𝟎𝟒- 𝐏𝐫𝐞𝐜𝐢𝐬𝐨 𝐢𝐫.

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Antony santos.
Dia 10/08/2019. 17:39.

Subimos o morro e eu á apresentei a tudo e a todos, é impressionante como ela consegue conquistar todos tão facilmente.

Depois de passearmos pelo morro e ela conhecer tudo, levei ela até o melhor lugar para se ver o pôr do sol.

Quando chegamos, ela parecia encantada com a vista, ela encostou na grade e eu a abracei por trás vendo ela tirar uma foto do céu e em seguida, postando nos storys. Logo depois ela tirou uma selfie nossa abraçados e postou no CF (close friends) com a música "profecia" do MC Hariel (a intensidade trouxe nós dois aqui, linda por dentro e por fora, mesmo que todo mundo tem defeito, as diferenças viraram nada demais ela tá junto com Corinthians hoje dentro do meu peito)

Antony- ah, caô que cê e corinthiana.- falei negando com a cabeça.

Mariana- Claro eu que sou! Me respeita que aqui é TIMÃO!-disse batendo no peito.- Não vai me dizer que cê torce pro Palmeiras, né?!

Antony- nunca. Aqui é tricolor!

Mariana- cê não é daqui, né? Pra torcer pra esse timeco, não tem como ser carioca.

Antony- é, não sou! vim de Sp quando meu pai morreu, pra assumir o lugar que era dele.

Mariana- como assim?

Antony- Quê saber a história toda logo? Já vou avisando que é longa pra caralho.

Mariana- tenho todo tempo do mundo.

Antony- então vamo lá, vou te contar como minha mãe me contava: pra começar, minha mãe era daquelas patricinha que mora em Alphaville, sabe? Filha de coronel e pá. Já o meu pai era cria daqui do morro. Eles se conheceram no começo de noventa e nove, quando minha mãe veio pra fazer odontologia na UFRJ, ela era burguesa e tinha uma mesada ótima! Mas os meus avós queriam que ela fizesse medicina na USP, e pra tentar cortar as asas dela, eles cortaram a mesada pensando que ela iria desistir. Mas a minha mãe lutou muito, arrumou um emprego aqui no Rio e veio morar aqui no morro.- falei enquanto via ela me escutar atentamente, enquanto eu ainda á abraçava por trás- eles se conheceram num baile daqui e se apaixonaram, assim como nós! E uma semana depois, já começaram a morar juntos. Isso aconteceu em janeiro, e em maio, minha mãe descobriu que tava grávida de mim. Pra eles foi como a realização de um sonho, toda aquela felicidade do primeiro filho, sabe? Tavam perdidamente apaixonados, e estavam começando uma família, que era o sonho do meu pai e da minha mãe também, então não tinha como estarem mais felizes. Mas, os meus avós pensavam diferente, eles não aceitavam o relacionamento porque minha mãe era muito nova, diziam que ela precisava estudar e também por causa do trabalho do meu pai. Eles ameaçaram entregar o meu pai pra polícia se minha mãe não voltasse pra são Paulo, então sem muitas opções, e com medo do meu pai ser preso, ela voltou. Meus avós não aceitavam mais ela em casa por causa da gravidez. Ela ainda tentou voltar pra cá, mas meus avós ficavam rondando ela e faziam de tudo pra manter os meus pais separados, então como ela não podia voltar pra casa do meus avós, e nem pra cá, ela se mudou pro inferninho, que é uma quebrada lá em Osasco, desistiu da faculdade e começou a trabalhar, ela nunca conseguiu voltar com o meu pai, nem quando meus avós morreram, mas ela sempre fez questão que eu passasse as férias aqui, pra ficar perto do meu pai e também pra me divertir.

Mariana- tá mas o quê você quis dizer com "assumir o lugar que era dele"?

Antony- se você deixar eu terminar a história, você vai entender.

Mariana- tá, calma aí ó ignorante.- disse levantando os braços se rendendo.

Antony- como eu tava falando, sempre vinha aqui, até que um tempo atrás, uma guerra se instalou entre a rocinha e o alemão, acho que cê sabe né? Mora lá.- ela confirmou.- quando começou, meu pai me proibiu de vir pro Rio e fiquei anos sem ao menos pisar aqui. Mas como cê deve saber, Marquinhos matou meu pai e quase todos os seus aliados, então eu tive que vir pra cá, assumir tudo e remontar toda a equipe. Hoje, vários dos meus amigos de infância trabalham para mim. Sei que não é um bom pensamento e ainda nem sei como, mas vou me vingar do Marquinhos por tanto sangue derramado, só que antes, eu quero saber o motivo dessa guerra.-quando olhei para Mariana ela estava com os olhos arregalados como se não acreditasse no que acabou de ouvir.

Mariana- desculpa, Antony, mas eu preciso ir.- falou se soltando dos meus braços e pegando um moto táxi que estava estacionado próximo a nós. Eu ainda tentei gritar pelo seu nome, mas ela já estava longe demais para ouvir.

 Eu ainda tentei gritar pelo seu nome, mas ela já estava longe demais para ouvir

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Por hoje foi isso, beijos da Mari 🤍🧿

𝑼𝒎 𝒂𝒎𝒐𝒓 𝒅𝒊𝒇𝒆𝒓𝒆𝒏𝒕𝒆. /𝐀𝐧𝐭𝐨𝐧𝐲 𝐬𝐚𝐧𝐭𝐨𝐬Onde histórias criam vida. Descubra agora