Dois jogadores.

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     Ouvir aquilo foi como uma facada para o chapeleiro, pois eles tinham anos de amizade e Aguni nunca disse que gostava de alguém ou sequer deu indícios que tinha alguma emoção além daquele rosto sério e imparcial sobre qualquer assunto.

      Tentava o provocar e dava certo, sempre sendo da mesma forma, agarrar alguém em sua frente e o chamar para se juntar. As únicas expressões que viu Aguni mostrar foi alívio e pequenos sorrisos de canto, ele nunca se abriu sobre seus sentimentos consigo, mas estava conversando pacificamente sobre eles com uma mulher que acabou de conhecer depois de uma foda aleatória? Que droga é essa? Aguni não o vê mais como amigo? Não confia mais nele?

      Ele os viu aos beijos pela fresta da porta e resolveu voltar um pouco depois para se desculpar com o amigo, mas ouviu tudo aquilo e se sentiu triste pelo amigo se sentir mais confortável com outra pessoa do que com ele.

      Parou de pensar nisso assim que chegou de frente a porta da pessoa que tanto pensou,levou a mão ao trinco, mas notou que só estava encostada e quando abriu a porta e foi entrando e chamando o nome do amigo.

--- Aguni meu queri... --- Sua fala foi morrendo quando ouviu seu nome ser chamado baixinho e rouco por Aguni.

     Aguni estava de costas para a porta e muito concentrado no ato, que nem ao menos ouviu a porta sendo aberta, ele estava se masturbando pensando no chapeleiro, e não era nem por ver o corpo da Maki, mas sim porquê ela antes de sair falou algumas coisas em seu ouvido para o deixar animado como compensação de não terem feito sexo.

--- Sabe Aguni, imagina o Chapeleiro lhe puxando para um beijo profundo de língua enquanto você passa as mãos pelo corpo dele, ele para o beijo e geme manhoso no teu ouviu para agarrá-lo e o foder como nunca fodeu alguém e que te quer mais do que qualquer pessoa.--- Ela dita rente a sua orelha. --- Ele se ajoelhando no meio das suas pernas te chupando e cavalgando em você gemendo teu nome como não tivesse amanhã. --- Finaliza ela dando um beijinho na sua bochecha e saindo.

      Aguni não iria mentir, aquilo o fez fantasiar cada cena que ela falou e ficou excitado na hora. Resolveu se aliviar ainda lembrando das imagens em sua mente. Começou a se masturbar freneticamente fechando os olhos, soltou suspiros e gemidos roucos, só que acabou chamando o nome do chapeleiro entre gemidos quase desesperado para gozar, mas teve seu orgasmo interrompido pela voz do homem que ocupava sua mente e quando abriu o olhos e olhou para cima se deparou com o mesmo o olhando com uma expressão de espanto.

--- Aguni, nunca achei que seria capaz de desejar o próprio amigo. --- Falou dando um sorriso cínico o olhando de cima, mudando a expressão de espanto para maliciosa. --- Tão sério e imparcial, mas tão pervertido e sedento. --- Chapeleiro deu um sorriso presunçoso.

--- O que faz aqui? --- Foi a única coisa que veio a mente de Aguni pelo susto que levou ao ser pego. --- Nem privacidade eu tenho mais agora? --- Fala sério tentando mudar de assunto.

--- Não muda de assunto. --- Fala chapeleiro. --- Eu te pego se masturbando chamando o meu nome e não recebo explicações? ---  Se faz de santo, como se não tivesse gostado da cena.

--- É o meu quarto e eu faço o que eu quiser e com quem eu quiser. --- Diz se levantando. --- E como você está nele. --- Se aproxima do chapeleiro segurando seus ombros e sussurrando em seu ouvido. --- Vou fazer o que eu quiser com você e nem adianta tentar fugir. --- Nisso o homem em sua frente se arrepia, ele solta o Chapeleiro e vai até a porta a fechando e sorrindo malicioso.

--- Por sua curiosidade e sempre estar me provocando, de hoje você não escapa. --- Diz Aguni com um sorriso malicioso andando em direção ao chapeleiro, que dava um passo para trás a todo passo que Aguni dava em sua direção.

    Chapeleiro se viu encurralado a sentir a parede atrás de si, ajeitou os óculos escuros que sempre usava no rosto e deu um sorriso sem graça.

--- Vou te ensinar a não mexer comigo e nunca mais me provocar. --- Aguni falou colocado os braços ao redor da cintura do chapeleiro e antes que ele responde-se alguma coisa juntou seus lábios.

     Aguni pensou que seria empurrado ou até mesmo morto, mas não, o beijo  foi correspondido. Ele puxa o Chapeleiro para si, apertando seus braços ao redor dele, pois em sua mente caso ele solta-se o homem a sua frente fugiria para longe.



Vou postar a cada 5 dias.

Então até :)

Chapeleiro x Aguni - Alice in borderlandOnde histórias criam vida. Descubra agora