Caso: Cassino Lótus

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Estava tamborilando com a minha caneta da sorte na mesa, enquanto aguardava impaciente os resultados da pesquisa de Piper sobre o local do Cassino Lótus. Olhei em volta, repassando o que estava ocorrendo na repartição.

Dois policiais comendo rosquinhas super açucaradas em sua mesa do outro lado do corredor, na sua sala Nico estava analisando algumas amostras de sangue que encontrou no local, enquanto Piper fingia estar pesquisando sobre o local, porém estava na verdade conversando com Jason pelo celular. Thalia estava enfurnada em seu escritório desde que chegamos e nem se deu o trabalho de nos perguntar o que havíamos descoberto, como sempre fazia quando chegavamos, o que deixou Annabeth um pouco triste.

- Hum, acho que seria mais rápido se nós mesmo fôssemos pesquisar. - Falei para Annabeth, que estava do outro lado da minha mesa revisando o seu relatório do caso anterior. Annie deu uma olhada discreta para mesa de Piper.

- Ela vai conseguir, talvez só esteja falando com os contatos dela. - A loira disse tentando defender a amiga.

- Se os contatos dela se resumem ao meu primo, devo dizer que estamos fodidos. - Annie riu se encostando na cadeira.

- Não seja tão malvado, Jackson. Você ficou bem pior quando começou a namorar com Ártemis.

- Isso é uma verdadeira calúnia, Chase. - Revirei os olhos, mas sorri relembrando de quando comecei a falar com a ruiva. Eu ficava extremamente ansioso pela sua resposta e por isso quase deixei um suspeito escapar numa emboscada.

- Claro, claro. - Ela riu e voltou ao o que estava fazendo. Enquanto isso pelo computador resolvi pesquisar nos arquivos anteriores da polícia se já tinha alguma menção desse lugar.

Vi que haviam oito casos em aberto que estavam relacionados, espaçados no período de treze anos. Todos eram sobres homens entre vinte e cinco e quarenta anos, que foram assassinados de forma misteriosa e de madrugada.

- Chase, você tem que ver isso. - Annie levantou uma sombrancelha, mas rapidamente se levantou e deu a volta na mesa ficando ao meu lado. Seus olhos cinzentos analisaram a tela do computador com bastante interesse.

- Isso é realmente inacreditável. Como não notamos isso antes?

- Hum, provavelmente nunca pesquisaram por essa palavra chave. - Argumentei dando de ombros. Mas estava empolgado, o caso acabou de ficar bem maior. E se em uma breve busca descobri esses oito casos, imagina quantos não devem ter se fizermos uma pesquisa mais profunda.

- Percy, esse caso acaba de ficar maior do que esperávamos. - A loira me olhou com os olhos brilhando em expectativa.

- Temos que informar a Thalia e pedir permissão para averiguar esses casos anteriores, talvez estejamos diante de uma gangue de mafiosos. - Percebi que a loira não ficou muito satisfeita, em falar com a nossa chefe, mas não tínhamos muita escolha.

- Certo. - Ela disso ficando reta. - Mas você vai na frente.

- Oh obrigado. - Falei passando por ela, em direção a porta de vidro da sala de Thalia. - Você é uma legítima cavaleira.

Apesar de estar de costas, poderia jurar que a loira estava revirando os olhos, o que fez meu sorriso se alargar. Mais alguns passos e cheguei a frente da porta da minha prima. Abre lentamente e coloquei a cabeça para dentro observando o perímetro.

A sala estava um pouco escura, já que todas as persianas estavam fechadas. O quadro onde geralmente ficava esquemas de investigação estava vazio, do lado oposto uma pequena instante com livros chatos sobre direito penal. Meus olhos se fixaram na morena que estava sentada em sua mesa, que ficava no centro da sala, com os olhos pregados do seu computador.

Detetive Jackson Onde histórias criam vida. Descubra agora