Capítulo 5

339 45 2
                                    

A sensação de conforto estava ali, forte e poderosa. Estava quente, quente como um dia de verão quando o sol estava mais perto que o comum, o menino loiro se sentia mais seguro que o comum. Fazia tempo que ele não se sentia assim, quente e seguro.

Nos últimos dias parece que tudo estava tão frio e solitário, frio como um dia de inverno que não havia uma fogueira em ligar nenhum. O frio nunca mais vai ser o mesmo para o garoto, o local do outop mundo, era escuro e muito frio, ele tentava se esquentar ou se esquentar, mas um lugar quente ali parecia falso.

Então, sentindo o calor que sentia, se aproximou mais, na esperança daquele calor não sair dali. Na esperança de que se acordar, ainda estiver esse calor quente e confortante, não aquele frio solitário e silencioso.

Mas a sensação de estar sendo observado ainda estava ali, a sensação de algo estar o observando, aquela sensação estava matando ele. Ele abriu os olhos, olhos cinzas que pareciam nuvens negras prontas para começar a chover, assim como seus olhos estavam prontos pra transbordarem lágrimas.

Ele olhou em volta, vendo que estava abraçado a Demeguise que havia acabado de acordar e o olhava com olhos azuis claros, percebeu-se que estava no meio entre seu pai e sua mãe. Oh, ele se lembra do porquê estava ali.

Ele se levantou calmamente, para não acordar seus pais, ele foi andando de quatro até o beral da cama, onde ele tocou seu pé calmamente no chão e parou, olhando para trás e deu sua mão para Demiguise pegar, para poderem sair dali e não ser mais o fracasso de filho que era.

Demeguise pegou na mão do menino e fez o mesmo, descendo devagarzinho para não acordar o casal ali. Eles andaram calmamente para fora, sem fazer barulho nenhum, ele abriu a porta devagar e Demeguise saiu de perto rapidamente, o garoto saiu e fechou lentamente a porta.

Ele apertou a mão de Demeguise com mais força e saiu andando pelo corredor da Mansão, ele andou, andou e andou até chegar aonde queria. A porta para o lado de fora, ele abriu a porta com Demeguise ainda segurando sua mão e saiu, o tempo estava agradável, estava um pouco quente, mas estava batendo um vento até que gelado.

Draco ficou olhando para o jardim de flores que haviam ali, haviam alguns pavões também, eles eram tão lindos, tão calmos. O menino olhou em volta, vendo que estava amanhecendo, Draco se aproximou dos pavões que está a acordados, pois os outros estavam dormindo já que ainda não era hora de acordar, então, se aproximou de um que abriu sua linda asa amostrando a lindeza que são.

Ele fez um carinho na cabeça de um e sorriu quando o pavão fez um barulho em concordância. Rapidamente, Demeguise apareceu assim que o pavão saiu, o bicho olhou para Draco e o menino viu, Demeguise ficar em uma forma completamente negra para mudar para um pavão branco com uma mecha preta na cabeça.

— Oh, você realmente pode mudar de aparência. — Draco não estava surpreso, ele já havia visto e sabe qual é a aparência real desse bicho. O menino arrepiou com a lembrança. — Talvez eu deva dar um nome para você.

O pavão abriu sua asa e fez um barulho alto como se estivesse concordando, o que resultou em outros pavões olhando feio para ele. Draco riu e deu um beijo na testa de seu animal de estimação, ele andou com o pavão branco, os dois pararam em um branquinho em frente ao nascer do sol.

— Hum, que tal Ziggy? — O pavão não gostou muito, pela cara já dava para saber. — Jonh?

O bicho até saiu de perto depois dessa o que causou uma gargalhada do garoto que rapidamente começou a tossir com a força que riu. Ele rapidamente parou de tossir e sorriu de doer as bochechas.

— Que tal Boo? — O pavão pareceu gostar já que se aproximou e fez um barulho alto novamente. — Sabe, você pode voltar a ser o Demiguise novamente? Só não quero acordar meus pais, pavões são muito barulhentos.

Rapidamente o pavão mudou de forma, voltando a ser o Demeguise branco com olhos azuis claros como o céu que estava agora. Malfoy sorriu, sem se importar com nada e deu sua mão, que foi pega no mesmo momento. A mecha preta ainda estava no Boo, talvez a mecha seja para amostrar a diferença.

Draco entrou dentro de casa novamente, ele sentia falta de Hogwarts, ele queria ir para Hogwarts, mas só de pensar em pisar lá, a sensação de medo percorria seu corpo, a sensação de estar sendo observado voltou mais forte que nunca.

Boo rapidamente fez um barulho estranho e a sensação sumiu, mas infelizmente, a ânsia bateu. O garoto correu segurando na mão de Boo que estava literalmente sendo levado pelo outro, ele abriu a porta do enorme banheiro com força e se chocou com o vaso, vomitando ali dentro.

A garganta queimando, o gosto amargo em sua boca, a sensação de querer morrer, de vomitar e vomitar cada vez mais, ele não parava. Ele comeu aquilo tudo de bolo no primeiro dia que saiu, mas depois ele havia vomitado, o que ele está vomitando agora era literalmente o café da manhã de ontem por que ele não conseguiu almoçar e nem jantar.

Ele vomitou, vomitou com força. Suas pernas tremeram, e uma vontade enorme de mijar passou por ele e por causa disso, as lágrimas apareceram, ele não ia conseguir se segurar, as lágrimas correram pelo seu rosto, junto com o vômito enquanto sentia ele mijar em si mesmo.

Ele se sentia imundo.

Uma mão grande passou em seu cabelo, dando um susto nele, mas quando ele ouviu a voz de sua mãe. Ele soube que estava tudo bem, mas quando olhou para o lado, viu seu pai com um olhar horrível. Draco se sentiu mais fracassado do que já era, ele com certeza deve estar dando desgosto a seu pai.

— Está tudo bem meu pequeno. — Narcissa disse suavemente em seu ouvido, tentando não se desesperar quando viu que na privada, tinha sangue, muioo sangue. Seu filho nem percebeu que está vomitando sangue.

Lucius se aproximou, percebendo que seu filho acabou mijando em si mesmo, o homem era forte e odiado em muitos coisas. Mas quando se tratava de seu filho, ele se senti vulnerável, com medo de que se seu filho saísse de novo, ele sumiria de novo. Ele junto com Narcissa, acalmaram o menino até parar de vomitar.

Quando o menino parou, ele viu sua mãe e seu pai o levatarem, ele estava mole que só. Seu pai o arrastou para dentro do banheiro e tirou sua roupa, ele nem se tocou que estava pelado na frente dos seus pais. Havia uma barreira protetiva em seus braços, para não cair na queimadura que com certeza iria ficar uma cicatriz.

Draco gemeu quando a água gelada bateu de encontro com seu corpo e tentou sair, mas Lucius o puxou de volta, dando beijos em seu cabelo. Enquanto isso, Narcissa estava olhando para o Demeguise que estava parado, encarando a porta sem piscar, a mulher olhou para porta e não viu nada. Mas isso não é impediu de sentir medo.

Draco olhou para seu pai, que estava o abraçando e segurando ele com força. O menino abriu bem os olhos, mesmo que eles estivessem ardendo e cheios de sono agora.

— Pai, eu posso voltar para Hogwarts? — Draco já era um fracassado, já falava logo tudo de uma vez.

— Não falaremos sobre isso agora.

— Mas-...

— Eu disse agora não Draco. — O menino apertou os lábios e quis chorar. Lucius não sabia como responder, ele não quer levar seu filho de volta. Ele quer prender Draco em sua casa, onde ele estará seguro, mas seu filho não vai querer. Oh Merlin, o que ele vai se decidir?

Um Dom Amaldiçoado - Drarry - Snames Snack Snupin Onde histórias criam vida. Descubra agora