Capítulo 3.

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Harry

Evito revirar os olhos ao ouvir Rick falar novamente sobre como sua família é rica, sobre como ele vai herdar muito dinheiro e que não se incomodaria de me dar tudo do bom e do melhor.

Quem foi que disse que eu já não tenho isso?

Tenho um noivo incrível, lindo e uma delícia. Temos nossa casa e estamos construindo nosso futuro, em algum momento vamos ter nossos filhos, na nossa casa não falta absolutamente nada, isso já é ter tudo.

Quanto ao dinheiro, é algo que não nos falta. A prova disso é que Louis planejou uma viagem para um resort, ele acha que eu não sei, e finjo não saber porque o coitadinho queria fazer uma surpresa, mas acabei lendo o e-mail que chegou no celular dele com a confirmação da estadia daqui a dois meses, em janeiro do próximo ano.

Também tenho um closet cheio dos mais variados vestidos, duas gavetas cheias de lingeries, uma mais bonita que a outra. Uma gaveta é exclusiva para lingeries da Victoria's Secret, todas presentes de Louis.

Mantenho minha atenção nas anotações que preciso terminar antes de ir para casa, tentando ao máximo não enfiar uma dessas canetas nos olhos do inconveniente Foster.

— Sério, Harry. Podemos viajar para onde você quiser, para gente se conhecer melhor, você não vai se arrepender. Eu garanto. — sua voz irritante continua ao meu redor.

Acho que vou ter que pedir para Louis ter uma "conversinha" com ele, parece que só assim para esses caras me deixarem em paz.

Não é como se eu não conseguisse resolver meus problemas, mas Louis é muito mais eficiente nisso do que eu. Parece que cada "não" dito por mim é um incentivo para eles.

E como se tivesse ouvido meus pensamentos, Louis se põe ao meu lado, beija minha cabeça e se vira para Foster.

— Qual a porra do seu problema? Não tem dinheiro no mundo que faça meu noivo querer você, não quando ele tem a mim, que convenhamos, sou muito melhor do que qualquer outro. — ele diz encarando Rick, e sentando ao meu lado. — Deixe-o em paz.

— Harry gosta da minha presença, estávamos muito bem antes de você chegar. — seu tom de voz se altera e Louis se põe de pé novamente, caminhando até ele.

As coisas não vão ficar boas se continuar assim, Louis se estressa muito fácil quando alguém mexe comigo, em segundos ele pode muito bem arrancar sangue de Rick.

— Não, não gosto. Você é inconveniente e eu já cansei de te dizer que não quero sair com você. Não me importa quanto dinheiro você tenha, você não é e nunca vai ser alguém do meu interesse. — me intrometo, puxando Louis pela mão e o fazendo sentar ao meu lado novamente.

— Você ouviu. — Louis dá de ombros, com um meio sorriso. — Deixe meu garoto em paz, ou vou obrigar você a fazer isso.

Rick levanta a cabeça, empinando o nariz e saindo, tentando fingir que não sentiu uma pitada de medo, e então vai embora.

— Fico imaginando como vai ser um inferno a vida do garoto que se interessar por um dos nossos futuros filhos. — uma risadinha me escapa ao imaginar a cena. — Você é muito bravo.

— Não serei se o moleque for tranquilo. Só sou rude com quem merece. — ele dá de ombros, passando os braços ao meu redor e colocando o rosto no meu pescoço. — E nossos filhos não vão querer namorar.

— Claro que vão, bobinho. — instigo mais ainda. — Às vezes surge uma paixãozinha quando são crianças, na adolescência também, é normal.

— Nossos filhos não vão querer namorar. — repete, com as sobrancelhas franzidas, e preciso esconder meu sorriso.

Contentment || Larry StylinsonOnde histórias criam vida. Descubra agora