Capítulo 3

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RAFAEL BORGES

Deixei Marcela em casa e fui para o meu apartamento.

Fiquei pensando o quanto deve ser ruim trabalhar como garota de progama.

Ela é tão linda, mas pelo que ela falou a Julio, sua mãe precisa do dinheiro para o tratamento de uma doença.

Quando penso em um homem tocando nela, me sobe uma raiva, que não sei de onde vem.

Chego em casa e vou tomar um banho, estou muito cansado. Saio do banheiro, com uma toalha em minha cintura e visto uma cueca boxer e me deito. Fico revirando na cama e só consigo dormir depois de uns vinte minutos.

Acordo às nove em ponto da manhã. Posso dormir tarde, mas não consigo dormir muito.

Preparo um café reforçado para mim, tomo um banho rápido, visto uma calça de moletom e uma camiseta preta.

Ligo para a empresa e digo que não vou hoje. Apesar de ser sábado, eu trabalho.

Saio de casa, pego minhas coisas e vou para meu carro e vou dirigindo sem rumo. Passo por uma floricultura e vejo lindas rosas vermelhas. Paro o carro e as compro.

Vou leva-las para Marcela.

Apesar de nos odiarmos, eu ainda a atropelei.

Chego na frente de sua casa e desço.

Paro em frente a porta e aperto a campainha e coloco meu buquê em frente ao rosto.

Depois de algums minutos a porta é aberta e pela fresta das rosas vejo que foi Marcela que a abriu.

- Olá Marcela. - E tiro o buquê de frente do meu rosto.

- Rafael? - Ela parece confusa ao me ver parado em sua porta.

- Sim. Posso entrar? - Ela se afasta da porta, eu entro e observo a casa.

É uma sala pequena, com um sofá coberto por uma colcha de retalhos, a esquerda uma porta, que acho que é a cozinha, a frente três portas, todas fechadas.

- Rafael, porque está aqui?

- Eu vi estas flores, e me lembrei de você. Também queria saber se estava bem.

- Ah, tudo bem. Quer beber algo? - Ela pega as rosas e as colocas sobre uma mesa, no canto da sala.

Eu nego com a cabeça.

- Como está seu tornozelo?

- Está doendo um pouco. Como estou sozinha em casa e acabei de acordar, não tive tempo de fazer nada. - Ela fala, baixinho.

Eu a acordei, só agora reparei. Ela continua com a mesma roupa de ontem.

- Você mora sozinha?

- Não, minha mãe está viajando, só volta daqui a no minimo uma semana.

- E você? Vai ficar sozinha este tempo todo?

- Rafael, acho que você está querendo saber demais.

- Pelo seu tom de voz, sim. Arrume suas malas, você vai ficar está semana na minha casa. - Mas que merda, que idéia é essa? Não tinha planejado isso. Mas deixar ela sozinha no suburbio? Nem morto.

Ela solta uma gargalhada.

- Eu morar com você? Uma semana? Nem morta.

- Pelo amor de Deus, eu não vou deixar você sozinha. Nem a porra da bota você colocou. Se continuar assim, vai ter que ficar um mês em casa.

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⏰ Última atualização: Apr 24, 2016 ⏰

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