Capítulo 6.

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Louis.

Harry está quieto, muito quieto. O que não é bom.

Gemma ligou cerca de duas horas atrás, mesmo relutante ele aceitou conversar com ela. Quando eu atendi, ela soou tão desesperada que parte de mim sentiu dó, mas aceitar saber o que tinha acontecido não cabia a mim, e sim a ele.

Harry passou quase meia hora conversando com ela, dei o espaço que ele precisava e me retirei. Quando ele apareceu na sala, chegou e já foi subindo no meu colo, ali eu já sábia que estava afetado por algo.

Não perguntei, esperei que ele se sentisse confortável para falar, mesmo que estivesse morrendo de curiosidade para saber que merda tinha acontecido.

E então, Harry começou a falar sobre o que Gemma queria.

Anne sofreu um 'acidente' no local de trabalho. Vítima de uma confusão que não tinha nada a ver com ela.

Uma invasão, uma briga e um disparo.

Foi o que houve, de forma bem resumida. Ela foi atingida por uma bala, com o impacto sofreu uma queda que agravou a situação. Anne está em estado de risco no hospital, talvez não sobreviva.

Aparentemente ela perdeu muito sangue, o que está deixando ela em um estado mais crítico, e bom, o lugar onde elas moram não é bem a melhor cidade, com o melhor hospital e os melhores médicos.

Gemma quer transferi-la para outro hospital, em uma cidade vizinha, o problema é que Anne necessita de sangue, e o hospital não possui um banco de sangue útil, e Gemma não é compatível.

Por ironia do destino, Harry é o filho que possui o mesmo tipo sanguíneo que Anne.

Então ela ligou, banhada em desespero, implorando por ajuda, caso contrário, até amanhã a noite, Anne estará morta.

Harry disse que ela não pediu por ajuda financeira para internar a mãe em um bom hospital, apenas perguntou, implorou, para que ele fosse até lá verificar se o sangue é compatível, e se ele estaria disposto a doar.

Ele não me informou se disse sim ou não, apenas se refugiou nos meus braços sem saber o que fazer.

Eu o conheço bem o suficiente para saber qual é a resposta dele.

Estou fazendo um leve carinho nas suas costas, ele está com o rosto escondido no meu pescoço, respirando com calma e quietinho. Beijo sua bochecha repetidamente, nesses momentos ele precisa me sentir, sei que é assim que ele gosta que seja.

Pego meu celular no canto do sofá, digito o número e espero até que André me atenda, é noite, e não é educado ligar para ele essa hora, mas é preciso, ele vai me entender.

— Louis. Que surpresa receber uma ligação sua essa hora, aconteceu algo? — sua voz soa preocupada.

André é um conhecido do meu pai, ambos advogados já se trombaram por aí, se formaram juntos, então a relação dos dois faz com que a gente se dê muito bem fora do ambiente de trabalho.

— Hum, estou bem, na medida do possível. Então, sei que não é uma boa hora, mas é urgente. Queria saber se tem problema me liberar do trabalho da quinta e sexta, que seriam os únicos dias de serviço essa semana.

Harry se mexe um pouco no meu colo, passando a focar no que estou fazendo.

— Aconteceu uma coisa com a família do meu noivo, a gente vai precisar viajar, e realmente é urgente, não posso deixar ele ir sozinho. Não sabemos quando vamos voltar, mas preciso me certificar de que isso não vai me prejudicar no escritório. — explico com calma.

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⏰ Última atualização: Mar 13, 2023 ⏰

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