Le Parole Lontane

"Eu quero você e vou beijar você!"

Faltavam três dias para a ida ao Brasil e Bella estava em ponto de explodir de animação. Ela e Severus já estavam organizando suas malas, conversando sobre os passeios que fariam, imaginando o quanto se divertiriam no país da garota. Marlene McKinnon também estava animada e falava com Sirius (que era seu melhor amigo), quanto estava louca para sair daquele inverno e se deparar com o calor do verão brasileiro. Como aquele era um sábado, Régulo não estava junto, quando as garotas e Severus se sentaram juntos para falar sobre os últimos detalhes da viajem. Coisas como a forma que iriam para o Brasil, ou quem iria os pegar no aeroporto, quais parentes das garotas estariam na casa da Bella, coisas do tipo.

Depois de terem tratado corretamente de cada mínimo detalhe, só faltando verificar as malas e esperar o dia da viajem chegar, Bella foi atrás de seu namorado, para dizer a ele os detalhes finais da viajem. Ela estava um pouco nervosa quanto a ida dele. Régulo cresceu em uma família puro sangue, que dava muito valor a isso e a sua família, mesmo sendo puro sangue, ainda sim gostava de muitas coisas trouxas, principalmente músicas trouxas. Temia uma grande confusão envolvendo isso, mas talvez ele gostasse das músicas. Daria tudo certo, era nisso que ela pensava. Quando foi ao quarto dele e não o viu, perguntou a Bartô onde ele estava e o rapaz afirmou que Régulo ainda não havia voltado da Corvinal. Bella então seguiu caminho para lá.

- Mas que porra de trabalho grande é esse, que ele até hoje tá fazendo?

No caminho para a Corvinal, Bella passou por James Potter, que sorriu para ela, mas foi ignorado. Não muito depois, Remus Lupin também foi visto.

- Hey Salles!

- Olá Lupin! Viu o Regulo?

- Eu ia te perguntar a mesma coisa, Sirius tá procurando ele.

- Preciso falar com o meu irmão. Mas pelo visto você também não sabe onde o Reg se meteu.

- Bartô Crouch Jr disse que ele tá ainda na Corvinal.

- O que o meu irmão faz na Corvinal?

- Um trabalho em dupla! Agora vem comigo. Se quer falar com ele, eu tolero você.

Assim ela seguiu andando e Sirius vindo logo atrás.

- Por que só em assuntos relacionados ao Reg você me tolera?

- Porque eu compreendo você fugir de casa. E se eu tivesse um irmão mais novo que ficou, eu me preocuparia com ele.

- Que bom que entende.

- Eu posso não te suportar, mas jamais vou te afastar do seu irmão. Eu gosto dele, quero o bem dele e pretendo me casar com ele um dia. Então o que eu puder fazer pra ajudar vocês dois a reatarem a amizade de vocês, serem irmãos de verdade, eu farei.

- Obrigada, rainha. - Sirius falou sincero, dando um sorriso gentil a ela que sorriu de volta para ele. Aquele sorriso, direcionado a ele, tão puro e sincero, fez as mãos de Sirius suarem, o coração se acelerar e as malditas borboletas, voarem em seu estômago.

Os dois seguiram, em silêncio. Sirius andava três passos atrás dela, observando como o casaco branco com pintas pretas lembrava um dálmata, como a boina vermelha se destacava, assim como as botas vermelhas.

- Você é muito estilosa!

- Quê?

- Te acho estilosa. Suas roupas, são bonitas.

A garota olhou para trás, enquanto andava, sorrindo para Sirius mais uma vez. Seus olhos castanhos brilhavam.

- Obrigada Black!

- De nada, rainha.

Eles já estavam perto da entrada da comunal corvina, Bella internamente torcendo para que alguém de lá aparecesse, apenas para chamar Régulo, se não, ela teria de responder o enigma para entrar, ou esperar. Sirius ainda observava as roupas da garota, quando os dois ouviram um pequeno estalo, como o de um tapa. Ambos sorriram, já que sons de beijos também eram ouvidos, pensando que havia alguém se agarrando com um corvino ali. Mas o sorriso de Bella desapareceu, quando a coluna que cobria o casal aos beijos, deixou de os esconder e ela pode ver uma garota corvina, de cabelos lisos e pretos, aos beijos com Regulo. Ela parou de andar e Sirius parou um pouco mais atrás, onde seu irmão não conseguiria o ver, a menos que andasse um pouco para perto de Bella. A garota cruzou os braços, esperando o beijo acabar.