𝐄𝐌 𝐎𝐔𝐓𝐑𝐀 𝐕𝐈𝐃𝐀 [ ʏᴏᴜ]

𝐂𝐀𝐏. 𝟎𝟐

Dollhouse - Melanie martinez
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𝟏𝟓/𝟎𝟏/𝟐𝟎𝟐𝟏
Ipanema- Rio de Janeiro
𝚂𝚎𝚡𝚝𝚊-𝚏𝚎𝚒𝚛𝚊
𝙷𝚛: 18:23

Depois do episódio de mais cedo, onde eu tinha me dopado pra conseguir dormi. Acordo meio desorientada, pego meu celular em cima da cômoda, vendo o horário. 18:24, mãe já chegou

Me levanto da minha cama, saindo do quarto caminhando em direção a cozinha. Estava certa, vejo a minha mãe na cozinha fazendo o jantar, tínhamos empregados, mas ela preferia fazer. Acho que ajudava a esquecer das agressões, do meu pai. Me aproximo dela, a abraçando por trás.

_Oi filha, tava dormindo? -fala ainda mexendo nas panelas-

_Sim, estava com bastante sono -sorrio forçado e me sento na cadeira do balcão- Chegou cedo hoje, porque a Margarida, não está te ajudando mãe?

Margarida era a governanta da casa, ela que cuidava quando meus pais saiam. Mas não vi se ela estava aqui hoje de manhã, se tava eu não vi.

_Pedi pra que ela fosse no mercado para me -limpa suas mãos em um pano, e me lança um olhar-

_conheço esse olhar, o que foi?

_Hoje haverá um jantar aqui, deixei seu vestido na porta do seu quarto.

_Jantar? Isso é invenção do seu marido né? -falo me sentindo irritada-

_Nina, não fala assim do seu pai -me depreende-

_Mãe, ele não é meu pai, ele foi apenas meu progenitor -me levanto da cadeira-

_Apenas finja que somos uma família perfeita, apenas mais uma noite. -fala suspirando cansada-

Eu entendia minha mãe, querer que todos pensem que somos uma família invejável, perfeita e totalmente sem defeitos. Afinal, a família Albuquerque, não é qualquer família. Esse nome, não é qualquer nome. Não podemos deixar que ninguém olhe através da cortina.

_Tudo bem mãe. -suspiro derrotada indo pro meu quarto-

Entro no meu quarto e me jogo na cama, olho as horas e vejo 18:40. Escuto um barulho de motor de carro, me aproximo da janela, era meu pai. Trato de fechar a janela e trancar minha porta. O motivo, eu tinha medo daquele homem. Desde dos meus 13 anos.

𝘍𝘭𝘢𝘴𝘩𝘣𝘢𝘤𝘬 𝘰𝘯 (gatilho ⚠️)

03/04/2017

ᴬᵘᵗᵒʳ

Marina, estava voltando da escola, sozinha, não havia perigo. Afinal, a escola era apenas duas ruas depois de sua casa. Quando a garota chega em casa, vê que o carro do seu pai estava lá. Assim que a mesma entra, se depara com ele na poltrona da sala.