XIX- No Lo Necesitaba

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Capítulo dedicado a: bolodosrinneys <3

Boa Leitura!

-NARRADO POR FINNEY BLAKE-

Entrei na porcaria que chamo de casa quase derrubando tudo, como é que eu pude deixar me envolver por aquele garoto ? Me diz. Fui idiota e agora seria um fantoche. Por que essas porras só acontece comigo ? Por que ele é assim ? 

Meu Deus.

Fui para o banho e aquele foi considerado o banho mais demorado da minha vida, um banho perdido em pensamentos e em tentativas de tirar seu perfume de meu corpo, e parecia impossível, seu cheiro havia grudado em  mim. O odeio, simplesmente o odeio.

O máximo que tinha que acontecer era ser só uma noite com ele salvar meu "amigo" o que me arrependo totalmente. Deveria ter deixado Matt morrer, se não tivesse me metido nesses troços babacas de gangues eu não estaria nesta situação, sendo de alguém que não é meu, e eu conhecia Robin, se eu relutasse, ele me mataria.

Droga, porra, merda. Por que ele foi aparecer novamente ? Por que ele teve que trabalhar logo naquela escola ? Por que Sam tinha que estudar naquela escola ? Até porque, se ele não tivesse roubado Robin a mando de Matt, Robin não precisaria seguir seus rastros.

Ok, mas vamos a verdade: Robin era dono de uma beleza intensa, tem que ser muito forte para poder resistir à ele, então por que eu resistiria ? Sou um fraco, todos sabem disso. Não sei se tinha algo mais do que atração física, e se tivesse, queria descartar isto.

Todos sabem que Robin Arellano não vale nem o que come, que ele quebra o coração das pessoinhas que ele come e ainda sai rindo, então por que eu aceitaria ser dele ? Estava disposto a lutar contra isto, mesmo sabendo que isso valeria minha morte, mas acontece que eu não ia ver Robin fodendo até o poste e ficar aplaudindo e em seguida parar em sua cama, porque ele simplesmente resolveu que pertenço à ele.

Mas algo me intrigava: Por que logo eu ? Logo eu ? Estava disposto à descobrir isso. No dia seguinte, cheguei na escola com uma cara de cu terrível, mas logo melhorei ao ver Mathias vindo em minha direção.

-Eai, Finn, tudo suave ?- Ele perguntou e eu ri.

-Esse jeito de cumprimentar não combina nada com você.- Falei rindo mais uma vez.

-É que garotos descolados falam assim, eu acho, e eles conquistam as garotas mais fácil.

-Você não precisa disso, Mathias.- Falei pegando alguns livros no armário e ri.-Você um garoto inteligente.- Falei ao lembrar de Robin que era lindo, maravilhoso e uma porta. Mas na verdade, não queria nem lembrar de Arellano.

-Mas as garotas não ligam mais pra isso.- Ele disse apontando para sua cabeça- E sim, para isso.- Desta vez ele apontou para o meio das pernas e foi impossível não rir. Mathias estava sendo um amigão nestes últimos anos que estudamos juntos, sem contar que ele sabia fazer meu bom humor voltar.

Todos naquela escola achavam estranho eu falar com ele, pois as pessoas tinham uma imagem de mim como o garoto bonitinho dos cachos dourados que gosta de homens e que ama jogadores de futebol americano, sendo que eu nem olhava pra eles na escola, passava reto como se eles fossem irrelevantes, e eles eram.

Já Raynisa, preciso nem dizer. Dormiu com metade do time e antigamente era líder de torcida, mas ela não fazia nada então as outras garotas votaram pra que ela saísse, lembro-me que ri tanto naquele dia. Foi no final do ano passado, quando elas se deram conta que nunca haviam ganhado nenhum campeonato com Raynisa e que ela só sabia dar em cima dos jogadores.

Para as outras garotas, Mathias não tinha padrão de beleza almejado, mas se ele não fosse meu amigo e não fosse hétero, eu pegava apenas porque ele é muito fofo.

-Claro que não, seu idiota. As meninas  que só ligam pra isso não se dão ao valor.- Dei um soco de leve em seu ombro, ele riu passando seus braços em volta de mim, e nós formos falando besteira pelo corredor. Nisso, Bruce passou com Brenda e evitou me olhar, já Brenda, veio toda feliz cumprimentar eu e Mathias. Logo as duas saíram e aquilo me doeu.

-Apesar de não saber o motivo de vocês não se falarem mais, sei que ele vai se arrepender..- Mathias tentou me consolar quando viu minha expressão mudar.-Uma amizade verdadeira não pode ser substituída.

Não consegui dizer nada, apenas o olhei sorrindo. Quando dobramos o corredor, Mathias deu de cada com Arellano, ainda com o braço em volta de mim.

-Desculpa aí, cara.- Mathias disse naturalmente, ele realmente não sabia com quem estava liando, Robin apenas o olhou com aquela sua cara de cu e não disse nada. Logo lembrei do dia anterior e tirei os braços de Mathias sobre mim, pois não me perdoaria se Robin desse alouca e fizesse algo com ele. Mathias ficou sem entender.- Aconteceu algo?- Ele perguntou estranhando.

-Nada, é só que...Bateu o sinal e nós precisamos ir.- O puxei, saímos correndo.

As horas passavam se arrastando e eu precisava da hora do intervalo pra falar com Robin, aquele lance de ontem estava me corroendo por dentro, precisava tirar isso a limpo e tentar dizer à ele que não era assim que as coisas funcionavam...e depois, levar um tiro, claro.

E finalmente a droga do intervalo chegou. Sai andando rapidamente pelos corredores da escola, atropelando geral  e me metendo nas multidões, tentando encontrar aquele idiota, procurei por todo lugar, até na sala que ele costumava ficar e nada. Minhas pernas já estavam doendo de tanto caminhar por aquela escola ennorme, fui obrigado a parar pra respirar um pouco.

-Finn. Vai ter uma festa lá em casa, se você quiser ir..-Lehan, um dos garotos mais cobiçados daquele lugar passou por mim me entregando um convite.- Lá vai ter meu quarto também, se quiser dar uma visitinha, dizem que você fode legal.- Ele riu debochado junto com alguns garotos que vinham atrás e saiu. Peguei o tal convite atirando em um canto. Não sei porque esse tipo de gente tem preconceito com gays.

Fiquei parado ali mais um pouco, até que por intuito resolvi ir até o sexto andar da escola, mas fui de elevador, porque ainda estava cansado, mesmo o elevador sendo apenas para emergência, mas isso era uma emergência.

Chegando no andar comecei a ouvir a voz de Arellano, talvez ele estivesse resolvendo algumas paradas pelo telefone, ou ameaçando Sam mais uma vez, por isso se afastou do resto da escola. Me aproximei, a fim de falar com ele, e todas aquelas minhas ideias morreram quando ouvi uma voz feminina.

Meu sangue ferveu. Fui devagar até uma sala de número seiscentos e três que se encontrava com a porta semi aberta, e então ouvir gemidos..Eles não se prestaram nem para fechar totalmente a porta.

Eu não precisava estar vendo aquilo...

By: Lian.


Até o próximo capítulo, gatinhos!

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