4 | Dᴇsᴛɪɴᴏ

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Acordei de repente, olhei para os lados, tentando me achar, e então vi Momo deitada ao meu lado. Ela estava de barriga para cima, com os olhos fechados e os cabelos um pouco bagunçados.

Pisquei algumas vezes ao perceber que eu estava sorrindo ao ver a cena. Balancei a cabeça, para tentar tirar o sorriso do rosto e não ficar encarando ela. Busquei meu celular na mesinha ao lado e vi o horário: 11h13min.

Bocejei me espreguiçando e então me lembrei de ontem. Olhei meu pé e comecei a mexer, percebendo que não doía tanto. Sentei na cama e pisei no chão, tentando ficar em pé e sorrindo ao ver que eu já conseguia andar.

Deveria mesmo ter sido apenas uma torção boba.

Caminhei até o banheiro e fui fazer minha higiene matinal e arrumar meus cabelos. Quando saí, Momo ainda estava dormindo serena.

Fui até a cama e sentei, admirando-a novamente. Momo dormindo era adorável.

— Ei — falei baixo, tentando acordá-la. — Momo!

— Hm — resmungou passando as mãos no rosto.

— Acorda. — Ri um pouco.

Ela me olhou e eu tive a sensação de estar no céu. Seu rosto iluminado, e por algum motivo, eu gostei de vê-la acordando.

— Bom dia — falou, com a voz rouca, típica de quem acabou de acordar.

E eu me arrepiei.

— Bom dia — respondi, sorrindo. — Já são onze horas.

— Nossa, tarde! — Sentou-se rapidamente. — Dormimos muito. — Nós rimos.

— Você dormiu bem? — Ela assentiu com aquele sorrisinho lindo.

— E você?

— Também.

— Como seu pé está? — Sorri pela pergunta.

— Melhor. Já consigo andar normalmente. Obrigada por me ajudar ontem.

Ela levantou para ir ao banheiro, eu indiquei uma escova nova para ela, e então ela se trancou lá. Enquanto isso, eu arrumava a cama. Respondi as mensagens da minha mãe e acabei comemorando quando ela disse que só chegaria terça-feira, eu teria mais um dia de paz.

— Momo, tá com fome? — perguntei quando ela saiu do banheiro.

— Um pouco.

— Vamos descer. Minha mãe deixou comida.

— Eu vou pra casa, Nayeon. — Olhei ela sem esconder minha cara de tristeza ao ouvir aquilo.

Eu não queria que ela fosse. Eu não queria ficar longe dela hoje. Queria passar o dia inteiro com ela, se possível. Momo era uma ótima companhia.

— Por quê?? — perguntei, um pouco baixo. — Me lembro bem de ontem você dizer que passaríamos o dia juntas. — Seus olhos reviraram e ela sorriu divertida.

— Isso quer dizer que você quer que eu fique? — perguntou em um tom provocativo e eu fiz uma careta para ela, que riu.

— É, quero.

— Certo. Então vamos descer.

Nós fomos. E eu me senti bem quando, ao descer as escadas, ela ficou perto, para se caso eu não conseguisse. Ela preocupada era algo fofo.

Na cozinha, eu coloquei o macarrão que minha mãe deixou para esquentar, peguei um suco na geladeira e em alguns minutos estávamos almoçando.

Eclipse - NaMoOnde histórias criam vida. Descubra agora