stones in the way

olhos de amor

Narradora

08:30 AM

Mais um dia se iniciava para Heloísa, aquele dia em questão seria um dos piores dia da delegada. Aquela data, era sempre uma tortura terrível para Heloísa, era a data em que ela sempre desejava sumir do mundo até aquela dor passar, e o dia seguinte chegar, a data em que assinou seu 2 divórcio com stenio.

Assim como tudo que começar, termina. que chega e vai embora, que levanta e que cai, que uma hora tá no alto e outra hora está a beira de um precipício enorme. Ela sabia que a vida era uma montanha russa absurda de sentimentos, sensações e vivências, que uma hora a gente tá encima e outra como uma queda mortal, a gente está lá embaixo. - Mas diferente do outro divórcio esse tinha lhe atigindo de uma forma mais cruel, ela sofreu mais, se culpou mais, percebeu que desistiu do casamento por motivos banais e sem nem ao menos ter tentando salva-lo, e que acima de tudo, deixou stenio lutar sozinho para salvar a relação e o amor dois. E isso já doía muito dentro da delegada, só não doía mais que a sensação terrível de ter perdido e desistido de Stenio Alencar!

Naquela manhã Helô se levantou da cama quase que se arrastando, não iria para delegacia, tiraria o dia em casa para descansar e a noite encontraria com yone para jogar conversa fora e distrair a cabeça. Mesmo com toda aquela sensação ruim dentro de si, a mesma se sentia feliz pois sua amiga de tantos anos estava vindo visitá-la e isso aquecia a alma aflita e angustiada da delegada, ela tinha um amor imenso por Maitê e depois que a mesma ficou de vez na Turquia se viam bem menos, mas o contato e amizade continuavam os mesmo.

Helô se levantou e foi fazer suas hienes matinais, tomou um banho demorado, lavou o cabelo e escovou os dentes. - Saiu do banheiro e colocou uma roupa confortável já que passaria o dia em casa, pegou um short de moletom bem soltinho na cor azul e uma regata branca, escovou o cabelo e passou hidrante no corpo, passou um pouco de perfume atrás da orelha e foi até a cozinha: o cheiro do cafe de creusa estava deixando a delegada com água na boca!

- Bom dia creusita. - Helô disse beijando o rosto da empregada.

- Bom dia donelô, ué a senhora com essa roupa, não vai pra delegacia hoje não é? - Creusa perguntou servindo café na caneca favorita de Helô.

- Hoje não creusa, não tô me sentindo muito bem e então reeolvi tirar o dia pra ficar em casa de preguiça. - Helô disse sorrindo entre a xícara que tinha levado até a boca.

- Oxente, mas deve ser por isso então que tá caindo essa chuva, a senhora em casa ? De preguiça? Deixa eu ver se a senhora num tá cum febre donelô. - Creusa disse depositando sua mão direita na testa de Helô.

- Que febre o que mulher. - Helô soltava gargalhadas sinceras pela atitude de creusa!

- Oxente viu donelô, a sinhora trocando um dia de trabalho pra ficar em casa, é bem preocupante visse. - a empregada disse apoiando a mão na mesa.

- É creusita, as vezes é bom descansa a mente. - Helô disse jogando uma uva pro alto e pegando com a boca.

As duas ficaram ali conversando enquanto Helô tomava seu café da manhã. - falavam sobre a delegacia e creusa falava sobre como brisa estava feliz com seu casamento com Ari, a mesma estava esperando o segundo filho do homem, dessa vez uma menininha.

- É donelô, Ari tá todo bobo com a chegada de Júlia, era o sonho dele ser pai de casal. Já tinham Tonho, agora essa benção visse donelô. - creusa disse enquanto lavava a louça e Helô se mantinha encostada na porta da geladeira.

- Realmente é uma dádiva né creusa, realizar o sonho assim de ter um casal, é o sonho de muita gente sabia ? - Helô disse depositando algumas gotas de seu remédio na boca.