Capítulo três: Save me

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Caro senhor,

Sinto que à dor sucumbiu à minha
pele, mas vejo que não é tão ruim
assim.
Me abraçe e diga-me que está tudo
bem.
Me afogue em mentiras e mostre-
me um mundo belo e sem hipocri-
sia.
Quero ser uma criança tola que
acredita em contos de fadas.
Suponho que seja uma maneira
boba em fingir que está tudo bem,
entretanto, acredito que isso
seja minha última solução dog-
mática...

“E está tudo bem”
_

?? minutos depois ??:?? - PM

"Kakyoin?..." Uma voz chamava o jovem, que se encontrava desacordado - "A-ah... Maravilha" Cuspiu a voz, ofegante.

Jotaro suspirava ao ver que sua tentativa de acordar o garoto, soava totalmente falha. A pele gélida do mais novo, fez que engolisse seco e se sentasse no chão cansado.

Observou seus punhos que sangravam em abundância; resmungou de dor e caiu para trás, sentindo sua pressão decair com ferocidade.

Deitado, encarou Hidetaka que tinha seu olhar, fixo aos dele: sua poça de sangue, aumentava e o circulava como uma pintura bizarra.

Kujo murmurou algo entre dentes, mas ativamente aproximou-se do jovem, que tinha seus olhos em repouso.

"Ah, Kakyoin... Se você estiver morto: eu juro que eu vou ao inferno, só para te matar com minhas próprias mãos" O ameaçou sem tom de brincadeira.

Não obstante, Noriaki sequer aparentava acordar com sua atitude. Isso resultou que Jojo arfasse frustrado. E se perguntou, o que de fato aconteceu.

Pois só conheceu o fato de ter espancado Hidetaka - e acreditava que o próprio agora se encontrava morto -, afinal, uma respiração, alguns minutos se fazia falta.

"Você sabe que não me ajuda, ficando desse jeito, Kakyoin..." Murmurou ajeitando seu cabelo que pingava sangue sobre seu olho: resultando em um gemido de desconforto - "Agh, droga. Eu preciso me limpar. Isso é nojento" Choramingou de forma sutil, vendo sua roupa manchada de vermelho vivo - "Mas que eu possa fazer isso. Eu necessito que você abra seus olhos, Kakyoin... Eu preciso ver se está tudo bem com você" Confessou baixinho. Se aproximou do rosto alheio, que respirava de forma sutil.

Fitou a face serena do mais novo; que mesmo manchada de sangue e bastante machucada, ainda era belo.

Sua dedução, fez que pudesse sua palma na bochecha do ruivo, com extremo cuidado.

Não deu a mínima em saber que estava sujando o rosto do jovem, cada vez mais.

Pelo menos, era seu sangue.

Analisando toda superfície da carne: Jojo julgou a limpar um pequeno coágulo preso, na ponta do nariz do garoto. Que se mostrou uma péssima ideia, assim que o “coágulo” mostrou-se na verdade, um machucado profundo. Assim que foi retirado, um fluxo significativo de sangue brotou da extensão; descendo uma grande quantidade líquido, para os lábios avermelhados.

Kujo se afastou por um estante: pensou de que maneira poderia estancar aquela ferida, recém aberta.

Mas não obteve tempo suficiente para raciocinar.

Pois viu os olhos roxos se abrirem lentamente, e estranhamente fixar-se aos seus.

Jotaro, por um breve tempo, se sentiu aliviado por ter toda aquela atenção para si. Contudo, não contou pela parte do jovem gritar para si e tentasse se afastar do modo mais desajeitado possível.

My little addiction // ​​Jotakak Onde histórias criam vida. Descubra agora