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Surpresa? - Kio

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❝Deveria ser bem melhor❞
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Como é possível deixar uma pessoa surpresa?

Kio não sabia como fazer isso. Em meio inúmeros supostos tutoriais na internet de como fazer isso, ele não sabia. Nunca havia feito, então pode-se dizer que não há nada sobre isso. Pois, afinal de contas, sua namorada é realmente muito rápida para entender as coisas. Isso faz o garoto se lembrar de quando ele estava prestes a se declarar e ela já havia entendido tudo.

O rapaz naquele tempo estava nervoso atoa. Havia entendido tudo, mas estava esperando ele falar tudo aquilo com as palavras saindo da boca dele, pois na opinião dela, ele estava mais fofo do que deveria se confessando.

Kio relembrou disso, enquanto tentava fazer uma carta de amor para ela, mas parecia não dar certo... Afinal, por que diabos ele estava fazendo uma surpresa? Para comemorar os cem dias juntos? É, era esse o caso. Comemorar os cem dias juntos.

Mas nada parecia dar tão certo. Havia chamado seus amigos para lhe ajudarem e ele só tinha ficado com a parte mais fácil, que era de confessar, mas por que aquilo parecia tão difícil? Deveria ser fácil, afinal é ele que sente aqueles sentimentos. Mas, de qualquer forma, Kio foi tirado de seus pensamentos quando ouviu batidas na porta de seu quarto.

── Kio? É o Sian! ── se identificou antes de entrar ── Oh! Sian! Pode entrar! ── deu tal liberdade para o mais velho, fazendo ele logo adentrar o cômodo. ── Por que está demorando tanto? ── perguntou, se aproximando da cama enquanto Kio estava na escrivaninha. Sian logo se acomodou ali. ── Porque eu não consigo arrumar direito os meus sentimentos. Eu estou uma bagunça! ── disse e logo suspirou fundo ── Mas me diga, essa bagunça é boa ou é ruim? ── Indagou, olhando para o mais novo ── Acho que... Uma bagunça porque eu não sei definir o que eu sinto. É isso. É essa a bagunça que eu estou sentindo. ── contou e o mais velho assentiu, balançando a cabeça para cima e para baixo.

── Ainda não escreveu nada da carta, não é mesmo? ── olhou novamente para o mais novo, que afirmou ── Sabe... Às vezes nossos sentimentos ficam confusos, mas é apenas lembrar direito daquela pessoa que nós nos recompomos. Quando eu escrevi a minha primeira carta de amor, me senti como você, e olha que eu nem namorava com ela. Vejamos pelo lado mais prático: você já está em um relacionamento e, acredito que a Migashi adoraria saber que você pelo menos tentou. ── se levantou da cama e colocou a mão nos ombros de Kio ── Eu vou indo e não demore mais um pouco, está bem? Lembre-se de tudo que ela já fez por você e acredito que isso irá ajudar.

[...]

── Deveria ser bem melhor essa bendita surpresa, mas foi horrível ── ele bufou, sentando sobre a calçada ── Ei, não fica assim! Eu amei, mas comigo surpresas não funcionam direito ── contou, e o rapaz sorriu ── Então se houver uma próxima vez, eu irei trabalhar bem duro para poder te surpreender!

── E pode ter certeza que vai! Mas enfim, vamos entrar que aqui está ficando frio! ── puxou o garoto para dentro de casa. ── Espera... ── pediu e ela parou, olhando para o rapaz. ── Sim, Kio? ── segurou na mão dele ── Eu tenho isso para te entregar... ── o loiro entregou a carta, vendo um grande sorriso se formar no rosto de Migashi, que mal leu a carta e abraçou forte o rapaz.

── Eu nunca vou cansar de dizer que eu te amo, sério!

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