Capítulo 3- Dupla união

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Lucerys Velaryon.

Eu acordei sentindo um pouco de dor de cabeça, ainda sim tive que levantar, ainda mais quando as servas vieram notificar que estavam me esperando para o desejum. Assim que adentrei o salão, o cheiro bom impregnou meu olfato, assim como o barulho encheu meus ouvidos, como sempre era emocionante o desjejum da nossa família.

— Posso saber por que vocês são tão inconsequentes?! — disse Rainha Alicent, vulgo vaca verde, assim que me sentei na mesa, o clima parecia tenso e Alicent parecia estar fervendo de ódio, enquanto me encarava. — Claramente, foi sua ideia Lucerys! Como sempre! Um imprestável!

— Não fale assim com meu filho, você não tem moral para isso — disse minha mãe Rhaenyra, irritadiça com a maneira que Alicent achava que poderia agir comigo. — Ninguém obrigou Aegon a se embebedar! Lucerys não enfiou vinho goela abaixo nele!

Revirei os olhos, encarando de lado Aemond, este se mantinha completamente quieto, nisso eu sorri e ele me encarou, irritado.

Sorri ainda mais.
Filha da puta!

— Vamos parar com isso! — disse vovô irritadiço, adentrando o salão, ele parecia cada dia mais adoentado. — Os atos de Aegon e de Jacaerys não serão discutidos na mesa de desjejum!

— O que tem Aegon e Jacaerys? — eu falei de repente, sem me lembrar que eu deveria me manter quieto, ainda sim, encarei Aegon e Jacaerys, nem preciso dizer que Jacaerys estava vermelho como um tomate. Arregalei os olhos. — Vocês! Aegon! Jacaerys!

Eu exclamei surpreso e tive que ficar quieto quando meu avô repreendeu eu ter trago o tópico novamente, então o desjejum se seguiu num silêncio desconfortável e eu a todo momento encarava Jacaerys e Aegon, que estavam lado a lado, sem se encararem.

Não acredito!

— Ei — falei baixinho, caminhando atrás de Aegon e Aemond. Ambos tinham treinamento e eu também teria. — Aegon!

— Céus, você não é nem um pouco discreto! — Exclamou Aemond, bufando e eu ri sarcástico. — Não está vendo que não tem nada para conversarem?

— Felizmente, eu estou chamando por Aegon  — falei ironicamente, cheio de sarcasmo o encarando. — não por você, querido tio. 

Isso pareceu o enfurecer e ele logo saiu andando adiante, deixando eu e Aegon para trás, não que isso tivesse me incomodado, foi um alivio não ter que encarar a cara de merda dele, sinceramente, ele não sabia sorrir! Voltei minha atenção para Aegon e sorri, vendo ele desviar o olhar para os lados, vendo se havia alguém.

— Eu bebi demais e Jace também, simplesmente rolou sabe — disse Aegon tenso, talvez se sentisse constrangido de todos estarem sabendo, eu apenas sorri e o abracei de lado, feliz por ele e obviamente sedento de curiosidade. — Nem adianta sorrir, não vou dar detalhes.

Bufei e depois cai na risada. 

— Isso não me surpreende em nada, digo, você é caidinho por ele desde... sempre — falei dando de ombro, voltávamos a caminhar agarrados um no braço do outro. — Não me surpreendera se haver um casamento entre vocês.

— Isso só acontecera quando chover sangue e minha mãe estiver doente da cabeça — disse Aegon rindo e eu retribui, dando de ombro. Sinceramente, ele tinha tanta pouca fé em sua capacidade. — Além disso, foi um erro. Jace nunca teria olhos para alguém como eu. 

Ah, se eu ganhasse por cada palavra dita por mim que se tornasse verdadeira....

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Meu aniversário finalmente chegou, não que eu me sentisse tão entusiasmado, entretanto ser acordado por meus queridos familiares e com um pequeno banquete na cama, não foi de todo mal, afinal das contas. Portanto, passei boa parte do dia livre de qualquer treino e estudo obrigatório, sendo paparicado pela minha mãe e meus irmãos constantemente.

Sangue e Fogo - Um Amor ardente Onde histórias criam vida. Descubra agora