XI

65 10 3
                                    

Quando acabamos de estudar, juntei meus materiais e desci até o primeiro andar acompanhado de Naruto.

-Oh, Sasuke, fique aqui, coma conosco. -Kushina diz me abraçando.

-Não, tia Kushina, obrigado, mas eu já comi.

Naruto segura uma risada e falha um pouco fazendo Minato olhar para ele.

-Eu quero dizer que eu comi na escola.

-Jante conosco, Sasuke! Eu ligo para a sua mãe e aviso que você demorou porque jantou aqui.

-Tudo bem... eu como com vocês, mas não precisa ligar para a minha mãe, eu converso com ela depois.

Kushina me leva até a mesa, que já estava arrumada, para jantar e todos nos sentamos e começamos a comer.

Sinto Naruto apertar minha coxa e não consigo conter meu rosto corado. Minato olha para nós dois e encara.

-Está tudo bem, Sasuke? Está tão vermelho.

-E-Eu estou com calor...

-Humm

Acabamos o jantar e vou até a porta acompanhado de Naruto, ele fecha a porta atrás dele e me abraça.

-Até amanhã, fofo. -ele diz.

-Até amanhã.

Volto para casa e a primeira coisa que encontro são meus pais brigando, depois vejo Itachi na sala mexendo no celular. Subo até meu quarto e troco minha roupa, aliás, eu já tomei banho. Desço para o primeiro andar novamente e sento no sofá ao lado de Itachi.

-Como foi com o Naruto, maninho?

-Para de perguntar como se eu tivesse feito algo. Foi normal, estudamos bastante.

-Hum, entendi. -ele me olha como se estivesse procurando respostas.

-Ok, nós transamos de novo e tomamos banho juntos.

-Isso vai dar namoro. Vocês transam quase todos os dias, ficam se pegando pelos cantos, tomam banhozinho.

-Eu já falei que ele transa por transar, não é especial para ele.

-Você falou de uma forma que da a entender de que é especial para você.

-Talvez seja... Talvez eu goste dele.

-Se é especial para você, deveria falar para ele, Sasuke.

-Contar pra ele por quê? Ele não gosta de mim, só vou levar um fora.

-Mas e se ele gosta de você?

-Impossível, Itachi, impossível... Eu vou tomar uma água, ok?

Vou até a cozinha e tento ignorar meus pais o máximo que eu pude, o máximo possível.

-Você tem que deixar ele em paz, Fugaku!

-Ele é só um viadinho que sai todos os dias para ver o namoradinho viadinho dele!

-Deixa ele em paz, ele já é grandinho, sabe o que faz da vida!

Estavam falando de Itachi, claro, novidade. Peguei uma garrafa de água e passei por eles, peguei na mão de Itachi e o levei para o meu quarto. Cheguei lá e coloquei a garrafa em uma mesinha e abracei Itachi. Ele começou a chorar.

-Está tudo bem, Tachi... Tudo bem, pode chorar, está tudo bem. Eu estou aqui com você.

Me senti mal, ele tem que ouvir essas merdas que meus pais falam todos os dias... Todos os dias. Eu me sinto tão mal em ouvir o Itachi chorar por causa deles. Minha mãe não é tanto, ela protege ele, mas ele odeia brigas desnecessárias.

Quando parei de ouvir o choro, ajudei ele a se sentar na minha cama, fiz ele deitar com a cabeça no meu colo e fiz carinho nele.

-Se sente melhor, Tachi?

-Sim. -soluça. -Muito melhor, obrigado.

Uns minutos de carinho depois, ele dorme e eu encosto minhas costas na parede até dormir também.

Meu loirinho - NaruSasuOnde histórias criam vida. Descubra agora