Sempre tive a curiosidade de conhecer todos os lugares do mundo e graças ao meu trabalho conheço a maioria deles. Hoje estou em uma das cidades chinesas que já foi colônia portuguesa, Macau é linda em todas as suas nuances desde o Centro Histórico ao Largo do Senado, cassinos que faturam muito mais do que os de Las Vegas, mas o que eu mais amei foi o Parque Seac Pai Van que é conhecido pelos seus pandas gigantes.
Fiquei sentada olhando eles por uns 40 minutos, rindo de todas as suas travessuras e vendo os pais com seus filhos passarem por ali admirados com aquele animal. Me pergunto se um dia eu terei novamente a chance de está no lugar daquelas pessoas passeando com um filho meu.
Saio do meu devaneio quando sinto meu celular vibrar e abro um sorriso só por ver o nome que está na tela.
- Se eu não te ligar pra saber se está viva você não me liga né? - minha amiga exclamou do outro lado da linha.
- Pare de drama que nos falamos ontem. - falei rindo.
- Já deu 24h Valentina, quando vai entender que quero notícias suas de 12 em 12 horas.
- Ok, você está certa. Estou viva e amanhã já volto pra casa.
- Aleluia né? Já estava na hora, preciso de você aqui pra o meu aniversário.
- Estarei aí. - falei suspirando e prestando atenção no panda que estava subindo em uma das árvores.
- Cunha você precisa se divertir e sair dessa rotina de só trabalho.
- Eu sei Duda, mas você sabe que nessa época eu sempre fico mais reclusa. - falei já sentindo meus olhos marejarem.
- Já se passaram 5 anos Valentina e eu tenho certeza que ela não queria ver você assim.
- Eu sei, mas ainda dói. - falei já com a voz embargada.
- Dói em mim ver minha cunhada se despedaçando aos poucos, você sabe que estarei aqui sempre pra te reeguer, mas a mudança precisa começar por você.
- Eu te amo Duda. - falei sorrindo em meio a voz embargada.
- Eu também te amo cunha e vem logo com meus budas viu, preciso desligar que seu irmão está me enchendo o saco. Beijos. - ela disse se despedindo e desligando a ligação logo em seguida.
. . .
Depois de um voo extremamente longo aterrissei no Rio de Janeiro, cheguei em casa e nem fiz questão de desfazer as malas, tomei meu banho e me joguei direto na cama, estava exausta e com meu corpo todo dolorido de ter dormido de mal jeito no avião.
Acordei e fui direto pro banheiro fazer minhas higienes matinais e tomei um belo de um banho frio pra acordar totalmente. Fui pra cozinha de roupão mesmo e comecei a preparar meu café da manhã, não demorou muito pra meu celular começar a tocar.
- Diz que você não esqueceu dos budas da Duda. - meu irmão perguntou do outro lado da linha.
- Bom dia pra você também. - respondi ouvindo a risada dele.
- Valentina já são 14h da tarde e você aí dando bom dia. - ele disse rindo.
- Puta que pariu, preciso me arrumar se não sua mulher me mata. - falei olhando pro relógio da parede e correndo pro quarto.
- Estamos te esperando. - Igor disse desligando logo em seguida a ligação.
Estacionei o carro na garagem deles e desci com os presentes na mão, ouvir a zoada de música alta e de pessoas conversando, a cada passo que eu dava por dentro da casa o som só aumentava, até que cheguei no quintal e lá estava Duda sendo abraçada por seus amigos, assim que ela me viu veio correndo em minha direção.
- Meu budaaaaas! - ela exclamou tomando os embrulhos da minha mão.
- Eu não mereço nem um abraço pro ter trazido esses trecos comigo? - perguntei com as mãos na cintura.
- Trecos não, respeite eles. Mas vem cá sua gostosa. - ela respondeu me puxando pela cintura e me dando aquela abraço apertado.
- Que saudade eu estava desse abraço. - falei fechando os olhos enquanto a gente continuava abraçada.
- Eu também, certeza que se eu não tivesse casada com seu irmão, você seria minha outra opção. - ela disse apertando minha bunda.
- Sua pervertida. - falei dando um tapa no seu ombro.
- Vem que vou te apresentar uma amiga que voltou de viagem. - Duda disse suspendendo as sombrancelhas.
- Ai Eduarda o que eu faço com você hein. - falei já sendo arrastada por ela.
Passamos por todas as pessoas que estavam ali, cumprimentei algumas que eu conhecia e assim que chegamos na última mesa vi uma mulher sentada comendo uma coxinha como se fosse a última coisa que fosse comer na vida.
- Luiza, essa é a minha cunhada de quem eu tanto te falei. - Duda disse e a mulher levantou o rosto com o sorriso mais lindo que eu já vi na minha vida.
- Então essa é a famosa Valentina. - ela disse me cumprimentando.
- Eu mesma, mas não tão famosa. - falei arrancando risos dela.
- Ela é famosa sim, porém é modesta. - Duda disse me dando um tampinha no ombro. - Vou deixar vocês conversando enquanto eu vou guardar meus budas.
Me sentei na mesa que Luiza estava sentada peguei um brigadeiro que estava no prato.
- Então Luiza, o que você faz da vida? - perguntei.
- Sou professora de dança. - ela respondeu sorrindo.
- Nossa que legal, eu nunca aprendi a dançar. Minha mãe me colocou no balé quando eu era pequena, mas nunca foi o meu forte. - falei rindo lembrando de uma queda que levei dançando quando era adolescente.
- Nunca é tarde pra aprender, depois pede a Duda o endereço do meu estúdio e passa lá um dia pra assistir uma aula.
- Vou pedir sim. - falei sorrindo.
- A Duda me disse que você é fotógrafa. - ela disse me olhando nos olhos.
Eu não sei porque mas eu não parava de achar lindo o seu sorriso e as vezes quando ela colocava uma mecha do seu cabelo atrás da orelha, Luiza era uma das mulheres mais lindas que eu já conheci, se não a mais linda.
- Valentina? - ela estralou os dedos no meu rosto.
- Desculpa, sim eu sou fotógrafa. - respondi sorrindo.
- Será que você topa um trabalho lá no estúdio? - ela perguntou.
- Mas é lógico, é só me dizer a data e o horário que estarei lá. - respondi tomando um gole de água que um dos garçons me ofereceu.
- Quanto você cobra por 3 horas de trabalho? - ela perguntou.
- Vamos fazer assim, eu faço as fotos totalmente de graça e você me dá uma aula de graça também.
- Fechado. - ela estendeu a mão apertando a minha.
Ficamos conversando ali sobre nossos trabalhos até que olhei ao redor e vi Duda com o Igor de longe com o polegar pra cima sorrindo pra mim, neguei com a cabeça e voltei a conversar com a Luiza.
VOLTEI GALERINHA!
Resolvi fazer uma história Valu porque eu simplesmente amo as personagens, lembrando a vocês que estamos aqui tratando de personages ficticías de uma série.
Aviso aos navegantes, essa história vai ser muito leve e sem muito drama, se estiverem esperando ciúmes possessivos ou transformar uma personagem em uma doida varrida e outra em a inocente da história, vieram ao lugar errado.
Por hoje é só, espero que vocês continuem comigo e aos novos leitores sejam bem vindos!

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Destino - Valu
FanfictionNa filosofia o destino é entendido como uma sucessão inevitável de acontecimentos que estejam relacionados a uma ordem cósmica. Para Valentina o destino tinha arrancado da forma mais bruta uma das coisas mais preciosas que ela já teve e hoje ela vi...