caminhando para algo grande

3.8K 396 70
                                    

Pov. Severus. 

Estava sendo um dia até que agradável.

Resolvemos ficar no pequeno jardim que havia atrás da cabana. Era bem cuidado, provavelmente por magia.

Do lado esquerdo tinha um pequeno canteiro onde havia alguns tipo de flores:  rosas, orquídeas, margaridas....

O restante era mais um campo aberto. Do lado direito havia um cantinho com um banco de dois lugares na sombra de um guarda sol. Um ótimo cantinho para ler.

Era o que eu fazia nesse momento.

Lia um ótimo livro de poções enquanto Sirius voava em sua vassoura, de vez em quando fazendo manobras esquisitas para se amostrar.

Um ótimo dia, sim.

Depois daquele incidente onde eu parecia mais um bebê chorando no colo de Sirius, ficamos até mais próximos. Bem, por parte dele.

Depois de me ver chorar, ele, instantaneamente, achou que isso fez uma intimidade nascer entre a gente.

Eu tentei fugir dele, é claro. Mas obviamente não foi uma boa ideia devido as circunstâncias.

Já fazia uma semana que estávamos nisso e estava até indo bem. Eu só quase matei ele nove vezes.

Agora, segundo meus cálculos, podíamos aguentar até quarenta minutos longe um do outro. Pelo menos ficar um em cada cômodo, antes que as dores de cabeça começassem, que agora vinham acompanhadas de horríveis dores na barriga.

Porém, também se tornou cada vez melhor estarmos juntos. Por isso, mesmo em segredo, fingiámos que ainda éramos obrigados a estar a todo o momento juntos.

Eu me odiava por gostar tanto de estar perto dele.

Paro os meus devaneios quando noto Sirius descendo de sua vassoura.

Eu nem havia percebido quando que 'Black' se tornou 'Sirius'.

— Vamos continuar, Sev?

Eu havia começado a ensinar o básico sobre cozinhar para ele. Todo dia treinamos um pouco.

E ele era péssimo.

Já quase tinha posto fogo na cozinha umas cinco vezes. E olha que só começamos a fazer isso há três dias.

Se continuassemos assim, logo teríamos que ir às compras.

— Não me chame assim, já falei. E sim, vamos continuar. Mas é para você levar a sério entendeu?! — Digo, olhando bem sério para ele.

— Pode deixar, marido!

Apenas suspiro. Ele adorava fazer essas piadinhas e eu já tinha desistido de tentar fazê-lo parar.

Voltamos para dentro.

Espero ele guardar a vassoura e deixo meu livro na mesinha da sala.

Vou para a cozinha e olho os armários e a geladeira, vendo o que ainda tinha para fazermos. Realmente, precisávamos fazer compras.

— Se importa se eu ficar sem camisa? Tá o maior calor! — Disse ele, entrando na cozinha vestindo apenas um short.

Se eu dissesse que não me importo, estaria mentindo.

Em uma semana descobri que Sirius adorava ficar sem camisa. As vezes só por ficar. O que era irritante. Porque só em uma semana aquela minha vontade louca de passar a mão havia se tornado uma vontade louca de passar a língua.

Não ajudava nada o fato de todas as manhãs eu acordar com o rosto enfiado no pescoço dele. Não importava quantos travesseiros eu colocasse entre nós dois.

Elo inquebrável // SNACKOnde histórias criam vida. Descubra agora