Eu sou uma hipócrita? Talvez.
Era essa frase que eu tinha comentado para minha terapeuta, ótimo, uma terapeuta fazendo terapia, tudo isso por causa de um relacionamento que não deu certo.
A sua sorte que eu trabalhava em um time do Rio de Janeiro, então superar ficou mais fácil. Mas quando chegou a libertadores, eu não conseguia evitar ele, principalmente quando ele jogava contra meu time.
Eu queria ele novamente, nós nunca queríamos o término, mas eu tive que terminar, minha família não aceitava como ele vivia, e nosso relacionamento era mais longe do que perto. Mas eu só queria ele, sem me importar com as consequências.
No jogo, meu time saiu ganhador, mas teve gol dele, em momento nenhum ele olhou para mim, aquilo me deu uma vontade de chorar. Será que você pode me perdoar?
Eu comemorei com o meu time, claro, mas quando dirigir de volta para minha casa, ele não estava lá.
Não tinha um Raphael Veiga rindo que meu time ganhou, não tinha ele me consolando por causa do meu trabalho, só existia eu naquela casa.
Mas só por um momento de loucura, pude escutar a voz dele, mais de uma vez.
"Vamos abre a porta, por favor" Era frase que eu ouvi nitidamente.
Eu fiquei confusa então fui olhar a porta, quando destranquei meu sorriso apareceu, junto com lágrimas nos olhos.
"Eu sinto sua falta, não importa quem não quer nosso relacionamento, pedimos a Deus que nos proteja e guie, mas por favor volte comigo" Ele tinha um buquê de flores. Ele estava parecendo que estava com pressa de está aqui.
"Além disso, posso passar a noite aqui? Meu amigo tá com a mulher dele na casa que ele tem aqui, e eu só tenho um lugar desse Rio de Janeiro para estar" Você sorri e da espaço para ele passar.
Ele trocou as flores mortas do seu vaso pelas mesmas flores, só que agora, as flores estavam vivas e brilhantes.
Eu abracei ele, abracei com toda minha vontade, saudades, e amor.
"Não me deixe mais, não importa o que eu diga" Eu digo, segurando o máximo que posso nele.
"Nem nos meus piores pesadelos eu quero te deixar novamente"
