Capítulo 145

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Paulo André

~xxx: Olá – olhei para trás e tinha uma criancinha
~PA: Oi – olhem em volta para ver se tinha alguém e nada – está perdida
~xxx: Eu... eu não sei
~PA: Quantos anos você tem?
~xxx: Também não sei – já tô ficando assustado
~PA: Qual o seu nome pequena?
~xxx: Mamãe falou que quando eu nascesse meu nome seria Maya

Maya? Esse é o nome que a Jade daria se fosse uma menina.
Pera, a Jade está grávida? O que está acontecendo lá fora? Quanto tempo estou em coma? Como a Maya veio parar aqui?
Olhei pra Maya e ela é idêntica a Jade quando era criança, pegou tudo dela, olhos, nariz, sardas, orelha, a boca, só pegou a minha cor e o cabelo cacheado.
Maya aparenta estar com 8 anos, ela está usando um vestido branco, uma sapatilha branca e uma correntinha com asas.

~PA: O que está fazendo aqui, Maya?
~Maya: Eu não sei. Onde eu estava, estava tudo escuro e do nada parei aqui
~PA: Tudo escuro aonde?
~Maya: Na barriga da mamãe – o que está acontecendo lá fora? Maya falou que estava escuro na barriga da Jade então porque a Maya está com uma cara de 8 anos?

[🔁]

Nina Tercarolli

Rio de Janeiro - RJ

25 de Outubro de 2024 - Sexta-feira

Saí para resolver um problema na faculdade, deixei a Jade em casa mas avisei que estou com o celular na mão e qualquer coisa é para ela me ligar na hora.
To esperando agora o Gaigher vir me buscar aqui na faculdade, ele ta passando a semana aqui no Rio e ta está saindo agora do hospital, ele foi ver o PA que até agora não acordou.
Estou dando total apoio a minha amiga que está vivendo essa fase difícil: namorado em coma, dores durante a gravidez.
Mas tudo no final dá certo.
Ouvi a buzina do carro anunciando que ele chegou.

~Nina: Como ele está? – pergunto já sabendo a resposta mas com um pouco de esperança de alguma novidade
~Gaigher: Mesma coisa. Não vejo a hora dele acordar, sinto falta do meu amigo, o mundo não é mais o mesmo sem ele
~Nina: Já já ele vai acordar, tenho certeza disso

Gaigher deu a partida e fomos pra casa.
Chegamos em casa, ele estacionou o carro na garagem e entramos em casa.
Fomos adentrando quando o meu mundo parou completamente.

~Nina: JADEEEEEEEE – Jade estava no chão e sangue saia no meio de suas pernas – GAIGHER, SOCORRRO – ele veio correndo e teve a mesma reação que a minha
~Gaigher: Puta que pariu, chama a ambulância
~Nina: Que ambulância, vamos levar ela
~Gaigher: Ta doida, a gente não sabe o que aconteceu, um movimento errado sabe Deus o que pode acontecer – não conseguia me mexer vendo a minha amiga ali – VAAII NINA

Peguei meu celular que estava no bolso e liguei para a ambulância que já está vindo.
O que aconteceu? Meu Deus a Maya.
Ver esse sangramento saindo da sua perna está me matando e cadê a merda da ambulância.
Ouvi a sirene e corri para fora da casa deixando eles entrarem, eles posicionaram ela no chão para fazer uma checagem rápida, falei que ela está grávida e um deles pegou o estetoscópio e colocou na barriga dela.

~Médico: Sem batimentos, vamos pro hospital AGORA. Avisa que estamos com uma grávida e reserve uma sala de cirurgia urgente – NÃO NÃO NÃO NÃO

[🔁]

Paulo André

~Maya: Você é o papai que a mamãe fala que está dodói e que ela sente tanta a falta? – sorri com brilhos nos olhos
~PA: Sou eu sim filha, meu nome é Paulo André
~Maya: Eu sei, mamãe me contou e eu tenho um irmãozinho com seu nome
~PA: Exatamente. E a mamãe, como ela está?
~Maya: Ruim, todo dia ela pede para você acordar mas você não acorda
~PA: Eu quero muito acordar mas não sei como
~Maya: Ela também tá com dodói por minha causa – então realmente a Jade está grávida – me lembrei
~PA: Lembrou do que Maya?
~Maya: Antes de vir pra cá, a mamãe passou mal e eu apareci aqui

Será que? Roupa branca, sapatilha branca, correntinha com asas, Maya aqui, Jade passou mal grávida.
Não, não, minha filha não morreu, ela não pode ter morrido.

~Maya: Porque está chorando papai? – só agora notei que eu estava chorando
~PA: Nada não filha, daqui a mão, vou te mostrar como a mamãe é

[🔁]

Jade Picon

Rio de Janeiro - RJ

25 de Outubro de 2024 - Sexta-feira

Acordei grogue, acho que fui sedada, olhei em volta e estou em um quarto de hospital, olhei e vi a Nina com a cabeça baixa cobrindo os olhos.

~Jade: Oi – ela levantou a cabeça e seus olhos estavam vermelhos
~Nina: Oi meu amor, vou chamar o médico
~Jade: Minha filha, como ela está?
~Nina: Não sei, vamos esperar o médico chegar – ela abriu a porta chamando o médico e na hora um entrou
~Doutor: Oi Jade, como você está?
~Jade: Porque não consigo mexer o pescoço e como está a minha filha?
~Doutor: Você teve uma lesão no pescoço e está imobilizado
~Jade: E a minha filha? – ele suspirou, olhei pra Nina e já estava chorando, não, não pode ser
~Doutor: Os médicos quando chegaram na sua casa não ouviram os batimentos – não, por favor não – quando você chegou fomos direto para a sala de cirurgia para retirar o bebe e fazer seu coração bater novamente... tentamos de tudo, eu sinto muito
~Jade: Fala que é mentira, por favor, eu imploro, por favor
~Doutor: Com toda dor do meu coração, infelizmente ela não resistiu

NÃO, NÃO, NÃO.
Eu tentei me levantar e procurar a minha filha mas o médico me segurou, Nina chorava desesperada.
Implorava para me soltar, ele chamou um enfermeiro e furou meu braço.

Nossos Sonhos - JadréOnde histórias criam vida. Descubra agora