Daniela

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P.O.V KAUANA

Sacudia minhas pernas ansiosamente
enquanto aguardava a chegada do professor. Estava sentada em uma das cadeiras da biblioteca, junto com meus colegas de classe, estávamos apenas aguardando o professor, que por sinal, estava atrasado, e eu já não aguentava mais esperar, só queria sumir dali.

Que inferno.

- Tem como ele demorar mais? - Falei em voz alta, e, pra minha infelicidade, ele chegou bem nesse momento, me surpreendendo, e mandando-me ler meu texto.

- Boa tarde pessoal. - Ele falava, enquanto entrava na sala. - Kauana, leia o seu texto para nós. - Disse ele, colocando suas mãos sobre a mesa e me encarando.

Que droga, era só o que me faltava.

- É que... eu não fiz. - Respondi.

- Não faz sentido se matricular em uma oficina de escrita, se você não
escreve, não é? - Ele disse ainda me encarando.

- Ela tá escondendo. - Um dos alunos falou. - Tá ali ó. - terminou a frase apontando para um papel amassado que estava no chão.

Que filho da puta, o que ele tinha a ver com isso?

O que é isso? - O professor perguntou.

- Isso o que? - Respondi, sem paciência.

- Esse papel aí. - Ele falou, me olhando

com aquela cara de mongol dele.

- Isso não é nada. - revirei os olhos.

- MAS É SIM! - A garota que tinha pegado o papel do chão respondeu.

- ISSO NÃO É NADA! - Respondi puxando o papel amassado de sua mão, e coloquei dentro do bolso do meu moletom.

O professor olhou para todos nós com uma cara de desgosto, e perguntou se por acaso, alguém queria ler o próprio texto, e algumas pessoas levantaram a mão, dando continuidade à aula.

Depois do que parecia ter sido uma eternidade pra mim, o sinal finalmente tocou, e eu pude dar o fora dali.

Pra contar uma história, não basta você saber escrever, você também tem que ter coragem pra fazer isso. Por isso,essa história não começa aqui.

Acho que essa história tem que começar na minha casa....

Uma residência bem humilde, que por circunstancias da vida, acabou encurralada por um império, a mansão dos Soomin. Uma família que, mesmo sendo vizinha minha, vive num mundo muito diferente do meu, porque os Soomin são donos da S.3, no caso, o "S" vem de Soomin obviamente, e três, bom, acho que deve ter a ver com os irmãos.

Uma das empresas mais bem cotadas do país, e tem a sede no prédio mais alto, mais reluzente, e mais imponente da cidade.

A S.3 com os três herdeiros do império, os irmãos Soomin, Bernardo Soomin é o mais velho, Rafael Soomin é o caçula, e... A minha preferida, uma Deusa grega que aparentemente caiu dos céus, Daniela Soomin, a mais misteriosa, indecifrável, e sensual desse trio de irmãos.

Digamos que eu tenho uma obsessão pouco saudável por ela, e o HD do meu computador é uma prova concreta disso. Eu nunca sequer troquei uma palavra com a Daniela, ela nunca notou a minha presença, mas, eu sei tudo o que ela faz.. Quando e onde ela treina, aonde ela vai e, bom, podemos dizer que eu acumulo um pouco de informações. Bastante, muitas, muitíssimas informações.

Bom, na verdade, eu acumulava até o que rolou com o wi-fi, ao que parece, meu roteador resolveu armar uma pegadinha contra mim, um plano maligno que estava prestes a me ensinar que minha senha infalível, não era tão infalível assim, e que minha conexão de banda larga ia me arremessar mais longe do que eu nunca tinha imaginado.

Eu estava tentando descobrir o que rolou com o meu wi-fi, estava procurando por respostas em meu quarto, até que olho pela janela e vejo Rafael sentado numa das cadeiras que estavam no quintal.

- Oi. - Ele disse automaticamente se virando para me olhar.

Rafael estava sentado na cadeira e mexendo em seu notebook, que estava apoiado em seu colo.

- Aí, valeu pela senha do wi-fi. - Ele disse, me agradecendo. - o Sinal lá dentro não pega direito, mas aqui funciona bem. Eu sou Rafael, minha irmã Daniela falou que você deu a senha do wi-fi pra ela.

Quê? Como assim?

- Como? - Respondi assustada.

- Não, bom... Até logo, tá bom? - Ele disse se levantando e indo embora.

Olhei para janela do quarto da Daniela, que, pra minha alegria, era bem de frente pra minha, e vi uma sombra lá, isso me deixou curiosa. Apesar de parecer ridículo, tudo começou com a senha do wi-fi.

Acordei no meio da noite com um barulho alto vindo do quintal, automaticamente levantei e fui ver que merda era aquela.

Ao abrir a janela, vi Daniela sentada na cadeira, ela estava fumando, e seu notebook estava no chão, tava tocando uma musica super alta.

- Você tá usando o meu wi-fi?! - Perguntei casualmente.

- Estou. - Ela respondeu.

Que audácia.

- Sem a minha permissão? - Disse a encarando da janela.

- Tive problema com o meu e conectei o seu. - Ela disse, se virando para me encarar.

Não estava acreditando na audácia daquela garota.

- E você fala assim bem tranquila? - Perguntei novamente.

- Honestidade é uma das minhas qualidades. - Ela debochou.

- Você é uma idiota. - Respondi, me irritando.

- Me conhece bem, né? - Daniela Perguntou. - Mas eu também sei muitas coisas sobre você que eu não deveria saber... Kauana.

- Para de usar o meu wi-fi e diminui o volume da musica. - Falei calmamente.

- Ou o quê?! - Respondeu. - Vou continuar usando o seu wi-fi, e você não vai poder fazer nada pra mudar isso.

Daniela andou até o seu notebook, pegando ele do chão e fechando.

- Boa noite, bruxa. - Ela disse e me deu as costas, saindo do quintal

- Bruxa? - me perguntei em voz alta, não entendendo o apelido. - Olha você se meteu com a vizinha errada. - Completei, mas ela já não podia me ouvir.




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Seguinte essa e a primeira e única vez que eu tento escrevo uma fic então se tiver algum erro desculpa aí

Da uma estrelinha aí pfvrzin

Através da minha janela Onde histórias criam vida. Descubra agora