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Maya:

O doutor tava assinando minha alta e eu tava terminando de colocar um vestido que a Letícia tinha deixado pra mim
Dr:É sério ela precisa de repouso uma concussão pode deixar sequelas por alguns dias- escutei ele falar quando abri a porta do banheiro e vi ele entregando o papel pro Roger
Roger:Valeu doutor- entregou um bolo de dinheiro pra ele
Roger:E minha boneca- veio pra perto de mim me dando um beijo na testa e eu me mantive do mesmo jeito disfarçando a cara de nojo.

Ele abriu a porta e foi andando na frente e eu devagar por sentir meus pontos puxar passamos pela porta do postinho e vi o carro parado na frente ele deu a volta e eu abri a porta sentando e sentindo meu corpo todo doer, ele entrou e bateu a colocando a chave no contato.
Eu:A Letícia disse que vai depor a favor da minha mãe- falei assim q ele deu partida
Eu:Vc não pode deixar ela tirar o Junior de mim Roger tu me deu sua palavra- falei sentindo ochoro vim na minha garganta
Roger:Palavra de bandido não tem curva Maya enquanto cê tiver aqui ninguém vai tirar o Junior de vc- olhou rápido pra mim e eu engoli em seco.
Eu posso ter errado muito na minha vida e tenho certeza que sim caso contrário não taria pagando tudo isso mais eu vou fazer tudo q tiver q fazer pra manter meu filho comigo sou falha como qualquer outra pessoa mais por ele eu faço qualquer coisa nada nesse mundo se compara ao amor de uma mãe por um filho
Roger:Entra faz uma janta pra nois que eu vou mandar a Talita trazer o Junin- assenti abrindo a porta e saindo.
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Letícia:

Terminei de limpar a casa e sentei no sofá pegando meu celular e vendo uma foto do Junior que a talia mandou  quando fui responder levei um susto com a porta abrindo com força e vi o branquinho entrar e vim na minha reta igual bicho
Eu: maluco de entrar assim na minha casa achando que é quem?- olhei puta pra ele
Branquinho:Eu vou te dar o papo uma vez Letícia- esticou a mão me puxando pelo cabelo
Eu:ME SOLTA DESGRAÇADO-  falei alto tentando me soltar mais foi em vão
Branquinho:Se eu souber que tu moveu um dedo pra ajudar a Marcela eu vou mandar fuzilar teu marido na praça pra geral assistir e ficar de exemplo que qualquer um que não ta com nois ta contra nois- falou entre dentes
Eu:Tu nunca faria isso Roger ele é teu amigo!- falei tentando soltar
Branquinho:Paga pra ver pô a graça do palhaço é ver o circo pagar fogo-solto sorrindo e meus olhos encheram de lágrimas
Eu:Vc ia ser a maior decepção da nossa mãe Roger- falei com um fio de voz vendo ele se afastar
Branquinho:Então ainda bem que ela não aqui pra ver- cuspiu no meu chão e saiu fechando a porta.
Deixei as lágrimas caírem e consegui pensar em como ele se tornou isso em como o garoto que vendia bala no sinal pra eu ter material pra levar na escola hj é esse monstro como isso aconteceu meu Deus?

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Branquinho:

Entrei na boca e meu celular vibrou peguei vendo uma mensagem da talia falando que tava saindo de casa pra levar o Junior, quando fui guardar de volta no bolso escutei os fogos
Eu:Merda- Abri a porta da salinha e entrei peguei meu colete no armário e já puxei a fuzil saindo
Eu:BORA CARALHO QUERO GERAL BOLADÃO CHEIO DE NEGUIN PA TROCA COM ALEMÃO PORRA PRA CIMA- falei vendo cada um com uma fuzil na mão
L2: branquinho o neném falou que tão vindo pela parte de trás da favela- assenti saindo com a fuzil na frente e a tropa veio atrás
Eu:Tu vai comigo hj- puxei ele q tava entrando pro outro beco e fui correndo na frente na maior atividade vendo os moradores tudo fechando as casas
Batoré:Qual foi patrão neném falou que tão na 6 já- cortei no beco da quatro subindo e saindo de frente pra 6
Neném: patrão eles se bateram com teu pivete e a talia- escutei e engoli seco
Eu:Liberaram?- olhei pro L2  que apertou a fuzil na mão
Neném:Algemaram a talia e o tenente na frente com o teu moleque patrão - fiz sinal pro falcão que veio
Eu:Mete o pé no barraco de geral que tiver lage cerca aqueles filho da puta do alto- falei e ele conrdou
Eu:Eu vou na frente valendo mais vivo do que morto vou negociar  se não der certo é pra tirar meu pivete de vivo caralho- falei alto
Eu:Fé tropa bora porra- sai subindo o beco e vi eles metendo o pé.
Encostei na parede e escutei eles virarem a rua encostei na parede e dei um tempinho até o l2 me dar um joia na lage do final do beco, atravessei a fuzil no corpo e sai do beco com a mão pra cima já
Eu:Bora troca um papo tenente- encarei ele que apoio o braço no Junior que olhou assustado
Tenente:Não falo a língua de vagabundo- cuspiu
Junior:Pai eu quero a minha mãe- limpou a lágrima q caiu do olho dele
Eu:Ce vai pá tua mãe Jaé confia no pai- olhei pra ele
Eu:Qual foi tu meteu sua tropa num beco sem saída- fiz sinal com a cabeça e os meus apontou os bico
Tenente: Teu filho aqui branquinho vai arriscar?- apoiou a mão na pistola
Eu:Solta meu pivete minha tropa vai ficar no sapatinho- ajoelhei
Eu:Te dou minha palavra, palavra de bandido não faz curva- riu
Tenente:Eu solto teu filho e levo tu- me encarou
Tenente: E branquinho ou tu Abaixa a cabeça ou a cabeça do teu filho vai rolar- olhei pro L2 na lage e fiz sinal
Eu:Solta ele tu tem minha palavra- fez sinal e veio dois policiais na minha reta
Eu:Solta ele- falei entre dentes e ele tirou a mão do Junior
Eu:Junior corre e não esquece moleke eu te amo- falei vendo ele começar a correr e senti a pressão do policial me derrubando e me algemado.

MayaOnde histórias criam vida. Descubra agora