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Luca

Nas semanas seguintes, os dias voam em uma velocidade assustadora, e as consultas de pré-natal preenchem a minha rotina. O nosso terceiro filho, como a "intuição feminina" de Aria confidenciou a ela no início, realmente é um menino. A informação, que eu recebi sem sentir nenhum receio como anos atrás, quando Amo entrou em nossas vidas, foi confirmada no ultrassom que marcamos para ontem, no horário da manhã. 

Eu cheguei atrasado no trabalho apenas para testemunhar esse momento, que aumentou a minha ansiedade para o nascimento de Valerio. Ver a sua imagem ruída no monitor escuro, e escutar os batimentos cardíacos de seu coração minúsculo, me emocionou tanto que fui obrigado a conter meus sentimentos para não demonstrá-los na frente dos médicos. Com uma dancinha de vitória, Amo comemorou animadamente quando retornamos da clínica mais tarde, e contamos que ele terá um irmão. Ao contrário de Marcella, que ficou contrariada com a ideia de ser a única menina do nosso círculo familiar, reação que na hora me arrancou uma risada. Ela queria muito uma irmã para ter com quem brincar de boneca — ou melhor, com as Barbies que ganhou de presente de Matteo ao longo dos anos —, entretanto não demorou para se conformar com a realidade. Valerio será um dos meus futuros herdeiros, e o membro caçula da família Vitiello. Conforme é para ser.

Meu relógio marca mais de quatro horas quando eu milagrosamente retorno para casa à tarde, ao contrário dos dias anteriores. Como os taiwaneses recuaram dos nossos territórios, terminamos conseguindo controlar a situação. Os conflitos praticamente acabaram, e continuamos em vantagem nos negócios. Também atacamos a Outfit durante uma missão que foi um sucesso, e Dante ainda não ordenou nenhuma retaliação contra nós. Graças a isso, eu saí para vir embora antes mesmo do anoitecer. Caminho diretamente para os fundos, até as enormes portas francesas de madeira com acabamento em vidro, para me encontrar com meus filhos.

No segundo em que me veem, Amo e Marcella imediatamente param de brincar dentro da piscina infantil de formato redondo, que é grande o suficiente para caber várias crianças. Gritando em uma altura histérica, eles saem correndo loucamente na minha direção e me molham inteiro com um abraço, assim que me alcançam na entrada para o jardim do nosso quintal. Sentindo seus braços me esmagarem, eu solto uma das minhas raras risadas sinceras e permito que me agarrem o quanto queiram. Me tornar pai, algo que até o nascimento de Marcella não tinha passado pela minha cabeça, mudou a minha visão do mundo. Não tem nada melhor do que me reunir com eles após passar o dia sem vê-los. Do que amá-los intensamente e ser amado de volta por eles na mesma intensidade.

Deitada em uma das três cadeiras de praia estruturada em material de rattan, em um maiô vermelho com um decote que mostra o vale atraente dos seus seios, Aria sorri da cena caótica que se desenrola à sua frente, parando de ler o romance clássico — imagino que algum da Jane Austen, uma das autoras que mais vem consumindo ultimamente — que tem no colo. Na mesinha quadrada ao seu lado, há uma jarra de vidro de limonada com cubos de gelo e rodelas cortadas de limão, e uma taça redonda cheia até a metade. Domingo é o dia que ela tira para tomar sol na área aberta do quintal, e consequentemente ficar de olho nas crianças, para elas nadarem na piscina sem que nenhum acidente arriscado aconteça. Tudo isso é feito com a ajuda de Lora, que também trabalha durante os finais de semana.

A Origem de ValerioOnde histórias criam vida. Descubra agora