Sangue e Fogo - Um Amor ardente

Capítulo 2- Ódio e Desejo

Lucerys Velaryon

Eu até posso dizer que era confortável ficar ajoelhado perante velas, vez e outra eu alongava as mãos apenas para receber xingamentos de Sir Criston que se aproveitava para descer insultos.

Minha mãe saberia desse tratamento!

Ficaríamos a noite toda assim, como punição, segundo a Rainha vaca-Alicent. Eu estava realmente considerando matar aquela bruxa, sinceramente.

— Pequeno Strong — disse Sir Criston irritadiço quando novamente eu alonguei as mãos dolorida de ficar em posição de reza. Sinceramente que INFERNO. — Vou ter que te dar mais alguma punição? Aberração vadio.

E eu ri, como um louco, talvez fosse muito tempo com Aegon, afinal.

— Está assim por que foi dispensado? — eu disse rindo e notei como Aemond arregalou os olhos, surpreso com a fofoca. — É realmente preciso ter amor próprio para pedir a uma princesa que abandone seu cargo de futura rainha para sair por aí, vendendo laranjas e se aventurando como tola.

— Você! — disse Sir Criston num tom completamente irritado e logo pude ouvir seus passos se aproximarem, logo fui puxado para cima e virado bruscamente frente a frente com o homem. — Vadio, você acha mesmo que eu me importo com isso? Quer que eu te desonre aqui e agora? Não que você não seja já um completamente vadio, andando por aí se exibindo como uma prostituta....

— Ei, saía agora mesmo ou isso não ficará apenas entre nós — Disse Aemond usando sua voz de alfa, em algum momento ele se opôs e se manteve quase entre mim e sir Criston, segurando firmemente a mão deste que apertava meu pulso com força. — Espero que eu nunca mais o veja intimidando o príncipe Lucerys, se não a próxima tarefa sua será ser enforcado na praça pública!

Sir Criston pareceu tomar alguma consciência e ficou pálido, apenas me largou e se retirou, nem lembrando que deveria se manter de guarda na nossa punição. Esses insultos e insinuações não me afetaram de maneira alguma, afinal eu já tive que me defender de babacas piores.

— Desculpa... — disse Aemond baixinho e eu o encarei, o notando como ele parecia desconfortável, porém ainda mantinha o olhar atento sob mim. — Você está bem?

— Está tudo bem — eu disse sorrindo, por mais que tivesse doído algumas palavras, eu não me importava, não me importava...— Que tal invadimos a cozinha e comer algo?

Essa foi a primeira noite que eu tive com Aemond, sem querer mata-lo. Entretanto, foi meio decepcionante que no dia seguinte, ele continuava distante e parecia me odiar ainda. Afinal invadimos a cozinha, comemos juntos e depois fingimos que nunca saímos das criptas quando rainha Alicent veio nos libertar ao amanhecer, isso realmente pareceu um recomeço para mim.

Infelizmente não era para Aemond, que continuou a me repelir para longe e eu fui, mantendo-me próximo de Aegon e meu irmão, Jacaerys.

Eram noites de diversões e dias de risadas, como se fôssemos almas gêmeas para sempre. Um trio de grandes amigos.

Queria que Aemond estivesse junto, foi o que pensei por um engano, por estar bebendo, enquanto avistava Aegon e Jacaerys tão próximos rindo, totalmente bêbados. Estávamos fazendo uma pequena festa escondida nos aposentos de Aegon.

Eu decidi deixá-los e ir dormir, não me importando como Jacaerys estava, afinal ele não estava bebendo demais, ele não conseguia beber até cair, como Aegon estava já.

Pombinhos.

Caminhei em silêncio até o corredor dos meus aposentos apenas para tombar com uma pessoa de capuz, na hora pensei que fosse Daemon e já estava preparando para correr e fugir, por que meu pai/padrasto realmente era assustador quando queria, entretanto me surpreendi quando vi que era Aemond, isso me surpreendeu demais, então até mesmo o quietinho Aemond fugia ao anoitecer.

Isso de certa forma me irritou.

— Você veio da onde? Quase me mata do coração — eu resmunguei, um pouquinho bêbado. Sorri e imaginei que provoca-lo um pouco não era muito extremo. — Ei Aemond....

Eu me aproximei de si e coloquei minha mão sob seu peito, inspirando seu cheiro que parecia estranho, o que fazia algo em mim se contorcer.

Cheiro de puta.

— Não me toque — disse Aemond irritadiço, me empurrando e eu arquei as sobrancelhas e ri, ri amargurado. — Não quero que me toque!

— Você está estressadinho....— falei rindo, tentando não mostrar como me abalou seu ataque gratuito. — A puta que te serviu era tão ruim assim?

Isso pareceu enfurecer Aemond que quase avançou pra cima de mim, entretanto eu o empurrei com força e o prendi contra a parede, mesmo que sejamos de classes bem distintas, ele assim como eu, éramos bons lutadores.

Eu não me rebaixaria para um alfa, tampouco para um como Aemond.

— Não fique tão mal humorado, meu tio — eu disse baixinho, o encarando seriamente e parecia que isso não o afetou, mais eu não me importava se estava surgindo efeito essa ameaça. — Eu não sou do tipo que dedura para as pessoas que o príncipe Aemond, o quietinho e culto Aemond, saí por aí com putas e parece tão apaixonadinho que dá pena.

Antes que ele falasse algo, eu dei um chute nas partes baixas dele, já que a posição me permitia isso. Ele grunhiu e caiu no chão, e eu me afastei rindo, não ligando para o fato de ele rosnar de raiva.

Ignorei ele me espraguejando e fui em direção ao meu quarto, afim de descansar e apenas deitei e acabei por desmaiar de cansaço.

Tive uma longa noite de sonhos quentes e para o meu mal humor, era com um certo caolho.

Enquanto ele me odiava, eu o desejava tão secretamente que chegava a ser engraçado.

..   

Relação de ódio e amor do casal Lucemond.
Um mais bruto que o outro, que fofos!

Aegon e Jacaerys é o casal menos complicado da fanfic, já lhes informo isso!!!

Espero que estejam gostando, até o próximo 😘