Capítulo 14

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Foi Richarlison entrar no carro do Son que sentiu o quanto o mais velho estava perfumado, lindo e inegavelmente arrumado demais para um churrasco

Decidiram, depois de uma ligação longa em que o brasileiro citou os motivos e justificativas para ainda não ter tirado a carteira, Son resolveu pegar ele em casa para poder ir no pagode na casa do Lucas.

Son já tinha ido a essas comemorações dos brasileiros algumas vezes. Apesar de não entender as músicas e algumas piadas, se divertia conversando com outros companheiros de time em um ambiente mais leve. E para sua extrema diversão, sempre um dos brasileiros acabavam bêbado e molhado quando caiam na piscina.

— Onde é o desfile? - Richarlison pegunta assim que vê o mais velho dentro do carro

O contraste entre eles era óbvio. Enquanto Richarlison estava com um conjunto de moletom, Son estava com uma roupa de alguma marca famosa e um sobretudo que o fazia parecer que tinha 2m de altura.

Richarlison sabia que o coreano tinha um gosto por moda, tanto que tinha uma marca de roupas que pessoalmente era a preferida do brasileiro. Era raro ver o Son somente com uma camiseta e bermuda em eventos simples entre amigos como aquele.

— olá, gracinha! Sentiu minha falta? - Son perguntou fingindo que não ouviu a pergunta — Cadê o meu beijo?

Se aproximando, Richarlison dá um beijo castro nos lábios do mais velho. Que sorriu quando sentiu o brasileiro fazendo carinho no seu cabelo

— Oi, meu coração!

— Adoro quando você me chama assim - Son fala sorrindo — É terrivelmente brega mas eu amo

— e gracinha é o que? - Richarlison coloca o cinto de segurança — No Brasil não é um apelido muito usado entre casais

— No filme que eu vi era - começando a dirigir, Son mantém os olhos na estrada — sem falar que não é pelo fato de ser pouco usado, e sim o que significa entre a gente

— É estranho - Richarlison finaliza — Me chame por outro apelido

— Não vou não

Rindo quando ouviu o brasileiro resmungar em português, Son deixou uma mão no volante enquanto a outra foi em direção ao joelho do brasileiro. Richarlison sentiu um arrepio passar pelo seu corpo com aquele simples gesto.

E uma fisgada no pênis quando observou o mais velho dirigir. Não sabia que um homem poderia ficar tão atraente somente por prestar atenção na estrada

— Acho que devíamos ser mais discretos hoje - Son comenta dando um pequeno aperto no joelho do outro

— O único que não é discreto aqui é você - Richarlison responde distraído com aquela mão

— É mesmo? - Son não deixa de ser irônico — então temos que melhorar isso

— O que sugere?

— Hoje iremos ficar um pouco distantes um do outro. - Son fala mas se apressa em terminar quando vê o brasileiro afastar a mão que estava no joelho — Não vamos deixar de se falar, só que antes não éramos aquele tipo de pessoas que ficam grudadas nas festas.

— Éramos sim, tanto que ficou estranho quando a gente não se falava - Richarlison respondeu emburrado — E só não ficamos grudados porque você é tipo um vereador. Precisa falar com todo mundo

Droga de homem simpático

— O que eu estou querendo dizer é, em festas você sai para ficar com os brasileiros e eu fico com outros do time. Se a gente ficar grudados, vai chamar atenção. - Son dá sinal para entrar no estacionamento da casa do Lucas — Não fique com essa cara, gracinha, temos que fazer isso para nos preservar. A casa vai ter muita gente de fora do clube

EXAGERADO | 2sonOnde histórias criam vida. Descubra agora