CAP 8: Hakuryuukou e Feiticeira de Gelo - Parte 1

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A resposta de Satoru havia me deixado em completo choque, ele já havia passado pelo mesmo que eu? Sentiu a mesma sensação e teve os mesmos sonhos?!

- Como assim? - Perguntei a ele confuso - Você teve os mesmos sonhos que eu?!

- É uma longa história... - Ele respondeu olhando novamente para a vista a sua frente com um sorriso - Mas acredito de que tudo se clareou perfeitamente há um mês atrás.

Flashback | Ponto de vista de Kuro Satoru

Eu me lembro de ter meus 15 anos de idade, em uma madrugada escura e fria. A chuva que caia sobre o céu era forte, uma tempestade.

Ao contrário disso, essa tempestade não me incomodava eu dormia tranquilamente até porque, quem não gosta de dormir ouvindo o barulho da chuva? Um barulho de raio caia sobre os céus quando de repente, eu acordei.

Minha boca estava seca, estava com sede. Então, me levantei indo até a cozinha para beber água. Enquanto descia as escadas de minha casa, poderia ver claramente de que aquela não era a minha casa.

Era uma completa mansão luxuosa, comecei a me perguntar quando que eu havia comprado essa mansão, porque não me lembrava de absolutamente nada sobre isso.

Indo até a cozinha e bebendo um copo de água para matar a sede, sentia algo me agarrando ou melhor, alguém. Tive o instinto de me virar e arremessar essa pessoa no chão, mas meu corpo não cumpria minhas ordens.

Ele não se mexia, não pensava e não falava. Era como se meu espírito estivesse ali apenas para assistir e sentir as sensações, eu não comandava o meu corpo em vez disso, ele tinha seu próprio controle.

E eu apenas era o telespectador de tal espetáculo, tive a noção de que estava em um sonho lúcido, mas enganei minha mente para que eu não despertasse.

Minha voz saia normalmente, mas não sentia minha boca abrir para falar.

- Bom dia meu amor, eu esperava que você iria acordar depois do café. - Eu disse colocando o copo sobre a pia e segurando as mãos da mulher que agarrava minha cintura.

- Bom dia... - Ela respondeu com uma voz sonolenta, meu corpo se virou para que eu pudesse a abraçar. Ficamos um tempo ali, abraçados quando finalmente beijei sua testa e ela se soltou de meu abraço.

Não conseguia ver o rosto da mulher a minha frente, seu rosto estava coberto por uma luz, surpreendentemente eu conseguia ver um sorriso em sua feição.

Seus cabelos estavam soltos e eles iam até sua cintura, eles tinham uma coloração loira.

E naquela época, ela era uma completa estranha que eu chamava de "amor".

O que era extremamente estranho e sempre me deixava confuso, pois todas as vezes que acordava daqueles sonhos, eu nunca tinha respostas de quem ela era.

Sempre era somente enigmas e mensagens de motivação para que eu continuasse a seguir meu caminho e sempre ouvisse o meu coração.

- Você quem irá fazer o café da manhã hoje, não é? - Sua voz ecoou com ela se deitando no sofá e ligando a televisão.

- Eu?! - Exclamei - Pelo o que eu saiba, quem iria cuidar do café seria você, não eu.

Com aquela resposta poderia ver ela se levantar se sentando no sofá e me olhando seriamente, ela estava zangada e não acreditava na reposta que havia acabado de dar.

- O que? - Perguntei me segurando para não rir.

- Idiota... Você disse de que iria cuidar tanto do café quanto o almoço, Satoru! - Ela disse irritada jogando a almofada em minha direção, desviei segurando a almofada.

A Reencarnação do Poder: Uma Luta contra a Guerra!Onde histórias criam vida. Descubra agora