crime escondido

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O dia chegou e com ele a certeza de que Stenio em breve voltaria pra casa. A madrugada tinha sido tensa, stenio estava muito agitado e a enfermeira precisou regular mais de três vezes a medicação dele, os batimentos cardíacos se acalmava quando ele escutava a voz de Helô, mas era só a delegada sair para tomar um café que ele se agitava novamente e ela tendo essa percepção resolveu puxar uma cadeira e dormir ali, segurando a mão dele.

Naquela manhã de segunda feira, o médico pediu que Helô conversasse com stenio para tentar trazer o advogado de volta logo, ele conseguia escuta-la, só precisava abrir os olhos para que ela finalmente soltasse o ar que segurava desde da hora que recebeu a impiedosa notícia.

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Quando foi por volta das 13:30, Helô foi até em casa tomar um banho e trocar de roupa, a essa altura ela tinha dado a notícia para creusa e o restante da família. Pediu que se fossem visitá-lo quando já estivesse acordado, para não ter muita movimentação no quarto dele e ele assim poder descansar. Pensou se os amigos a acharia egoísta por essa atitude, chegou a conclusão que sim, mas a verdade era que ela não estava nem aí. Ela faria o que fosse necessário para cuidar e proteger o homem que amava, e ela faria isso sem hesitar ou ter que passar por cima de alguém.

Retornou para o hospital e resolveu comer algo na cantina mesmo, não queria ficar muito tempo longe dele, tinha medo que algo acontecesse e ela não estivesse por perto e se odiaria se isso acontecesse.

- Boa tarde, vou querer uma salada e um suco de laranja por favor. - Pediu a atendente e se sentou na mesa.

Pegou o celular da bolsa e ficou ali sentada esperando que sua refeição chegasse, levantou o olhar até a entrada da lanchonete e sentiu um ódio subir por cada parte do seu copo. Que caralhos ela tava fazendo ali?

Helô se levantou e caminho até Giovanna, ela vestia um vestido de tubinho preto, um blazer da mesma cor dando um charme no Looke e scapin preto. Parecia mais que ela tava indo pra um enterro do que visitar alguém e aquilo não passou despercebido pela delegada!

- Bom dia! - Helô falou.

- Oi! Eu vim ver o stenio, onde ele estar ? - Perguntou a advogada.

Helô deu um sorriso sínico com o canto do lábio

- Pelo visto sua educação ficou em casa e só veio sua arrogância né ? Mas não se preocupe, tô acostumada a lidar com seu tipinho. - Helô debochou

- O que seria, o meu tipinho? - Giovanna devolveu o deboche.

- Hum, vejamos. O tipo de mulher que não aceita quando o cara não quer ela, porque ama outra. Ela não aceita e fica que nem uma galinha se despenando por aí. - Ela sorriu

- Você me chamou de galinha ? - Giovanna andou um passo na direção da delegada.

Helô deu de ombros dando outro sorriso sínico, deu dois passos na direção de Giovanna ficando cara a cara com a morena.

- Se a carapuça te serviu, ótimo. Vista! Agora eu vou te pedir um favor, Sai daqui! Eu vou ir ver meu marido e quando eu voltar eu não quero você aqui dentro, e se você insistir, eu mesma te coloco pra fora. - Helô cuspiu as palavras

A feição de Giovanna mudou na hora, Helô conseguia ver o ódio e a maldade no rosto da advogada e nesse mesmo instante sentiu um arrepio tomar conta de seu corpo inteiro.

Giovanna deu mais um passo na direção de Helô ee Sussurrou em seu ouvido.

- "Se afogue em sua própria poça de sangue" . - Giovanna se afastou da delegada e saiu da lanchonete, as palavras da advogada alugaram um triplex na cabeça da morena. O que ela quis dizer com aquilo ?

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