A Declaração

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— Então, você vai, né? — Ino perguntou enquanto comíamos no refeitório da empresa.

Franzi o cenho.

— Como você... — comecei a dizer, mas logo me toquei sobre o que estava acontecendo. — Ah, não acredito! Foi você quem passou meu número pro Kiba, não foi?

Ela deu uma risadinha divertida.

— Não sei de nada!

— Mentirosa. — Mostrei-lhe a língua. — Enfim, não sei se vou.

Ino deu um tapa na mesa, me dando um leve susto.

— Vai sim! Todos da equipe vão. E se você não for, vou te dar trabalho extra na semana que vem.

Afundei-me na cadeira, derrotada. Ino era muito insistente, ela faria de tudo para que eu fosse nesse bendito karaokê. Passei a mão pelo rosto, sem conseguir pensar em nenhuma desculpa convincente.

— Tá, eu vou.

Ela abriu um sorrisinho triunfante, e eu revirei os olhos.

— Olha, sua chance de aceitar o convite está vindo! — Ino apontou com a cabeça para algum ponto atrás de mim. Virei-me para encarar Kiba vindo na minha direção. — Aproveita pra falar com ele enquanto o seu querido CEO está olhando.

Meu Deus, é verdade, Sasuke também está no refeitório! Evitei olhar para o canto direito, que era onde ele sempre se sentava com seus colegas de trabalho. Comecei a ficar ansiosa e tímida. Não pelo fato de Kiba estar perto demais, mas sim porque eu podia sentir os olhos de Sasuke me queimando enquanto eu interagia com o rapaz.

— E aí, Sakura! — Kiba sentou-se ao meu lado e colocou seu braço em volta de meu ombro. — Você vai com a gente?

Dei uma risada fraca, sem graça. Kiba estava me apertando tão forte que eu conseguia sentir seu perfume invadir meu nariz.

Ino assistia a cena com um olho no Uchiha e outro em nós. Ela segurou uma risada.

— Vou sim, claro! — respondi, sem jeito. — Pode me soltar um pouquinho? Meu pescoço tá doendo.

— Ah, desculpe! — Ele sorriu, tirando seu braço de mim logo em seguida.

— Bom, então nos encontramos às nove e meia no karaokê de sempre, combinado? — Ino disse, olhando para nós dois.

— Beleza. — Kiba assentiu. — Sakura, quer que eu te busque em casa?

— N-não precisa! a Ino vai me buscar, não é, amiga? — Encarei a loira, pedindo socorro com os olhos. Não tínhamos combinado nada disso, mas se ela fazia tanta questão da minha presença, iria ter que me buscar!

— É verdade, foi mal. — Ela fez um bico, se desculpando com ele. Tinha que dar nota dez para sua atuação. — Nós duas vamos juntas.

— Sem problemas, nos vemos lá então! — Kiba sorriu outra vez e levantou-se da mesa, se afastando aos poucos.

Soltei o ar, aliviada. Além da cara fechada de Sasuke, já estava começando a me preocupar também sobre como iria agir à noite com Kiba. Não queria que ele pensasse que estou afim dele, muito menos iludi-lo.

— Ino... sobre o Kiba...

— Não se preocupe — me interrompeu — Kiba só está fazendo isso porque me deve um favor. Ele não está apaixonado por você nem do tipo.

Ai, essa doeu. Estava com medo de iludir um cara que tem zero interesse em mim.

— E por que raios você está fazendo tudo isso?! — perguntei, querendo saber logo das intenções dela.

Um encontro com o CEOOnde histórias criam vida. Descubra agora