Visions Of Fear

Capítulo 1: O Silêncio

Londres, 16 de março de 2024...

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Não sei ao certo quanto tempo se passou desde que o caos começou a se espalhar pelo mundo... Muitos sucumbiram, outros estão travando batalhas sangrentas, e alguns de nós, como eu, estamos sozinhos. Meu nome é Frank, Frank Willians, e sou um sobrevivente do vírus da Escopofobia.

Eu sei, parece loucura, mas a história por trás desse vírus é ainda mais... Estranha. Tudo começou há 1 ano atrás, em uma noite fria. Era uma terça-feira, dia 14 de fevereiro de 2023. Enquanto eu assistia ao noticiário na televisão, um alerta do governo interrompeu todas as transmissões, ordenando que todos se trancassem em suas casas durante as próximas semanas por causa de uma suposta epidemia.

O que começou como um aviso aparentemente benigno rapidamente se transformou em um pesadelo de proporções inimagináveis. Os rumores se espalharam como fogo em uma floresta seca, alimentando o medo e a paranoia em cada esquina. E eu, preso em minha própria casa, testemunhei o mundo ao meu redor desmoronar lentamente em um abismo de loucura e desespero.

Mas isso foi apenas o começo de uma jornada que me levaria aos confins mais sombrios da existência humana, onde as fronteiras entre realidade e pesadelo se tornam indistinguíveis. E agora, aqui estou eu, um sobrevivente solitário, lutando para desvendar os segredos por trás da pandemia que deixou o mundo em ruínas...

Enquanto caminho por esse velho mercado, o silêncio é ensurdecedor, apenas quebrado pelo som de meus próprios passos ecoando nos corredores vazios. Estar completamente sozinho neste mundo é uma sentença de isolamento, mas ao menos é seguro... até certo ponto. A confiança se tornou um luxo perigoso nestes tempos sombrios, onde os sobreviventes se tornaram tão ameaçadores quanto as próprias criaturas que assolam este lugar.

As criaturas... Bem, é difícil descrevê-las com precisão. Elas não se parecem com nada que eu já tenha visto antes. Seus contornos são difíceis de discernir, como se estivessem constantemente se movendo e se transformando.

Seus olhos... Agh, aqueles olhos são o que mais me assombra. Brilham com uma luz sinistra, uma luz que parece penetrar até mesmo nas partes mais escuras da minha alma. Eles me observam, como se soubessem todos os meus medos mais profundos e segredos mais sombrios...

Às vezes, eu consigo ouvir seus sussurros sibilantes, como se estivessem sussurrando segredos proibidos em minha mente. Mas quando tento me lembrar de suas vozes, elas desaparecem como névoa ao sol da manhã.

Essas criaturas são a personificação do medo, a encarnação do próprio mal que ameaça consumir este mundo. E eu... Eu sou apenas um sobrevivente, tentando encontrar um raio de esperança neste mar de trevas.

Para sobreviver, me vi obrigado a me adaptar a um estilo de vida que jamais imaginei enfrentar. Meu refúgio, se é que se pode chamar assim, é um pequeno apartamento no alto de um prédio abandonado. As paredes são descascadas, o chão está coberto por uma fina camada de poeira e os móveis são esquálidos e deteriorados.

Mas é aqui que encontrei segurança relativa contra as criaturas que vagam lá fora. Reforcei as janelas e portas com pedaços de madeira e metal, transformando meu lar em uma fortaleza frágil, mas resistente o suficiente para me proteger durante a noite.

Minha rotina diária precisa ser sempre calculada com muito cuidado todas as vezes que preciso sair. Durmo pouco, mesmo estando seguro meus pensamentos ainda me afligem durante as noites frias. Sempre que saio, procuro por alimentos e medicamentos nos restos abandonados dos mercados e lojas, sempre atento aos perigos que me cercam.

De repente, um ruído corta o silêncio, fazendo meu coração disparar em meu peito. Minha mão tremula enquanto seguro minha arma com firmeza, os dedos crispados ao redor do gatilho. Os sons da noite parecem se amplificar, cada ruído ecoando como um grito de advertência em meus ouvidos alertas.

Minha respiração se desregula, cada músculo tenso, eu paralisei... Meus olhos escaneiam rapidamente o ambiente sombrio, buscando desesperadamente por qualquer sinal de movimento, qualquer indício do que se esconde nas sombras...

Continua...