Uma missão e uma cidade arquitetônica. Jimin, recebe uma missão em Kyoto aonde ele descobre que deve guardar e proteger Vênus, um garoto Trans e autista. Entretanto, diante dessa amizade, Jimin se vê criando sentimentos pelo garoto e quando decidi s...
Para minha pequena admiradora secreta na qual não conhecia! Você chegou de repente e de uma forma intrigante! Se tornou uma estrela em meio a minha escuridão e constelações. Espero que goste dessa estória, na qual escrevi para você! Pela sua dedicação e carinho a todos ao seu redor! 🦊🌹💙🎐
Lágrima.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Alguns dizem que acham anjos inocentes e puros e que não acreditam na possibilidade de haver seres assim numa terra pecadora e injusta. Outros já acreditam que anjos são seres cautelosos e inteligentes, com sabedoria o suficiente para poder entrar em contato com seres de auras maliciosas e excêntricas. Eu na verdade prefiro acreditar na segunda opinião. Para alguém que nasceu e viveu o tempo todo como um anjo, acho que podemos sim ter essa conexão com as pessoas da Terra. Por mais que já tenha visto de tudo, e eu seja um anjo, ter vivido toda a vida ao lado de muitos no céu, não esperava nunca em minha jornada acabar me aproximando de um na Terra, ou então, me apaixonar por um.
Todos os anjos tinham suas missões, mas nunca nos encontrávamos e falávamos sobre como havia sido. Era algo particular de cada missão e ninguém poderia ficar sabendo além de Deus. Ele havia me entregue a minha, e cá estou eu, embarcando em mais uma missão, na qual não sei o começo, o caminhar e o fim dela. Apenas sei que irá demorar.
Quioto, Japão. 18:30
Um lugar extremamente calmo e tranquilo, e com construções arquitetônicas. Kyoto, onde tive a informação que seria minha missão a dois anos atrás. Era fim de tarde, os passarinhos voavam pelo céu com seus bandos, o vento chacoalhava as flores das árvores de Hanami¹, e junto com as pétalas vinha-se o perfume que embriagava os japoneses dessa cidade. Enquanto eu só assistia sentado na varanda do meu quarto, o garoto no banco da pequena pracinha que havia em frente às nossas casas. Vênus dobrava os papéis de variadas cores, em formatos de animais e alguns desconhecidos por mim.
Quando cheguei em Kyoto, não sabia o porquê me colocaram aqui para guardar Vênus. Até que comecei a olhá-lo, e com o tempo comecei a interagir com ele. Descobri que o pequeno tinha autismo, era um nível baixo do espectro que possuía; mas ainda era o motivo para muitos olharem para ele de forma torta ou ruim. A algum tempo, quando o acompanhei até sua casa que ficava a umas três quadras após a minha, acabei escutando seus pais nervosos falando sobre o problema que o pequeno havia em seu coração.
Aquilo me fez descobrir apenas mais um dos motivos pelo qual eu fui enviado para guardá-lo. E bem, eu estava completamente disposto a protegê-lo. Por isso pedi até para meus pais aqui na Terra, que me matriculasse no colégio que ele frequentava. E lá descobri que o bullying apenas pela sua deficiência, era pior do que na rua. O pequeno também passava alguns olhares tortos, por não se identificar com seu gênero original. Ele havia nascido de um jeito, entretanto conforme foi crescendo, se viu completamente no gênero masculino.
Eu nunca vi algo ruim nisso. Ao contrário, sempre o levava ao cabeleireiro para cortar o cabelo e às lojas para comprarmos roupas que se identificava. Era tão gratificante vê-lo sorrir e pular enquanto sorria de felicidade. Se eu tivesse que roubar as estrelas para ele, pisar em espinhos para colher a Rosa mais bonita de um jardim ou nadar até o fundo do oceano para pegar um tesouro, eu faria!
