Como é que vou continuar vivendo assim?
Me afastou por medo dele ou medo de mim?
Quem olhar pra mim pode ou não ver uma assassina
Mas eu sou o que preciso ser pra ninguém encostar na minha família
O que é roubar ou matar quando se pode ficar sozinha?
E eu sei que vocês vão procurar não me ver desse jeito
Mas ora ou outra vem a dor e com ela o peso
Dos meus atos e de aprender a lidar com quem eu sou
Das lembranças daquela pequena menina que agora matou
Me desculpem, mas não me arrependo e não partilho do peso
Eu já sabia e tinha até falado
Que se ele tentasse algo de novo ele tava mandado
Ele destruiu as nossas vidas tantas vezes
Que me sinto aliviada por ter me livrado dele
Será que eu enlouqueci por achar que ele é culpado?
Carreguei o fardo de pensar tais coisas
Controlei os impulsos pra não machucar outras pessoas
Suportei o ódio pra ele não extravasar
Não adiantou tentar, ele ainda estava lá
Só me esforcei assim pra ninguém se culpar
Mas de que adiantou? No final ele me corroeu
O monstro se libertou e solto ele correu
Se alimentou do ódio e olha no que deu
Atrás da dor e da raiva agora se escondeu
E se o monstro sempre foi eu?
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Poemas De Um Suicida
PoetryAlma minha gentil, que te partiste Tão cedo desta vida, descontente, Repousa lá no Céu eternamente E viva eu cá na terra sempre triste. Se lá no assento etéreo, onde subiste, Memória desta vida se consente, Não te esqueças daquele amor ardente ...
