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Aria
Assim como eu, Luca também sorri maliciosamente, animado com a menção à uma "comemoração" que vem da minha parte, mas tentando esconder isso atrás de uma máscara polida que não me engana. No fundo, sei que ele quer aquilo tanto quanto eu, mesmo que tenhamos transado de manhã ao acordar (algo que ainda é corriqueiro em nossa rotina matinal). Passei o dia inteiro sentindo sua falta e contando os segundos para ele voltar, o que se intensificou quando os resultados dos testes saíram. Com um terceiro filho à caminho, e a confirmação de que a nossa família vai crescer, temos o direito de comemorar em nossos termos. Foram meses sem nenhum sinal de sucesso, e esse é o momento de celebrarmos a nossa vitória.
— E se os nossos filhos nos escutarem? — Com uma dose de humor, seus olhos me encaram.
— É só nós sermos discretos.
— Eu consigo ser discreto, agora você... — Ele solta uma risada profunda, tirando sarro dos meus gemidos, que são ainda mais altos durante o orgasmo.
Seguro o riso, sentindo o meu rosto ficar quente de constrangimento.
— Prometo que vou tentar não ser histérica. Não quero arruinar a inocência das crianças.
Luca volta a rir, me beijando com uma vontade que me incendeia. Mantendo a boca a centímetros da minha, sussurra roucamente:
— Eu amo quando você perde o controle. É o melhor som do mundo, e também o momento em que me sinto um sortudo do caralho.
— Sério? — Meu rosto paira acima do seu, crescendo a tensão quase concreta que nos rodeia. — Por quê?
Ele acaricia a parte de trás dos meus braços, escorregando as mãos por eles e traçando padrões demorados em minha pele. Meus poros se eriçam com o contato.
— Porque eu sou o único homem que te arranca uma reação como essa.
Já me conformei com a ideia de que sou sua posse. Isso não me incomoda mais como um dia incomodou. Considerando o ego enorme que tem, e que de certo modo é dono dos territórios que comanda, é claro que ele agiria dessa forma até dentro do casamento. Mesmo assim, sorrio com a sua confissão, pois consigo entendê-lo. Também amo quando ele mostra um lado mais humano seu durante nossos momentos íntimos, e permite sem nenhum temor que eu acesse suas verdadeiras emoções. É quando sua máscara cruel cai do rosto e a melhor versão de sua personalidade, que nenhuma mulher além de mim conhece, vem à tona. Determinada a reconstruir o clima, volto a unir nossas bocas em um contato que no início é sutil. Lenta e calmamente, como se quiséssemos sentir melhor as sensações que nos consomem, vamos aumentando a intensidade. Continuamos nos beijando por mais alguns minutos, tentando acender a chama entre nós. Ditando a velocidade como seu instinto dominante manda, Luca é quem toma a frente da situação. E eu me entrego para ele.
Com segundas intenções que ele não consegue esconder, suas mãos fortes soltam a minha cintura para se agarrarem à minha bunda, me transmitindo seu calor ao massageá-la. Balanço para trás e para frente em um ritmo sensual, procurando por mais contato físico e aumentando o atrito contra o seu pau, que não demora para ficar enorme e marcado dentro da cueca. Posso sentir o seu tamanho perfeitamente, mesmo com as camadas de pano que formam uma barreira entre as nossas peles. Ele é a personificação dos meus sonhos mais molhados. A dor em meu clitóris irradia em outras direções, o meu peito começa a arfar quando a circulação de ar acelera e a minha umidade vai se acumulando até encharcar o forro da minha calcinha fio-dental rendada. Formigando de ansiedade entre as pernas, engulo um gemido durante o beijo e tento não perder o controle. Parece que vou entrar em combustão.

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A Origem de Valerio
Hayran KurguA história não-contada de como Luca e Aria tentaram gerar o seu terceiro filho, Valerio.