#22 𝕭𝖊𝖒-𝖁𝖎𝖓𝖉𝖆

20 1 0
                                    

NARRADOR20 DE OUTUBRO, 2017

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

NARRADOR
20 DE OUTUBRO, 2017

CAMINHANDO PELOS CORREDORES DE UMA prisão, Naoto e Takemichi adentram uma sala de conversa, onde um vidro de 2,5 centímetros com furos os separam de quem estiver atrás dele.

— Por que estamos aqui? — Takemichi pergunta confuso, sentando-se na única cadeira ali, o barulho de metal rangindo ecoando na sala pequena.

— Quando fiz minha pesquisa, descobri que Ryuguji Ken não faz parte da Toman no presente. Também não há registro de sua morte — Naoto explica, franzindo as sobrancelhas. — Atualmente, Ryuguji Ken está no corredor da morte.

Entrando na sala pela porta do outro lado do vidro, o homem agora careca, senta-se na cadeira desconfortável.

— Há quanto tempo, Takemichy — ele sorri. — Fico feliz que esteja bem.

— Draken-kun...

— Sou Tachibana Naoto — o policial acena.

— Ele é a pessoa que arranjou essa visita — Hanagaki diz, ignorando o gosto amargo no pé de sua garganta. — Eu não sabia que você tinha cometido assassinatos e sido condenado à morte. O que aconteceu com você? Por que matou, Draken-kun? O que houve com a Toman?

— Takemichy, não me arrependo do que fiz e estar aqui é o que mereço — Ken desvia o olhar para baixo, mexendo-se desconfortavelmente na cadeira igualmente de metal. — A Toman acabou assim por minha culpa. Por que eu não parei aquele cara e por eu não ter percebido antes o que acontecia com a Maya.

— O que acontecia com a Maya? — Takemichi repete, confuso. — E que cara?

— A Toman era muito melhor quando éramos crianças — o tatuado ignora, desviando o olhar para sua roupa social, entregue à ele pela prisão para, ao menos, ser um detento apresentável. — Tudo o que fazíamos era correr e nos divertir por aí. Todos os dias eram como uma festa — ele sorri, lembrando-se de tudo. — Se eu pudesse refazer minha vida, faria tudo igual. Eu só tenho um arrependimento. Tem uma coisa que eu absolutamente faria — e, em um lampejo de raiva, seu olhar torna-se frio, odioso. — Eu mataria o Kisaki Tetta e o Achii Hiroshi!!

Takemichi e Naoto se surpreendem com os nomes citados por Ryuguji, caçando nas memórias aqueles nomes e os rostos pertencentes.

— Tá falando daquele Kisaki?! E esse é o pai da Maya?! — ele pergunta, mas não obtém respostas.

— Takemichy, saia de Tokyo — Ken aconselha após segundos em silêncio. — Você quase foi morto, não é? Quando se trata do Kisaki, matar pessoas É como matar insetos.

— ESPERE! Por que tem alguém querendo me matar? E por que a Maya-chan morreu? — Takemichi faz outras perguntas, desesperando-se.

— O Kisaki admirava o Mikey, mas antes de perceber, isso mudou pra ódio. O Kisaki, queria tirar tudo que o Mikey amava. Incluindo as pessoas — Draken inicia. — Da parte da Maya, eu não sei muito. Ela não gostava do Kisaki, mas o Kisaki 'tava de olho nela. A única coisa que sei, e nem é tão bem assim, é que no primeiro dia de 2006, às duas horas da manhã, mais ou menos, a Maya se suicidou. O corpo dela tava cheio de hematomas e cicatrizes, e ela tava perto do apartamento dela ainda. Naquele dia, achamos que ela foi espancada pelo pai — seu olhar vai pra baixo, mas logo retorna. — Porém isso não explica as cicatrizes. Nós pensamos que ela se cortava. Por isso que, na briga contra a Moebius, seu braço esquerdo tava enfaixado. Por isso que ela não foi ao hospital cuidar dos machucados. Ela aguentou muita coisa sozinha, mas nenhum de nós notou — finalmente, Ryuguji dá as costas e sai da sala, voltando para sua cela.

ᴀ ᴄᴇʀᴛᴇᴢᴀ ᴅᴀ ɴᴏssᴀ ɪɴsᴇɢᴜʀᴀɴᴄ̧ᴀ [Tokyo Revengers]Onde histórias criam vida. Descubra agora