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Harry olhava através das portas francesas, que estavam completamente abertas e davam uma vista completa do jardim. Ele estava sentado em uma cadeira, com as mãos graciosamente sobre o colo, enquanto observava a fina geada que cobria o local. Era fim de inverno, a neve estava derretendo aos poucos e, em breve, a primavera chegaria e o jardim estaria novamente cheio de flores coloridas, flores que Harry adorava.

O ômega suspirou, tornando-se melancólico de repente. A primavera era a época em que os alfas tomavam um parceiro, mas isso não aconteceria com ele, porque Harry era Harry, não Aster, seu irmão gêmeo. Severus, o pai deles, sempre deixou muito claro que o ômega nunca seria tão bonito quanto Aster, não seria um bom ômega; porque mesmo que os dois tivessem a mesma criação, Severus sempre diria que Aster era melhor. Harry nunca teve contato com muitas pessoas que não fossem os empregados da casa ou seus escassos colegas da escola, que nunca foram realmente próximos dele, então ele não teve muitas opções a não ser acreditar nas palavras do pai.

Por causa disso, Harry tinha a certeza de que não seria escolhido como parceiro de algum alfa. Não, pelo menos, até que seu pai resolvesse usá-lo para fazer algum acordo com uma família, como Severus sempre deixou claro que faria, quando chegasse a hora certa.

Harry sentia seu ômega interior inquieto, e essa era uma desvantagem de ser um ômega puro, Harry era muito ligado a ele e tinha instintos — como aquele — mais aflorados. Naquela tarde, parecia que seu ômega interno estava muito mais agitado, como se dissesse a ele que algo aconteceria, Potter não queria ouvi-lo, ele não queria se animar para nada. Uma empregada beta se aproximou dele, trazendo uma caneca com chocolate quente, que o ômega pedira, minutos antes. Ele segurou a caneca e sorveu um pouco do líquido, ronronando quando sentiu o líquido quente descer por sua garganta.

Estava frio, Harry estava com uma coberta sobre as pernas e usava um casaco grande e quentinho, mesmo assim, ele estava com frio e o chocolate quente ajudou seu corpo a ficar mais aquecido. Potter se pegou pensando em como seria ter seu corpo aquecido por um alfa que gostasse de si, mas rapidamente espantou aqueles pensamentos, porque isso jamais aconteceria, não com ele.

Quando a temperatura veio a baixar, Harry terminou rapidamente sua bebida, antes de se levantar da cadeira e fechar as portas francesas, mantendo o vento frio do lado de fora. Ele deixou a coberta sobre o braço do sofá, colocando a cadeira de volta em seu lugar. Aquele era um dos raros dias em que ele estava sozinho, Aster tinha saído com seu pai para alguma reunião, para conhecer alguns alfas. Harry envergonhava muito sua família para ser levado a qualquer evento, de acordo com Severus.

O ômega levou a caneca de volta para a cozinha, agradecendo à cozinheira da mansão pelo chocolate quente e deixando claro sua adoração pela bebida. Ele deixou um beijo rápido na bochecha de Irma, a cozinheira, e saiu do cômodo.

Quando estava na escada, um perfume inebriante chegou às suas narinas. Harry fechou os olhos, inspirando fundo o perfume de maresia, que o lembrava de um dia ensolarado e praia. Harry adorava praia, embora tenha ido poucas vezes. O ômega abriu os olhos, procurando a fonte daquele cheiro. Seus instintos gritavam por um alfa, o cheiro tão masculino e dominante; ele queria muito se submeter ao dono daquele perfume. Ele se dirigiu até o hall de entrada, seus olhos se arregalando quando viu o homem que estava ali.

Kitten | DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora