Capítulo 12

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O tempo estava ao nosso favor e eu já avistava de longe a casa, tinha pedido pra uma antiga governanta de minha mãe que morava em Angra pra dá uma ajeitava na mesma, afinal já tinha muito tempo que eu não vinha aqui. Luiza continuava no meu colo pois ela disse que se a lancha virasse pelo menos iríamos cair juntas, me fez gargalhar por uma boa parte do caminho.

- Nossa! Que casa linda. - ela disse assim que comecei a atracar a lancha.

- Obrigada. - respondi.

- Sempre foi sua? - ela perguntou curiosa.

- Na verdade é herança da minha vó que deixou essa pra mim e outra pro Igor lá em Paraty. - respondi descendo pra pegar nossas coisas.

Sair pra colocar as bolsas no píer e ajudei Luiza a sair da lancha, ela colocou a mochila nas costas enquanto eu puxava a pequena mala que eu tinha feito. Quando cheguei na varanda da casa peguei a chave reserva que ficava em um vaso de planta.

- Vamos guardar as coisas e depois te mostro tudo. - falei já subindo as escadas pro primeiro andar.

- Você aluga ela? Parece que alguém estava aqui de tão limpa que está, estou até sentindo um cheirinho de limão. - Luiza perguntou.

- Já aluguei, mas hoje em dia prefiro não alugar. E sobre está limpa, a Fabi que era governanta da minha mãe sempre está por aqui conferindo as coisas, pedi pra ela limpar a casa pois estávamos vindo. - respondi abrindo a porta do nosso quarto.

- Nossa eu quero morar aqui. - ela disse se jogando na cama toda despojada.

- Te cobro um aluguel bem baratinho. - falei ficando por cima dela.

- Nossa Valentina, achei que pra mim seria de graça. - ela disse fazendo um bico.

- Você pode me pagar de outras formas. - falei dando uma mordida no maxilar dela.

- Você é uma safada. - ela disse sorrindo e me dando um tapa.

- Vem cá vem. - puxei ela pela nuca e iniciei um beijo.

Ficamos ali entretidas em nossas carícias até que decidimos ir tomar um banho juntas e acabamos demorando mais do que o esperado. Deixei Luiza se arrumando e desci pra preparar algo para a gente comer, abrir os armários pra ver o que tinha e resolver o que eu iria fazer, sorrir com o papel preso na geladeira com um recado da Fabi.

"Deixei tudo do jeito que você gosta menina e na geladeira tem aquele doce de morango que você ama. Beijos da sua Fabizinha."

- Como eu amo essa mulher. - falei sorrindo e abrindo a geladeira dando de cara com o doce.

- Espero que essa mulher seja eu. - tomei um susto com a voz de Luiza.

- Puta merda! - exclamei com a mão no peito. 

- Se assustou por que? - ela perguntou.

- Você ama chegar de fininho né? - perguntei tirando alguns legumes da geladeira.

- Que mulher é essa que você tava dizendo que amava? - ela perguntou sentando na bancada.

- A Fabi, olha que fofa. - respondi entregando o recado que a mesma deixou.

- Muito fofa mesmo menina Valentina. - ela disse me fazendo rir.

Terminei de fazer o que a gente ia comer e ficamos conversando sobre uma história engraçada que tinha acontecido com um dos seus alunos. Assim que terminamos de comer decidimos ficar na varanda deitadas pois tínhamos resolvido só sair no dia seguinte.

- Queria ficar assim pra sempre. - ela disse me apertando.

- Assim como querida? - perguntei dando um beijo em sua cabeça.

- Assim agarradinha com você. - Luiza respondeu me dando um selinho.

- Isso eu posso fazer acontecer. - falei puxando ela mais pra cima de mim e iniciando um beijo.

Destino - ValuOnde histórias criam vida. Descubra agora