Prólogo

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"Ele começou a apresentar sinais de consciência, porém não abriu os olhos"
Tudo está escuro, porém consigo ouvir vozes. Ao mesmo tempo que estão distantes elas parecem estarem ao pé do meu ouvido. Aos poucos começo a sentir meu corpo, eu estava dormindo?
Abro os olhos, mas os fecho imediatamente. Só consegui ver uma luz branca e muito forte, minha cabeça lateja.
Em outra tentativa de abrir os olhos, consigo olhar ao meu redor. Estou em um hospital.
Vejo médicos falando, mas agora não os ouço, apenas sinto uma lágrima deslizando sobre minha bochecha, não entendo o que está acontecendo.
"Lee Minho, você consegue me ouvir?"

TRÊS MESES ATRÁS

"Minho, você bebeu demais, dorme por aqui hoje, sua casa é longe demais"
"Relaxa Chan, eu tô de moto, chego de boa"
Eu digo virando o último copo de whiskey e pegando minhas chaves pra sair.
"Sou contra a ideia, mas me avisa quando chegar ok?"
"Tranquilo, aliás você sabe quando o Jisung e o Félix voltam da Austrália?"
"Acho que daqui uns três meses ainda, só nas férias da faculdade, quando voltarem pode ter certeza que a gente marca um rolê com todo mundo"
Bangchan diz me acompanhando até a porta e dando tapinhas nas minhas costas.
"Então fechou, vou indo, tenha uma boa noite Chan"
"Igualmente, se cuida Lino"

Logo que saio da casa do Chan, percebo um movimento estranho na rua. Eu deveria imaginar, Bangchan mora no centro, e nessa região sempre tem blitz.
Certamente deveria ter aceitado o convite dele de ficar por lá, mas agora que já estou no caminho não adianta voltar.
Eu resolvo pegar uma rua que corta o caminho por cima de um morro, assim evitando a blitz. A rua não é iluminada e nem asfaltada, é complicada de passar de moto, mas já usei esse caminho várias vezes.
Na escuridão da rua onde a única iluminação é o farol da minha moto, quase tombo para o lado ao cair em um buraco. Droga.
Minha moto desestabiliza, cada vez mais buracos que eu não consigo evitar, essa rua está pior do que eu imaginava. Logo após desviar de um buraco, acabo caindo em outro muito maior. Eu perco o controle do volante da minha moto, não sei o que fazer.
Eu estava em uma curva, e em um piscar de olhos minha moto já estava despencando da borda do morro.
Não era alto, mas pensei que ali seria o meu fim.

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