Stockholm syndrome ※ !jikook¡

07

←pov Jimin→

Ele me olhou surpreso, eu conseguia sentir seu olhar furioso e indignado sobre mim. Taemin apenas levantou da cama, e caminhou em direção ao banheiro sem olhar pra trás, sem dizer nada, ele apenas se foi, me deixando perdido com os meus pensamentos.

Aquilo era algo que eu precisava dizer, aos poucos eu começava a entender que a definição de amor do maior não era certa pra mim. Eu o amava, mas aos poucos entendia que a nossa relação se tinha como base, a falta de reciprocidade.

Minutos depois o mesmo apareceu no quarto, seu corpo estava molhado, e ele tinha apenas uma toalha amarrada na cintura.

- Porquê você quer voltar pra faculdade amor?, eu não sou o suficiente pra você? - disse ele com os olhos escuros e marejados.

- Você é mais do que o suficiente Tae, mas eu sinto falta.

- Cada vez que você abre sua boca, é pra dizer merda Jimin. Você me cansa. Eu sempre soube que você era um inútil, fica dentro dessa casa usufruindo de tudo que é meu enquanto eu trabalho pra sustentar essa sua vidinha de merda. - disse ele se aproximando de mim.

Meu coração disparava a cada passo que ele dava pra perto do meu corpo. E então eu senti quando ele me empurrou na cama, senti o peso do mesmo em cima de mim, ele me olhava enquanto dirigia suas mãos ao redor do meu pescoço.

- O que você vai fazer, Tae? me ma-matar? - disse o menor enquanto sentia o ar se esvair de seu corpo

- Você é meu Jimin, só meu. Seu corpo é meu, sua alma é minha, nada pertence a você, você me entendeu? - disse ele enquanto apertava meu pescoço com as duas mãos.

- Você está enganado, eu não sou, nem nunca fui seu, eu sou meu!! - Então eu apenas dei uma joelhada nas partes íntimas do mesmo, que caiu ao meu lado na cama gemendo de dor.

Eu sabia que quando a dor passasse, quem iria se machucar, seria eu. Então apenas peguei meu celular, as chaves de casa e fugi.
As ruas de Seul estavam quentes, o sol brilhava, e meu corpo suava. Eu não sabia se era por conta do calor ou pelo nervosismo do que eu tinha acabado de fazer. Caminhei alguns minutos, até perceber que estava na frente do consultório de Jeon. Não hesitei e apertei no pequeno botão vermelho que ficava ao lado da grande porta de vidro.

- Jiminie? - disse Jeon enquanto inclinava sua cabeça para a direita com um olhar de surpresa.