poça de sangue

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Narradora

1 hora antes .                     

(Música: A drop in the ocean )

Stenio resolveu que iria andando já que mais na frente tinha uma pequena praça com vários trailers e bancadas com inúmeros tipos de lanche. Sabia também que Helô adorava o cachorro quente da dona Márcia. A senhora de meia idade e com longos fios pretos conhecia Stenio e Helô a muito anos, quando Drica era mais nova a mesma adorava o bolinho de chuva que dona Márcia fazia. Ela assistiu a menina crescer e mesmo de longe assistiu também a longa e complicada história de Helô e stenio.

— Seu Moacir, não precisa abrir a garagem, eu vou andando mesmo é vinte minutos daqui. — Falou ao porteiro.

— Tudo bem doutor.  — Respondeu.

Stenio estava caminhando pela orla quando colocou a mão no bolso afim de pegar seu celular para mandar uma mensagem pra Helô, queria saber que lanche ela iria querer. Apalpou o bolso e se lembrou de que tinha deixado o celular encima da mesinha de centro. Resolveu continuar andando e quando chegasse lá, ele mesmo iria escolher um lanche pra ela já que ele sabia de todos os seus gosto.

Stenio começou a sentir uma sensação estranha, o ar ficar mais pesado e o vento mais gelado. Tinha a sensação de que tinha alguém lhe observando, olhou envolta e viu que só tinha as pessoas nos bares, em suas janelas, andando na orla, sentado na beira da praia e por aí ia. Imaginou ser algo de sua cabeça, e que a convivência com Helô estava deixando ele cismado também! Era o efeito Heloísa Sampaio, como ele mesmo costuma dizer.

Chegou até a praça e logo viu o trailer da dona Márcia com as luzes piscando no alto. Se aproximou e a  senhora o recebeu com um sorriso simpático no rosto, desceu do trailer e foi da um abraço aconchegante no advogado.

— STENIIOOO — Ela o abraçou. — Quanto tempo meu filho, como vc esta ? — Perguntou acariciando o rosto do advogado.

— Dona Márcia. Quanto tempo em ? Eu estou bem e a senhora ? — Devolveu o abraço e o carinho no rosto.

— Eu estou bem também, e a dona Helô? Como está? Porque ela não veio com o senhor ? — perguntou curiosa .

— Ela está bem, graças a Deus. Ela quis ficar em casa me esperando, tá assistindo uma série polícia lá... Aí já sabe como é né — respondeu com um sorriso.

— Sei sim, ela não muda mesmo né ? Mande um beijo pra ela e diga que estou com muitas saúdes. Vai querer o de sempre ? — perguntou com um sorriso

— pode deixar que eu digo sim, ela vai gostar muito de rever a senhora. — stenio devolveu o sorriso. — pra Helô pode ser aquele cachorro quente cheio de coisa que ela tanto gosta, e pra mim pode ser um X infarto.

Stenio assistiu dona Márcia anotar os pedidos e retornar para a pequena cozinha de seu trailer, sentou em uma das mesas e ficou ali esperando que ela retornasse com seus pedidos já prontos.

Olhou longe e sentiu seu corpo arrepiar, ele não sabia se estava louco ou se realmente tinha visto Giovanna e césar sentados num bar a distância. Balançou a cabeça negativamente e expulsou o pensamento, tava doido mesmo Giovanna e césar nem se conheciam. Bom, pelo menos era o que ele achava.

Dona Márcia voltou e entregou os pedidos para stenio, junto de seus lanche tinha também dois guaraviton e um brownie recheado com doce de leite, que ela estava mandando pra Helô. Agradeceu pelo atendimento, pagou por tudo e se despediu com um abraço carinhoso em dona Márcia. Antes dele seguir seu caminho de volta, a mas velha segurou seu anti braço e olhou no fundo de seus olhos.

— Eu não sei porque, mas eu não estou com uma sensação boa em deixá-lo sair daqui, sinto que se você for ... Muita pessoas iram chorar, e não me pergunte o porque. Mas foi te abraçar e ver muitos rostos tomado pela dor, toma cuidado com a volta pra casa Stenio! — dona Márcia soltou o anti braço de stenio e voltou pra cozinha, deixando ele completamente arrepiado.

Stenio voltou pelo outro lado da rua enquanto as palavras de dona Márcia martelevam em sua cabeça, sentia seu corpo arrepiar e logo se lembrou da sensação que sentiu antes de chegar até a praça, o calafrio e a angústia de estar sendo observado. Colocou a mão no peito sentindo o coração acelerar e a cabeça pesar, ele também não estava com uma sensação boa. Ele também sentia que algo ia acontecer!

Acelerou os passos afim de chegar em casa mais rápido e voltar logo para os braços Helô, queria sentir o calor do corpo da mulher que tanto amava, queria se sentir amado nos braços dela. Ele só precisava estar ao lado dela pra que tudo de ruim sumisse e seu coração ficasse em paz.

Stenio começou a caminhar mais rápido, parou na faixa de perdeste e esperou o sinal fechar. Sentiu novamente seu coração acelerar e pôs a mão no peito sentindo uma fisgada terrível, que sensação horrível era aquele que ele estava sentindo ? Porque seu espírito estava angustiado daquela forma ? Helô? Será que estava acontecendo algo com a mulher de sua vida ? Stenio acelerou os passos assim que o sinal fechou, seguia por uma rua estreita e pouco movimentada, faltava menos de 10 minutos para está em casa. Acelerou ainda mais o passo, ele só não sabia o que estava o esperando assim que ele virasse a rua.

Stenio foi arremessado por cima do carro seu corpo projetado para o meio da rua. Não tinha ninguém ali, só ele, os lanches que agora estão caindo e amassados no chão e uma figura de homem alto descendo carro. Stenio estava caído no chão de barriga pra baixo, o rosto e corpo cobertos pro vidros e terra só asfalto, tinha uma poça de sangue em volta de seu corpo, estava quase perdendo a consciência e se rendendo ao desmaio. A dor que ele sentia naquele momento era imensurável, sabia que tinha ossos quebrados e que alguns pedaços de vidro rasgavam sua pela, principalmente seu peitoral e braços. Tentou levantar o olhar para ver quem se aproximava, sentiu seus batimentos ficarem ainda mais fracos com o que viu.

Cesar!

Cesar se aproximou de stenio com um sorriso diabólico no rosto, tinha em suas mãos uma flanela vermelha e uma latinha de cerveja. Se abaixou ao lado de stenio e deu um gole na bebida.

— Morre SEU FILHA DA PUTA — Cesar cuspiu, limpando o sangue que escorria pela boca de Stenio. — Eu disse que você ia se arrepender de atravessar o meu caminho, eu te avisei! — Deu outro gole na bebida

Stenio se entregou a dor e acabou desmaiando, tamanho era a dor que sentia. Ele estava na beira da morte, e césar sabia disso.

— eu poderia facilmente te sufocar com esse paninho aqui — levantou a flanela — Mais eu acho muito mais prazeroso assistir você agonizar de dor — outro gole — bom, eu poderia ficar aqui e assistir você morrer... Mas eu não posso da bandeira né ? Pode deixar que eu cuido da Helô por você, vou cuidar tão bem que ela nem vai sentir o luto. — Cesar sorriu e levantou

Cesar entrou no carro e deu partida. Deixando stenio se afogando em seu próprio sangue!

Ele tinha prometido para Heloísa que nada ficaria daquele jeito, ela só não sabia que iria tirar dela a pessoa que ela mais amava na vida. Ele!

*Minha senhoras, desculpa a demora... Eu tava vivendo uma das melhores semana da minha vida, tava processando tudo que tinha rolado. Vocês devem ter visto no tt e no meus status né ? Enfim é isso! Não me xinguem viu ? Beijos 😚

stones in the way Onde histórias criam vida. Descubra agora