Meu nome é Nicole, hoje com 27 anos e rê primária na Penitenciária Feminina I Santa Maria Eufrásia Pelletier, em Tremembé, São Paulo.
Agora, querem saber como eu vim parar nesse lugar e por qual motivo?
Para isso, teremos que voltar exatamente a 8 anos atrás. Onde tudo começou..
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Mês de carnaval – 2016, Vitória – Espírito Santo.
Já são quase 3:00 da madruga, e à noite para eu e meu namorado Lucas, está apenas começando.
— Vai gata! Não seja uma estraga prazer. Hoje é meu aniversário. — estica o braço em minha direção, com o cigarro de maconha na mão e já quase que no fim — Humm.. — faz biquinho — Só uma tragadinha vai.
— Desculpa Luc. — balanço a cabeça negativamente — Balada e um pouco de bebida para comemorar com você, até vai. Mas já isso ai, ... não!
Ele sai do lado dos amigos dele, vem até mim e me puxa para seus braços.
— Gata, você tem muita sorte de ser uma muchacha muy caliente y muy sabroso. — olha para meu decote, com um sorriso malicioso nos lábios — Porque senão.. sabe que eu já teria metido o pé em você, não é?
Olho de relance para os amigos dele, atrás dele, e os vejo dar uma risadinha zombeteira. Algo que me deixa muito irritada por dentro.
— Sim, claro que sei amorzinho. — digo num tom sarcástico seguido de um sorriso de canto de boca — Do mesmo jeito que você também sabe que eu poderia estar com qualquer carinha da mesma classe social que eu, indo a lugares ideal para o meu nível e na presença de pessoas de alto calão. — digo num tom frio — Mas ao invés disso, eu estou com você. — relembro - o por qual motivo estamos juntos — E sabe porque? Porque além de muito gato, louco e playboyzinho. Você também é o único que deixa os meus pais de cabelo em pé. — dou um sorriso de canto de boca.
Com isso, eu consigo tirar o seu ar de arrogância e presunçosidade da cara, e cessar os risinhos zombeteiros dos seus amigos.
.." É isso aí! — digo em pensamento — Consegui acertar vários coelhos com uma só cajadada.
Ao toque da música * Girl on Fire – Alícia Keys *, eu danço sensual em seus braços enquanto sorrio vitoriosamente para ele.
— Nossa, Nick! — sussurra em meu ouvido — Sabe que não precisava falar desse jeito comigo na presença dos meus parças, não é?! — indaga num tom brando.
— Sim! Assim como você também não precisava falar daquele jeito comigo. — retruco encarando – o — Como se eu fosse algo descartável.
— Tá bom, foi mal. — me diz com jeitinho — Isso não vai mais se repetir.
Vendo sinceridade em seu olhar, eu sorrio docemente para ele.
— Idem!
Nós, então, nos abraçamos e começamos a nos beijar, enquanto dançamos coladinhos.
Quase 5:00 da manhã..
Depois de uma noite de muita diversão, bebidas e pegação, o Lucas se despede de seus amigos e me arrasta para fora da balada.
— E agora, Luc?! — indago curiosa e já meia avoada por conta das bebidas que misturei — Para onde você vai me levar?
— Agora gata? — me encosta em seu Opala, preto, turbinado e rebaixado — Eu vou te levar para o meu covil secreto, para você me dar aquele presente especial que me prometeu a um ano atrás. — me olha maliciosamente — Lembra?
