O Príncipe Do Norte

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Quando cruzou o portão do palácio, Beomgyu sentiu o peso da decisão em seus ombros, e soltou um largo suspiro, com o rastro das lágrimas formando uma trilha na maquiagem.

Pensar que nunca mais verá seu grande amor era uma ideia tão absurda que o príncipe se negava a acreditar.

Ele sentia que metade de sua alma estava quebrada.

O omega tentava se manter forte, mas a dor em seu coração aumentava a cada segundo, e ele nem queria imaginar o que sentirá no momento em que a saudade lhe alcançar, e não for possível encontrar o soldado às escondidas.

Mas regressou à realidade quando ouviu passos se aproximando pelo corredor.

— Onde estão os servos? — perguntou a rainha omega, usando seu vestido elegante. — Por que não estão lhe acompanhando? — ela cobre a boca com as mãos ao ver o estado do príncipe. — Oh, pelos deuses, o que aconteceu, meu bem?!

Com um fungado de nariz ele responde.

— Não quero casar-me, mãe! — seus lábios se contorcem enquanto chorava.

A mulher lança um olhar triste para o filho, conhecia a dor dele. Com delicadeza, tocou-lhe o ombro e secou sua lágrima.

— Eu sei, meu bem. — dizia com um tom doce e melancólico. — Mas, às vezes, as pessoas precisavam fazer coisas que não desejam por um bem maior. Será melhor assim.

A rainha omega tocou suavemente o rosto de Beomgyu, limpando o rastro de uma lágrima, e tentando arrumar o que sobrou da maquiagem.

— O melhor para o reino, não para mim. — Beomgyu comentou com amargura.

— Jihye está pensando no melhor para todos. O príncipe do Norte precisava de um bom casamento, nosso reino precisava de mais aliados, e você precisava de um alfa de verdade, não daquele… — revirou os olhos. — soldadinho.

— Sor Kang sempre respeitou-me muito mais do que qualquer outra pessoa já fez. Muito mais que vocês duas. — mais lágrimas surgiram. — Minha mãe alfa entregou-me de presente, como um objeto, sem se importar com minha vontade. E a senhora está mais preocupada com minha aparência.

A rainha tirou sua concentração do estrago no rosto dele, para então olhar para o filho com uma sobrancelha levantada.

— Omegas devem apenas obedecer e se manter bonitos, eu já disse! Venha, vamos consertar essa maquiagem, o príncipe Yeonjun está esperando. Você deve ficar bonito para ele.

—  A senhora o viu?

— Sim, ele é um alfa muito atraente. — sorriu tentando animá-lo. — Acredito que você irá gostar dele.

Beomgyu não respondeu, apenas sentiu um nó na garganta e deixou sua mãe o levar por um corredor.

[..]


Beomgyu estava em seu quarto lendo um livro quando a porta foi aberta com violência fazendo-a bater contra a parede, para então entrar três pessoas: as duas rainhas e Huening Kai.

— Querida, por favor… — a rainha Hayun dizia seguindo a esposa. — Para quê tudo isso?

— Cale-se omega! — disse a alfa, com um olhar furioso direcionado ao filho. — Agora minha conversa é com esse omega vadio!

Beomgyu deixou o livro na cama e se pôs de pé.

— Mãe, o que está acont…? — nem pôde terminar.

Ômega de Pêssego - TaegyuOnde histórias criam vida. Descubra agora