Sea, Noart.

006

Sina Deinert 🌊

A mão de Noah afundou-se em meus cabelos, a outra apoiada na base das minhas costas, acabando com qualquer espaço mínimo que ainda havia entre nós.
Seu beijo ainda é o mesmo, seu gosto é uma mistura de Vodca e refrigerante de cereja, me fazendo ir do céu ao inferno em questão de segundos.

Que saudade dele.
Que saudade de nós..

Estarei arrependida amanhã de manha, sei disso; mas estou bêbada demais agora pra pensar em alguma coisa racional.
Sua língua passeia em minha boca, Noah deixa beijos molhados e desce para o meu pescoço, ele passa a língua por toda a extremidade do mesmo, sentindo meu gosto.
Desço as mãos para os botões da sua camisa, desabotoo sem abrir os olhos, com a boca ainda colada na dele.

Levo mais tempo do que gostaria, mas finalmente alcanço o último botão, Noah me ajuda a tirar sua camisa, a jogando em algum canto qualquer do quarto.
Será que trancamos a porta? Tomara que sim.

Toco no corpo dele, o peitoral definido, as costas largas, o perfume se desprendendo de seu corpo e preenchendo o ar. Deixo escapar um gemido, e não preciso abrir os olhos para saber que Noah está sorrindo.

— Eu também quero fazer isso.. Eu quero muito. — Ele diz entre os beijos. Afasto nossos lábios e olho em seu rosto, a boca dele está suja de gloss

Passo a língua em seus lábios para limpar os resíduos, e ele geme meu nome. Isso foi muito sexy.

— E então? — Digo, Noah segura meu rosto e observa cada detalhe dele. Cada traço que tenho, seus olhos passeiam por meus lábios, bochechas, cílios..

— Não posso fazer nada com você bêbada assim, baby. Eu nunca me perdoaria.. Sei que vai me odiar amanhã de manhã.

— Eu já te odeio, não faria diferença. — Retruco, e ele morde o lábio — Para de me olhar assim, garoto.

— Vou te mostrar o garoto daqui a pouco se continuar com essa marra toda pra cima de mim.

Quase engasgo com o ar, Noah sorri sacana e me ajuda a descer de cima da cômoda. Praticamente me arrasto até a cama, não sei quantas dozes de bebida devo ter tomado, mas nunca tinha exagerado como hoje.
Minha cabeça está girando.

Me jogo na cama, ouço Noah vir até onde estou.
Ele tira meu vestido e coloca sua camisa em mim, quando abotoa o último botão, se deita ao meu lado.

Observo seu rosto, adoro sua carinha de santinho que não vale nada.
Noah me puxa para seu peito, e acaricia meus cabelos; seu toque é suave, delicado.. De qualquer forma, me sinto em casa.

Quando levanto o rosto, seus lábios tocam os meus em um selinho demorado. Meu coração está disparado, meu corpo todo reage ao seu toque.

— Tenho que ir. — Ele diz acariciando meu rosto, seus olhos estão brilhando

— Fica comigo hoje.

Sua respiração é intensa e pesada, seus dedos brincam com meu cabelo e sua mão pousa em meu ombro, me ajeito mais sobre ele e fecho os olhos, aproveitando cada segundo que posso ter ao seu lado.
Seu toque é tão familiar, mesmo depois de todos esses anos..