Capítulo 1

3.4K 176 33
                                    

Sempre tive a curiosidade de conhecer todos os lugares do mundo e graças ao meu trabalho conheço a maioria deles. Hoje estou em uma das cidades chinesas que já foi colônia portuguesa, Macau é linda em todas as suas nuances desde o Centro Histórico ao Largo do Senado, cassinos que faturam muito mais do que os de Las Vegas, mas o que eu mais amei foi o Parque Seac Pai Van que é conhecido pelos seus pandas gigantes.

Fiquei sentada olhando eles por uns 40 minutos, rindo de todas as suas travessuras e vendo os pais com seus filhos passarem por ali admirados com aquele animal. Me pergunto se um dia eu terei novamente a chance de está no lugar daquelas pessoas passeando com um filho meu. 

Saio do meu devaneio quando sinto meu celular vibrar e abro um sorriso só por ver o nome que está na tela.

- Se eu não te ligar pra saber se está viva você não me liga né? - minha amiga exclamou do outro lado da linha.

- Pare de drama que nos falamos ontem. - falei rindo.

- Já deu 24h Valentina, quando vai entender que quero notícias suas de 12 em 12 horas. 

- Ok, você está certa. Estou viva e amanhã já volto pra casa. 

- Aleluia né? Já estava na hora, preciso de você aqui pra o meu aniversário. 

- Estarei aí. - falei suspirando e prestando atenção no panda que estava subindo em uma das árvores.

- Cunha você precisa se divertir e sair dessa rotina de só trabalho. 

- Eu sei Duda, mas você sabe que nessa época eu sempre fico mais reclusa. - falei já sentindo meus olhos marejarem.

- Já se passaram 5 anos Valentina e eu tenho certeza que ela não queria ver você assim. 

- Eu sei, mas ainda dói. - falei já com a voz embargada.

- Dói em mim ver minha cunhada se despedaçando aos poucos, você sabe que estarei aqui sempre pra te reeguer, mas a mudança precisa começar por você. 

- Eu te amo Duda. - falei sorrindo em meio a voz embargada.

- Eu também te amo cunha e vem logo com meus budas viu, preciso desligar que seu irmão está me enchendo o saco. Beijos. - ela disse se despedindo e desligando a ligação logo em seguida.

. . .

Depois de um voo extremamente longo aterrissei no Rio de Janeiro, cheguei em casa e nem fiz questão de desfazer as malas, tomei meu banho e me joguei direto na cama, estava exausta e com meu corpo todo dolorido de ter dormido de mal jeito no avião.

Acordei e fui direto pro banheiro fazer minhas higienes matinais e tomei um belo de um banho frio pra acordar totalmente. Fui pra cozinha de roupão mesmo e comecei a preparar meu café da manhã, não demorou muito pra meu celular começar a tocar.

- Diz que você não esqueceu dos budas da Duda. - meu irmão perguntou do outro lado da linha.

- Bom dia pra você também. - respondi ouvindo a risada dele.

- Valentina já são 14h da tarde e você aí dando bom dia. - ele disse rindo.

- Puta que pariu, preciso me arrumar se não sua mulher me mata. - falei olhando pro relógio da parede e correndo pro quarto.

- Estamos te esperando. - Igor disse desligando logo em seguida a ligação.

Estacionei o carro na garagem deles e desci com os presentes na mão, ouvir a zoada de música alta e de pessoas conversando, a cada passo que eu dava por dentro da casa o som só aumentava, até que cheguei no quintal e lá estava Duda sendo abraçada por seus amigos, assim que ela me viu veio correndo em minha direção.

- Meu budaaaaas! - ela exclamou tomando os embrulhos da minha mão.

- Eu não mereço nem um abraço pro ter trazido esses trecos comigo? - perguntei com as mãos na cintura.

- Trecos não, respeite eles. Mas vem cá sua gostosa. - ela respondeu me puxando pela cintura e me dando aquela abraço apertado.

- Que saudade eu estava desse abraço. - falei fechando os olhos enquanto a gente continuava abraçada.

- Eu também, certeza que se eu não tivesse casada com seu irmão, você seria minha outra opção. - ela disse apertando minha bunda.

- Sua pervertida. - falei dando um tapa no seu ombro.

- Vem que vou te apresentar uma amiga que voltou de viagem. - Duda disse suspendendo as sombrancelhas.

- Ai Eduarda o que eu faço com você hein. - falei já sendo arrastada por ela.

Passamos por todas as pessoas que estavam ali, cumprimentei algumas que eu conhecia e assim que chegamos na última mesa vi uma mulher sentada comendo uma coxinha como se fosse a última coisa que fosse comer na vida.

- Luiza, essa é a minha cunhada de quem eu tanto te falei. - Duda disse e a mulher levantou o rosto com o sorriso mais lindo que eu já vi na minha vida.

- Então essa é a famosa Valentina. - ela disse me cumprimentando.

- Eu mesma, mas não tão famosa. - falei arrancando risos dela.

- Ela é famosa sim, porém é modesta. - Duda disse me dando um tampinha no ombro. - Vou deixar vocês conversando enquanto eu vou guardar meus budas.

Me sentei na mesa que Luiza estava sentada peguei um brigadeiro que estava no prato.

- Então Luiza, o que você faz da vida? - perguntei.

- Sou professora de dança. - ela respondeu sorrindo.

- Nossa que legal, eu nunca aprendi a dançar. Minha mãe me colocou no balé quando eu era pequena, mas nunca foi o meu forte. - falei rindo lembrando de uma queda que levei dançando quando era adolescente.

- Nunca é tarde pra aprender, depois pede a Duda o endereço do meu estúdio e passa lá um dia pra assistir uma aula. 

- Vou pedir sim. - falei sorrindo.

- A Duda me disse que você é fotógrafa. - ela disse me olhando nos olhos.

Eu não sei porque mas eu não parava de achar lindo o seu sorriso e as vezes quando ela colocava uma mecha do seu cabelo atrás da orelha, Luiza era uma das mulheres mais lindas que eu já conheci, se não a mais linda.

- Valentina? - ela estralou os dedos no meu rosto.

- Desculpa, sim eu sou fotógrafa. - respondi sorrindo.

- Será que você topa um trabalho lá no estúdio? - ela perguntou.

- Mas é lógico, é só me dizer a data e o horário que estarei lá. - respondi tomando um gole de água que um dos garçons me ofereceu.

- Quanto você cobra por 3 horas de trabalho? - ela perguntou.

- Vamos fazer assim, eu faço as fotos totalmente de graça e você me dá uma aula de graça também.

- Fechado. - ela estendeu a mão apertando a minha.

Ficamos conversando ali sobre nossos trabalhos até que olhei ao redor e vi Duda com o Igor de longe com o polegar pra cima sorrindo pra mim, neguei com a cabeça e voltei a conversar com a Luiza.




VOLTEI GALERINHA!

Resolvi fazer uma história Valu porque eu simplesmente amo as personagens, lembrando a vocês que estamos aqui tratando de personages ficticías de uma série. 

Aviso aos navegantes, essa história vai ser muito leve e sem muito drama, se estiverem esperando ciúmes possessivos ou transformar uma personagem em uma doida varrida e outra em a inocente da história, vieram ao lugar errado. 

Por hoje é só, espero que vocês continuem comigo e aos novos leitores sejam bem vindos!




Destino - ValuOnde histórias criam vida. Descubra agora