

• Cocaine •

POV S/N:

Bem, já se passaram duas semanas e eu ainda não tive tempo pra falar com o Noah sobre gravidez. Pelo simples fato de que eu descidi deixar isso um pouco de lado para focar nos estudos.

Eu quero fazer faculdade, quero me formar no que gosto de fazer, e quero trabalhar, não ser uma mãe que só fica em casa cuidando de filhos.

E já descidi que irei contar ao Noah hoje antes de nós dormimos, já chega de ficar adiando essas coisas. Ele é meu marido e precisa saber!, tenho que contar as coisas pra ele assim como ele conta para mim.

Eu estava procurando alguma universidade que me aceitasse por agora mas no momento nenhuma pode, pois já passou o tempo de fazer a inscrição e eu já estou com a idade um pouco avançada, não que eu esteja velha, mas o certo é começar com 18/19 e não com 22!

Desligo o telefone após mais uma universidade dizer que perdi o tempo de inscrição, e bufo frustrada, pelo visto vou ter que deixar isso para o ano que vem.

Entro no Google para procurar mais alguma
e encontro uma que chama minha atenção, pego meu caderno que está com algumas anotações mas não encontro minha caneta para anotar o número de telefone.

Desisto de procurar e me levanto, caminho até o escritório de Noah e percebo que ele esqueceu a porta aberta, entro e começo a procurar por uma caneta.

Encontro uma em cima da mesa e quando pego acabo esbarrando em uma papelada que estava ao lado.

- Que merda!

Me abaixo começando a catar os papéis do chão, mas vejo uma coisa que chamou bastante minha atenção, aonde estava escrito.

O carregamento de cocaína será entregue na quarta-feira dia 11/05 às 18:15 da tarde.

Arregalo os olhos ao ler o nome cocaína e quando ia ver o endereço ouço uma voz rouca e grossa na porta do escritório.

- O que está fazendo aqui S/n? - Levanto a cabeça e vejo Noah com uma expressão séria no rosto de que não está nada contente.

- Oi querido, vim procurar uma caneta para anotar uma coisa importante - Digo me levantando.

- E como meus papéis caíram no chão?

- Eu acabei esbarrando sem querer, mas eu juro que não li ou mexi em nada - Mostrei a caneta preta em minha mãos e ele se aproximou de mim.

- Tem certeza que não mexeu ou leu nada? - Ele me olha nos olhos como se conseguisse ver minha alma.

- Mas é claro, e se tivesse lido algo eu iria te contar. - Vejo sua expressão suavizar e logo depois nos lábios estão grudados em um beijo calmo.

- Estava com saudades de você - Diz quebrando o beijo.

- Também senti sua falta - Sorri e deixei um selinho em seus lábios. - Que tal nós dois tomarmos banho juntos?

- Um sexo gostoso vem junto? - Ele sorri malicioso e eu começo a andar para fora do escritório.

- Talvez - Saio correndo enquanto ele corre atrás de mim.

- Volta aqui sua delícia! - Quando chegamos no banheiro senti seus braços fortes me tirarem do chão me fazendo rir alto. - Gostosa! - Sinto um tapa sendo desferido na minha bunda me fazendo rir mais.

- Gostoso! - Sorrio e ele sela nossos lábios em um beijos quente enquanto caminhamos até a banheira.

   (...)

Me sento na mesa ao lado de Noah e a empregada coloca nossa comida sobre a mesa.

- Com licença - Ela pede e sai da sala de jantar deixando eu e Noah a sós.

- Como foi no trabalho amor? - Pergunto tentando quebrar o silêncio.

- Foi um pouco estressante, tete alguns atrasos e alguns problemas com uma papelada, mas nada que você tenha que se preocupar. - Ele sorri fraco e eu devolvo o sorriso. - Não vai comer? - Pergunta colocando mais uma garfada na boca.

Começo a mexer na comida um pouco nervosa, pois quero contar agora ao Noah sobre a universidade mas estou com um pouco de medo, pois não sei qual vai ser a sua reação.

E outra coisa que estou muito assustada ainda é sobre aqueles papéis.

Cocaína?

Como assim cocaína?

Meu marido é um traficante ou algo assim?

Eu espero muito que não, pois se ele for um traficante, ele deve matar pessoas também, e não consigo imaginar Noah, meu marido, matando alguém.

- Amor? - Levo um susto ao ouvir sua voz rouca ao meu lado. - Está tudo bem?, você parece nervosa. A algo que queira me contar? - Ele diz com o cenho franzido.

- Não é nada, é só que......eu quero fazer faculdade. - Digo um pouco rápido e ele me olha curioso.

- Como assim faculdade?, não acha que está um pouco tarde pra isto?

- Tá me chamando de velha? - Exclamo e ele ri fraco.

- Não amor, você não está velha, só quero dizer que, o período de inscrição já acabou, pelo que eu saiba. - Ele dá de ombros voltando a comer.

- Mas eu estou procurando, e quero tentar, quero me formar em algo, experimentar coisas novas, conhecer pessoas e - Sou interrompida com sua risada falsa.

- Como assim pessoas?, acha mesmo que vou deixar você faculdade lá fora? - Ele pergunta como se eu tivesse contado uma piada.

- E aonde mas eu faria uma faculdade Noah Urrea? - Começo a ficar irritada.

- Aqui em casa horas!, existem várias universidades onlines!

- Mas não quero ficar em casa, eu vivo trancada nesse casa e nunca saio daqui sozinha, nem dirigir meu próprio carro eu posso! - Elevo meu tom de voz.

- S/n não quero discutir com você! - Diz ficando sério.

- Eu também não quero, a única coisa que eu quero é entender o por quê eu não posso sair na rua ou em qualquer lugar sozinha, sem um segurança na minha cola! - Começo a falar alto indignada.

- S/n - O interrompo

- Você quase nunca tá em casa, sempre tá nesse "trabalho" e eu nem sei do que você trabalha ou com o que, e quando e pergunto só me diz que é um empresa e muda de assunto! E - Ele bate forte na mesa me dando um susto.
- Já chega S/n Urrea, você não vai sair dessa casa sozinha e ponto final!, eu não confio nas outras pessoas perto de você. E também não vai fazer porra de faculdade nenhuma se não for aqui em casa! - Grita empurrando a cadeira que cai no chão brutalmente.

- E por que não posso dirigir meu próprio carro? - Grito de volta e ele chuta a cadeira que estava sentado para longe me deixando assustada.

- Você não vai dirigir aquela merda!, vou mandar fazer sucata daquele caralho!, E não ouse me pedir isso de novo! - Ele respira fundo - Você sabe muito bem o que aconteceu da última vez que você tocou em um volante - Diz rígido mas sem grirar dessa vez.

- Não vai acontecer de no- Me interrompe batendo na mesa.

- Para de insistir!, eu não vou perder você! - Grita alto e sai da sala de jantar me deixando sozinha.

Começo a chorar pelo jeito que fui tratada e me levanto da mesa.