Cap 9 - O beijo

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Boa noite!!

Vim mimar vcs com mais um cap, a história está só começando!

Boa leitura!

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Nem se ela estivesse encostado em um fio desencapado de eletricidade sentiria tamanha descarga elétrica em seu corpo. E com Valentina não era diferente.
No momento em que sentiu os lábios dela junto aos seus, o frio na barriga aumentou ainda mais. O beijo era delicado, cuidadoso, como se as duas tivessem medo de fazer algo brusco demais e afasta-las. Valentina passou a mão para a nuca dela, e como resposta, ela apenas segurou em sua cintura. Não podia acreditar no que aquele beijo a fazia sentir, o frio na barriga agora já era uma geada inteira. Mas para compensar o frio na barriga, o resto do corpo fervia, era tanto calor, que parecia estar dentro de um forno. Quando se deu conta, estava sorrindo entre seus lábios. O beijo foi cessando aos poucos quando por fim elas abriram os olhos se encarando. Os verdes brilhosos fitavam os dela como se não tivessem acreditando naquilo tanto quanto ela.
Luiza corou terrivelmente enquanto Valentina parecia querer esconder um sorriso sem graça.

- Haham. - Igor limpou a garganta – Creio que o tabelião tenha muitos assuntos para tratar ainda hoje. Eu já estou de saída, gostaria que eu lhe acompanhasse até a porta? - ele perguntou em um despacho evidente.

- Sim, você tem razão meu jovem. Foi um prazer senhoras. - disse estendendo a mão para Valentina e posteriormente para Luiza.

Ela com certeza teria caído na gargalhada se não fosse seu rosto queimando de vergonha.

- Bom - Duda disse com um sorriso insinuante – também vou indo. Não quero estragar a noite de vocês.

Abraçou Luiza com força e sussurrou um "boa sorte" em seu ouvido.

- Quer que eu... - Duda interrompeu.

- Não precisa, eu lembro o caminho até a porta. Obrigada. Boa noite. - ela disse lhe dando um abraço meio desengonçado.

O silencio incômodo, fazia o barulho do salto de Duda parecer extremamente alto. A porta finalmente bateu, anunciando que Duda já havia saído, e que agora só restava elas na imensa casa.
Elas trocaram um olhar envergonhado em meio ao silencio e então Luiza foi a primeira a se pronunciar.

- Onde deixo minhas coisas?

- Oh, sim, claro. Onde estão suas malas?

- Lá fora. - ela disse fazendo uma careta.

- Tudo bem, eu te mostro seu quarto, e enquanto toma banho eu pego as suas malas para você se arrumar. - ela disse quase que somente para ela ouvir.

- Me arrumar para que?

- Vamos sair para jantar. Comemorar nosso casamento. - ela disse irônica – E se dermos sorte, encontramos algum fotógrafo para tirar fotos que estampem as revistas de amanhã.

Luiza engoliu seco.

Claro, aparecer em revistas. Quem nunca fez isso? É tão normal e natural!
Ela quase entrou em desespero. Não conseguia acreditar no que sua vida se tornara.

- Venha, me siga. - ela disse começando a caminhar.

" Você tem que manter o foco. Isso é só um acordo profissional. Tudo vai acabar logo e ficará tudo bem. " - ela disse a si mesma enquanto subia as escadas logo atrás de Valentina.

Após uma pequena familiarização com a casa, Luiza enfim entrou no banho. Dispensou a banheira, entrando embaixo do chuveiro, admitindo que tudo naquela casa era extremamente grande e luxuoso.
Cuidando para não molhar as cabelos, ela tomou um bom banho quente e secou seu corpo com a toalha aveludada branca.
Abriu a porta com cuidado, e como Valentina prometera lá estavam suas malas à espera.
Ela não teve o que escolher, afinal a variedade se resumia em um vestido florido de verão, e outro mais longo vermelho.
O tradicional sapato preto de salto, lhe fez parecer bastante apresentável, para uma capa de revista.
Soltou os cabelos, escovando-os com delicadeza e foi em direção a porta.
Já estava no final da escada quando Valentina pareceu sentir sua presença e se virou apressada.

O olhar faminto lhe varreu o corpo, guardando cada curva acentuada na memória, e quando os olhares finalmente se encontraram, ela sorriu travessa.

- Nunca conheci mulher alguma que fosse tão pontual!

- Prazer. - ela disse sorrindo sem jeito.

- Vamos? - Valentina disse apontando para a porta.

Ela assentiu a seguindo.

O esportivo vermelho já estava a espera delas do lado de fora da casa.
Entrando pela primeira vez em um carro tão carro, ela não pode deixar de notar o conforto.
Não ousou olhar para Valentina ou falar com ela durante todo o trajeto.
Por algum motivo ficar perto de Valentina a deixava encabulada.
Talvez fosse pela forma como ela a olhava. Talvez fosse por sua tremenda cara de pau ou talvez ainda por sua doce ironia que lhe atormentava.
A única coisa que ela tinha certeza era que teria que conviver 6 meses com aquela mulher. Gostando ou não.

O carro finalmente parou despertando-a de seus pensamentos, e ela a convidou com a voz um tanto rouca.

- Vamos amor?

Amor ou Negócios? - VaLuOnde histórias criam vida. Descubra agora