02. Paixão no ar?

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O coração da Twyla batia descontroladamente para tudo que estava prestes a fazer. Ela não gostava de seu trabalho, mas não poderia negar um pedido de seu tio que iria a humilhar por muito tempo em frente do grupo de vampiros que sempre se encontravam nos períodos da lua cheia.

A jovem havia visto o cupido desde o momento que chegou no colégio, ela sentia um pouco de pena dele, pois Oryn estava imensamente preocupado, nítido pela sua palidez. Ao início ela havia considerado normal, pois quem é da linhagem dos anjos normalmente tinham as peles tão brilhantes que até poderia confundir com palidez. Mas aquela palidez fez que ela ficasse até temerosa em vê-lo desmaiar.

Ela sorri ao avistar duas jovens caminhando ao lado da outra com as mãos unidas, como outro casal de garotos que tinham passado minutos antes. Twyla deveria destruir os relacionamentos naquela tarde, mas não sabia como fazer isto, especialmente aos casais homossexuais que sofriam preconceitos da sociedade ou até mesmo as suas famílias.

"Posso fazer algo leve com eles". Ao pegar o seu celular no bolso se sua calça, ela aponta a câmera na direção do casal em sua reta. Ao identificar a que tinha sofrido menos em seu passado, resolve deixá-la como alvo. Por este motivo encontra rapidamente as suas redes sociais, e através dos estudos feitos junto de seu melhor amigo — que era um elfo imensamente inteligente e estrategista. —, consegue acessar a conta da jovem. Twyla iria procurar o contato antigo da ex de Lorena que estava em sua reta, para que houvesse uma discussão entre as duas. Era algo "leve", pois sabia que elas iriam se resolver logo.

O que importava era pegar a fonte de energia delas que estava muito forte. Elas estavam tão felizes que não seria um problema tão grande em seu ponto de vista.

Quando estava prestes a mandar uma mensagem para a ex de Lorena, algo bate contra sua canela fortemente, a fazendo dar dois passos para trás, surpresa. E assim, cair. Ela sempre era pega de surpresa e não conseguia se manter em pé. Era algo que seu tio julgava diversas vezes, pois com facilidade ela passava vergonha na frente das pessoas em todos os trabalhos que deve concluir.

— Sou invisível por acaso?

Ela pergunta em um tom irritado na direção de um jovem que se mostra assustado e preocupado.

— Eu... não posso te ver. — O rosto dela fica quente ao perceber seu erro. — Me desculpe... te machuquei? Posso... posso pedir ajuda para a minha irmã que veio junto e...

— Não, tudo bem. — Ao se levantar, passa a mão em sua canela que estava vermelha, mas para não fazê-lo ficar mais constrangido com o que ocorreu, finge que não estava doendo. — Foi só um acidente.

Ele estende sua mão e toca na mão dela, fazendo que Twyla ficasse surpresa e o olhasse sem acreditar no que estava ocorrendo. Era a primeira vez que alguém tinha feito algum contato com ela que não fosse por obrigação. E ao observar os traços do rosto do jovem em sua frente, sente o seu coração bater descontroladamente novamente por sentir a preocupação dele passando à ela como se fosse um espelho.

— Estais bem mesmo? Suas mãos estão suadas, como se estivesse preocupada com algo.

— É uma preocupação momentânea, daqui algumas horas ficarei tranquila novamente.

— Podes contar o que está ocorrendo?

— O meu tio pediu que...

Ela para de falar por se lidar que estava começando a dar explicações demais para o jovem em sua frente. Isto a faz dar alguns passos para trás, o obrigando larga-la.

— Tenho muito o que fazer. Se me der licença...

Twyla dar a meia volta, mas ele dá alguns passos para perto dela, a obrigando parar.

— Podes me fazer um favor? — Ela suspira com o seu pedido, fazendo que ele desse um passo para trás. — Não, tudo bem, se estais estressada com algo posso conversar com outra pessoa que esteja por perto.

— Posso fazer um favor, sim. Só estou um pouco irritada mesmo, desculpe se estou sendo grossa.

— Não se preocupe, tem vezes que ajo no impulso também, é natural. — Ele sorri, deixando-a um pouco mais constrangida. — Poderias me guiar até o portão do colégio? Minha irmã acabou saindo com um amigo dela e me deixando para trás.

— E como você vai embora?

— Irei pedir um uber até a minha casa.

Caminhando para o seu lado e esticando o braço, o jovem a segura para ser guiado para fora do colégio. Ela ficava se perguntando do porquê de estar tão nervosa ao lado dele, ele não era ninguém de importância que poderia mudar algo em sua vida.

Mas diferente dela, o jovem sabia que poderia mudar os pensamentos dela. A pedido de seu primo foi logo proteger os seres humanos das garras dos vampiros, que eram perigosos quanto as bruxas, sereias, e outros seres sobrenaturais que arriscam a vida de todos que se encontravam na terra para suas próprias diversões.

Ao virar o rosto em direção de seu primo por sentir a presença dele de longe pela sua energia angelical, sorri. E mesmo não sabendo se Oryn poderia estar fazendo o mesmo, tem a certeza que fazia a coisa certa. O que importava era a proteção aos humanos que foram a causa dele ter uma segunda chance de viver.

Ele estava tão feliz pelo o que poderia fazer que tinha até esquecido por um momento em quem estava se segurando. Caindo um pouco na real sobre o risco que poderia estar correndo, Wylan volta a ficar atencioso na jovem ao seu lado. Os seus braços estavam cruzados um no outro, o fazendo sentir a pele dela extremamente gelada, o fazendo ficar arrepiado. E sem se conter, roça os seus dedos no braço dela para descobrir se o seu coração batia, pois era difícil acreditar que os vampiros poderiam estar no mesmo local dos seres celestiais.

— Estais fazendo o que? — Ele sente um tapa de leve dela nos seus dedos, o fazendo pular de susto, mas ao fazer isto escuta a risada dela. — Não gosto muito de contato, só estou te segurando para você não ficar perdido.

Sem conseguir se conter, Wylan ri junto dela, mesmo sabendo que era errado estar fazendo isto. A forma que a jovem ria era engraçado, fazendo que ele deixasse o preconceito de lado.

Enquanto os dois caminhavam para longe, o cupido pulava de felicidade por volta de muitos alunos, livre em fazer o que tanto desejava. Sem ligar para que as pessoas pudessem pensar sobre um desconhecido que estava por perto agindo de forma tão estranha.

Mas ele rapidamente para de pular pelo som que seu arco faz, indicando que o amor estava no ar. Oryn sorri, clicando no botão que mostrava onde poderia estar este futuro casal.

E é assim que seu coração quase para.

Seu primo, um anjo, poderia estar prestar a se apaixonar por um vampira.

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