CAP 13: Tormentos do Passado

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"Acorde, acorde...!"

"Anda, acorda!"

"Isso não é brincadeira, acorda, vamos!!!"

"Eu preciso que você acorde o mais rápido possível!"

"Vamos, vamos...!!!"

"ACORDA, OTTO!!!"


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Rapidamente meus olhos se abriram, vendo um garoto de pele morena, cabelos loiros e olhos carmesins me chacoalhando, ele estava chorando.

- Otto! - Disse o garoto, rapidamente o reconheci dizendo seu nome.

- Khalil?! O que está acontecendo!? - Perguntei confuso, olhando ao nosso redor, sentia o calor envolver meu corpo.

- A nossa casa, ela está pegando fogo, temos que sair daqui agora! - Ele berrou, foi o que fizemos apenas pegamos o que sobrou dentro da casa e de que era necessário.

Saímos da mesma indo para a rua, vendo-a se desmoronar em chamas. O que tínhamos não era exatamente uma casa, era apenas um barraco mal acabado e abandonado.

Passamos a morar lá após a acharmos, era melhor do que dormir nas calçadas das ruas. Aquilo nos serviu como abrigo das chuvas, frio e também entre outras coisas.

Ver aquilo que nos serviu bem durante algum tempo ir embora, doía. Pois sabíamos que seria ainda mais difícil achar outro lugar igual esse.

Enquanto observava as chamas tomarem conta da única coisa que chamei de "lar", ouvia risadas próximas do local.

Me direcionei vendo um grupo de garotos nobres rindo e tacando entulho na casa para que ela pegasse ainda mais fogo.

Meu sangue rapidamente ferveu e partir pra cima de um dos meninos o dando um murro em seu rosto, ele caiu no chão com o sangue jorrando de seu rosto.

- Que merda é essa?! Quem você pensa que é!? - Perguntou um dos garotos, olhei em sua direção.

- QUE MERDA VOCÊS PENSAM QUE ESTÃO FAZENDO EM!? SERÁ QUE NÃO PERCEBEM DE QUE HAVIA PESSOAS LÁ DENTRO?! VOCÊS PODERIAM TER NOS MATADO, SEUS MERDAS! - Berrei, estava frustrado com toda aquela situação.

Um dos garotos se aproximou de mim me dando um peteleco na testa.

- É mesmo?! E quem disse que isso é problema meu? - Ele perguntou onde seus amigos começaram a rir - Vendo bem as suas roupas... Você é um órfão que mora na rua, não?

- Quer mesmo arranjar encrenca? Somos cinco e você é somente um! - Ele disse, mas rapidamente foi interrompido.

- Dois. - Uma voz soou de minhas costas, Khalil se aproximava. Sabia de que ele já sabia da situação e estava mais nervoso do que eu.

Ele às vezes é meio chorão, mas quando irritado era mil vezes pior que eu. Eu o conheci na rua, houve uma vez que um grupo de nobres resolveram dar comida para as pessoas que viviam nas ruas, ele estava na calçada sentado e tremendo de frio.

A Reencarnação do Poder: Uma Luta contra a Guerra!Onde histórias criam vida. Descubra agora