A Desilusão do Soldado

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Essa história está sendo postada no Spirit fanfic tbm, com o mesmo nome

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Naquela manhã a melodia do canto dos pássaros era ouvido como um doce sopro entre as árvores, misturado ao som de golpes de espada contra a madeira de um tronco.

Kang Taehyun treinava incansavelmente golpes e estratégias de luta, sozinho no meio da floresta. Ele gostava desse lugar para aprimorar suas habilidades.

Treinar na floresta era mais silencioso que na arena, e não tinha o cheiro de vários alfas suados, o que, para Taehyun, era desagradável às vezes.

O tecido de sua camisa já grudava em seu corpo devido ao suor, deixando seus músculos em evidência. Mesmo sendo uma manhã fria, a intensidade de seu treinamento o fazia suar e ofegar.

Ele atingiu a madeira com a espada mais uma vez, em um movimento forte e rápido, porém não ficou satisfeito e decidiu repetir mais vezes, até melhorar a estabilidade.

No entanto, no instante seguinte o soldado teve sua atenção voltada ao som de passos sobre as folhas caídas no chão, e seu olfato captou rapidamente aquele cheiro doce, fazendo um sorriso instantâneo surgir em seus lábios.

Não demorou nada até surgir, entre as árvores, a figura de um jovem omega usando roupas aparentemente velhas e simples, típicas de servos, carregando um sorriso no rosto e uma cesta nas mãos.

Assim que viu o alfa, os olhos de Beomgyu brilharam e seu sorriso aumentou, igual aos seus passos que se adiantaram para chegar ao soldado, com graça e delicadeza, como se desfilasse entre a mata.

Isto já era quase uma rotina para eles, pois os encontros dos dois já aconteciam quase todos os dias, ao longo de três meses.

— Bom dia, cavaleiro. — ele fez uma delicada reverência curvando um pouco o corpo, exalando elegância. E ao voltar a postura ereta, pôde ver os músculos do alfa marcados na camisa molhada, mesclado com aquele cheiro de suor.

O príncipe lambeu os lábios, e por um instante seus pensamentos divagaram em imagens nada inocentes. Mas ele logo se repreendeu mentalmente sentindo suas bochechas esquentarem, e tratou de tirar essas ideias de sua cabeça.

— Bom dia, omega de pêssego. — o alfa repetiu o movimento, só que menos delicado. Então sorriu ao voltar a vê-lo. — Fico feliz em encontrá-lo novamente, mas tenho a leve impressão de que estás me perseguindo. 

O omega travou a respiração e arregalou os olhos sentindo suas bochechas esquentarem de novo.

— Sempre sou agraciado com sua presença por aqui, estou começando a suspeitar que não seja coincidência. — o soldado disse estreitando os olhos com um sorriso de lado.

— Fui descoberto! — ele riu e levou uma mão para cobrir o rosto, enquanto a outra segurava a cesta. — Devo admitir que, desde que descobri seu costume de vir aqui, eu passei a vir também.

O alfa sorriu aberto acabando com os últimos passos que o distanciavam do omega, para então pegar a cesta de suas mãos e assim ajudar com o peso.

— É uma alegria enorme saber que vens aqui para me ver, mas não quero que continue fazendo isso. — Taehyun o mirou seriamente, e com a mão livre segurou o queixo do omega para que o encare. — Não quero que se prejudique no palácio.

— Ninguém sabe que estou aqui, não há perigo.

— Não negligencie suas tarefas para vir me ver, entendo que os nobres sejam bons contigo, e não exijam tanto de teu trabalho, mas ainda são nobres. Essas pessoas não são nossos amigos.

Ômega de Pêssego - TaegyuOnde histórias criam vida. Descubra agora