Cap18

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Grey wolf

observava a pequena mulher acordando abruptamente, com a respiração alterada.

fiquei assustado quando me ligaram do abrigo dizendo que Emily tinha entrado em trabalho de parto, ainda era muito cedo

mas felizmente meu filho sobreviveu

sim era um menino...foi um sentimento agridoce segurar o menino em minhas mãos, ao mesmo tempo que todos os homens da minha família tinham um histórico de vida duvidoso, mas era meu filho...meu herdeiro.

-morreu?

Emily perguntou baixo , me dando a oportunidade de observa-la melhor nesses meses separados ela só tinha ficado mais linda.

-nosso filho? não ele não morreu, e sim é um menino.

declarei vendo seus olhos se nublarem de lagrimas e seus lábios tremendo.

-onde está ele? eu quero vê-lo e da-lo de mamar!

-está na incubadora! esqueceu que ele nasceu prematuro? perdeu a memória mulher?

disse rondando a cama em que ela estava deitada, e ela observava o movimento do meu corpo enquanto apertava os lençóis da cama.

-eu quero vê-lo então!

a mesma disse arrancando o soro de seu braço, fazendo o sangue escorrer ambiguamente de seu braço.

-O QUE ESTÁ FAZENDO? ENFERMEIRAS!!

gritei desesperado pela forma descuidada que ela soltou o soro de sua veia, peguei a mesma no colo a pousando na cama enquanto as enfermeiras da área VIP do hospital entravam desesperados.

-senhora Wolf!

a enfermeira disse em desespero fazendo um curativo nela.

-me leve até meu filho por favor!

Emily diz á enfermeira, evitando olhar em meus olhos.

-pode leva-la !

disse quando a enfermeira me olhou como se pedisse permissão

de longe acompanha os passos de Emily até o quarto onde estava a incubadora do nosso filho.

a mesma se aproximou da incubadora e aproximou lentamente as palmas de suas mãos do vidro do pequeno cubículo que nosso filho se encontrava, dormindo calmamente.

"tão pequeno"

pudi ouvir a mesma dizer em um sussurro.

-ele quase morreu Emily!

a mesma continuou evitado meu olhar.

-OLHE PARA MIM EMILY!

disse pegando sua garganta de forma a obrigar ela a me olhar.

-não grite aqui! não na frente do nosso filho!

ri incrédulo.

-você quase matou ele! você é uma hipócrita sabia?

a mesma ergueu seu olhar para mim, e pela primeira vez em meses ela me olhava  diretamente nos olhos, me fazendo vacilar e afrouxar minha mão em sua garganta.

-então você já sabe? se trabalhar honestamente, e alugar uma casa para mim e meu filho é ser hipócrita. pois bem ,saiba que amei ser hipócrita.

ela riu bem na minha cama.

-acha que porque trabalha fazendo "limpeza" em um prostíbulo, a tem uma sarjeta que chama de casa que se tornou uma mulher completa?

-o que está insinuando?

a mesma apertava suas mãos com raiva.

-não sei Emily! me diz para que vira lata você abriu as pernas para conseguir fazer todas as merdas que fez?

mal tinha terminado quando sua mão pequena se chocou contra meu rosto de forma abruta, foi impossível não devolver o tapa só que dez vezes mais forte. vendo a mesma quase se  desequilibrar 

me virei para o espelho no quarto vendo meu maxilar vermelho pelo tapa dela.

-filha da puta! você nunca vai se ver livre de mim Emily...nem nos seus piores sonhos que eu vou te deixar, quer brincar de ser mulher forte? vamos brincar juntos, eu quero ver até aonde você aguenta!

falo para ela pegando a maçaneta para me retirar

-eu te odeio..

senti o calor do seu corpo próximo á minhas costas

-profundamente!

Emily concluiu sua fala sussurrando como um anjo.

-e eu sou fissurado por você Emily...profundamente.

-você não é fissurado por mim , mas sim na lembrança de ter sido o meu primeiro...

arqueei minhas sobrancelhas

-eu sou o seu primeiro!

afirmei já sentindo os meus ossos doendo só de imaginar ela com outro homem ainda mais agora que ela tinha dado a luz, seu corpo simplesmente tinha se tornado a meta de muitas mulheres.

depois de nenhum dos dois falar nada

ouvi o choro de Emily e soluços fortes como se estivesse convulsionando, e me virei tirando a mão da maçaneta vendo a mesma de frente ao espelho que eu estava posicionado momentos atrás

a mesma tocava com suas mãos que tremiam a marca em quase toda sua face já que minha mão era grande e seu rosto pequeno,a marca que agora tinha um tom de vermelho misturado com roxo devido a sua melanina.

e logo o arrependimento e medo bateu em minha mente.

-desculpe minha....

a mesma levantou o dedo cortando minha fala

-eu mereço mais Grey Wolf...mereço mais que um sociopata! sou grata por ter feito tudo que fez por mim e prometo que um dia ainda irei devolver todo dinheiro que gastou com minha faculdade centavo por centavo,menti para mim mesma que você mudaria se transformando em outra pessoa , mas você é somente a porra de um sociopata com dinheiro para fazer muitas merdas.

a mesma se aproximou da incubadora fazendo carinho por cima da incubadora como se estivesse tocando realmente nosso filho.

-me desculpe Emily...eu nunca mais vou encostar sequer um dedo perto de você...eu juro

-o quê? você só devolveu o tapa, não? quando sair feche a porta.

Emily diz.


A escrava perfeitaOnde histórias criam vida. Descubra agora