Roller Coaster

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Um mês havia se passado desde a experiência no quarto de jogos que voltou a se repetir todos os finais de semana, cada um desses finais de semana com provocações e punições diferenciadas e agora Tobirama decidiu usufruir de um dos bonus que deu a Izuna, ofertou o benefício da escolha entre restaurante ou cinema mas para a surpresa do Senju o garoto acabou dando uma terceira opção, fugindo completamente do que estava no contrato deles.

— Que tal o parque de diversões que inaugurou essa semana? Vai ser legal, um pouco de adrenalina…sabe. — Disse Izuna sorrindo ao homem 

— Não me lembro de ter “parque de diversões” em nosso contrato. — Disse o Senju que recebeu de Izuna um revirar de olhos, o que chamou a atenção do albino que “cobraria” as consequências daquele ato mais tarde. 

— Precisamos mesmo seguir tudo à risca, Tobirama? Eu achei que estávamos meio que.. — Izuna fez uma careta e Tobirama completou. — Namorando?

— É.. — Disse Izuna confuso e o Senju logo se aproximou do menor e disse tocando o rosto de Izuna de forma delicada. — Sinceramente não estamos Izuna, o que temos é mais simples do que um namoro sabe. — Após Izuna se afastou e Tobirama foi se sentar em um sofá próximo achando que Izuna tinha acabado o show já, mas na verdade não havia acabado. 

— Apenas transamos aos finais de semana, Tobirama? — Perguntou Izuna cruzando os braços e o Senju encolheu os ombros e assentiu, mesmo sentindo internamente que as coisas não eram uma simples transa ou simples troca de prazeres. — Não é o que parece, se apenas transamos aos finais de semana então acho que eu deveria pelo menos ter mais liberdade não acha? Como por exemplo me tocar quando eu bem entender sem precisar chamar você pra isso.

Tobirama não disse nada, mas ficou encarando o menor.

— Beber com os meus amigos que eu simplesmente abandonei desde que te conheci. Aproveitar a minha vida como um homem de vinte e um anos, quase vinte e dois faz. — Izuna se irritou com o fato de Tobirama parecer uma muralha e ter se fechado para si agora, ele não dizia nada. — Que droga Tobirama… quer saber falta quanto tempo pra essa merda de papel chegar a validade? 

Enfim o albino abriu a boca pela primeira vez. — A regra é clara, o contrato pode ser encerrado a qualquer momento. Se você não quer continuar assim, não tem o que possa ser feito Izuna, eu nunca te escondi que não sou um cara de namoros e você concordou em ficar comigo mesmo assim. Eu não me relaciono de forma romântica com ninguém. Não sou de “relacionamento baunilha”

— É… eu to percebendo que isso é bem real. Eu não vou quebrar o nosso contrato Tobi, vou até o fim porque não sou de desistir. — E nesse momento o menor se aproximou de Tobirama que estava sentado no sofá da sala, de frente as janelas panorâmicas e se ajoelhou diante de Tobirama, para poder olhá-lo de igual, segurou uma das mãos livres do homem e tirou da outra mão dele o copo de café e deixou na mesa ao lado do sofá e entrelaçou seus dedos aos dele. — Eu não vou desistir de você. Eu realmente não faço idéia do que aconteceu com você, para achar que não merece amar alguém como já me disse uma vez, ou para não deixar ninguém entrar na sua vida, você não é de falar muitas coisas pessoais, eu respeito isso. Mas quero que saiba que eu não vou desistir de você Tobi. Você pode amar e ser amado, e não tem problema nenhum nisso.

Izuna mal terminou de falar e Tobirama soltou as mãos de Izuna e levou ambas ao rosto do menor e o trouxe mais para perto e disse se inclinando para ficar mais perto dele. — Tem sim, tem muito problema em amar e ser amado. Eu não mereço isso, não mereço ter o amor de ninguém, muito menos o seu Izuna. E se eu não te falo do meu passado é porque você não precisa saber. Eu sou uma pessoa ruim Izuna, não mereço ter ninguém do meu lado. 

Fifty Shades of TobiIzuOnde histórias criam vida. Descubra agora